A moagem de cana-de-açúcar pela Raízen, maior produtora global de etanol e açúcar de cana, aumentou 15,3% no primeiro trimestre da safra 2024/25 em relação ao mesmo período do ciclo anterior, para 30,9 milhões de toneladas, informou a empresa em relatório de resultados na noite de terça-feira (13).
Segundo a companhia, houve “avanço na moagem com antecipação do início da colheita em função do clima propício e evolução da qualidade do canavial”. “Com moagem recorde em um primeiro trimestre de safra, avançamos na produção de açúcar, etanol e energia”, afirmou a Raízen.
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Apesar do início forte da moagem pela indústria de etanol e açúcar do centro-sul na safra 2024/25, espera-se que a oferta de cana da região seja menor na temporada ante o recorde do ciclo passado.
A produção de açúcar somou 1,85 milhão de toneladas, avanço de 12,5% no mesmo comparativo, enquanto a produção de etanol de primeira geração saltou 17,4%, para 1,1 bilhão de litros.
Com um recuo de 0,9% na produtividade agrícola (tonelada de ATR/hectare), a empresa destinou metade da cana para a produção de cada produto, enquanto no mesmo período da safra passada o “mix” estava mais açucareiro, com 52%.
O total vendido de etanol somou 1,27 bilhão de litros, alta de 18,6% na comparação anual, mas com um preço médio 12,7% inferior em relação ao mesmo período da temporada passada. Houve evolução de 14,8% da cotação, contudo, na comparação com o trimestre anterior.
Apesar do aumento de vendas, a companhia fechou o período com estoques de etanol 26% maiores na comparação anual, para 922 milhões de litros.
As vendas de açúcar também saltaram 26,1%, para 2,4 milhões de toneladas no primeiro trimestre da safra ante o mesmo período do ciclo anterior, enquanto o preço caiu 4,6% nesta comparação.
Os estoques de açúcar também fecharam o trimestre 55% maiores, em meio a uma moagem e produção mais fortes, para 1,66 milhão de toneladas.
As vendas do volume próprio estão alinhadas à estratégia de comercialização e embarques para safra, com concentração das vendas ao longo dos próximos trimestres, garantindo a evolução do Ebitda, disse a companhia.
Na divisão de distribuição de combustíveis, a Raízen reportou volume de vendas praticamente estável (-0,4%), para 8,5 bilhões de litros. O custo dos produtos vendidos aumentou 17,9%, para R$ 45,5 bilhões, enquanto a receita operacional líquida aumentou 18,9%, para R$ 47,7 bilhões.
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A companhia reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 6,9 milhões, enquanto teve um lucro líquido de cerca de R$ 1 bilhão, em meio ao reconhecimento de crédito tributário no montante de R$ 1,8 bilhão, referente à tese de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins.