Dia de Campo Forbes Mulher Agro discute IA, economia verde e descarbonização do setor

Realizado na fazenda Levantina, da companhia Melhoramentos, grupo também conheceu o complexo agroindustrial de produção de fibras de celulose de alto rendimento, que completou 134 anos neste mês

Julia Maciel

Estúdio Criativo_Forbes
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Grupo de mulheres que integram o FMA e convidadas, para o primeiro dia de campo do grupo; no centro, Antonio Camarotti, CEO da Forbes Brasil

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Se o verde deve ser visto como ‘a cor das oportunidades’, as práticas sustentáveis são o caminho que preserva a natureza e gera renda para toda a cadeia produtiva do agronegócio. Na sexta-feira (13), o 1º Dia de Campo Forbes Mulher Agro reuniu produtoras rurais, CEOs, especialistas e lideranças do setor na fazenda Levantina, um complexo verticalizado de produção de papel, localizado em Camanducaia (MG). A propriedade pertence à Melhoramentos, uma companhia que atua nos segmentos Editorial, Cultivo e Manejo de Florestas, fabricação de Fibras de Celulose de Alto Rendimento, que completou na semana passada 134 anos.

“Estou ansioso para trocar ideias com elas”, disse Antônio Camarotti, CEO da Forbes Brasil no início do dia. “O grupo FMA é um projeto de sucesso da Forbes e uma referência”. O evento contou com o patrocínio da Chevrolet e apoio da Melhoramentos para a realização de uma agenda cheia. O dia também serviu para anunciar a nova presidente do FMA, que a partir de agora tem à frente Nina Plöger, quarta geração de sucessores da Melhoramentos e cofundadora da IPDES, consultoria de investimentos internacionais no Brasil.

 

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    Coletivo Forbes Mulher Agro

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    Antonio Camarotti

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    Elizana Paranhos

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    Simone Silotti

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    Sheila Albuquerque

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    Nina Plöger, Letícia Nanci e Helen Jacintho

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    Letícia Nanci, ao microfone

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    Gustavo Donato

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    Daniel Vargas

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    Deborah Cordeiro e Nina Plöger

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    Nina e Ingo Plöger

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    Marcella e Márcia Marçal dos Santos

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    Vera Ondei e Flávia Brunelli

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    Ana Carolina Roselli Marques

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    Grupo FMA

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    Talita Cury

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    Roberta Suplicy

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    Katia Neves e Rafael Gibini

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    Andrea Sanches Fernandes

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    Cintia Ticianeli

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    Sandra e Flávia Brunelli

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    Karin Neves

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    Rafael Gibini, CEO da Melhoramentos

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    Letícia ´Nanci e Antonio Camarotti

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    Nina Plöger, Antonio Camarotti e Helen Jacintho

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    Vera Ondei

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    Cintia Ticianeli

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    Marcela Marçal dos Santos

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    Flávia Raucci Facchini

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    Renata Camargo

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    Luiza Fatorelli

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    Anna Paula Losi

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    Julia Campos

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Coletivo Forbes Mulher Agro

 

Nina Plöger passa a ocupar o cargo até agora com Helen Jacintho, que está no projeto de formação do FMA desde o início, em 2021. O grupo nasceu em 2022, em Ribeirão Preto (SP), durante a Agrishow. “Tudo tem seu tempo e é preciso renovar, mudar e tenho certeza que Nina fará um ótimo trabalho”, disse Helen. “Estou à disposição do grupo, para servir e continuar o trabalho da Helen”, afirmou Nina.

Um dia para pensar

O dia foi dividido em duas etapas: uma com discussões técnicas sobre economia verde e seus impactos e a IA (inteligência artificial) no agro ; e outra para conhecer toda a fazenda, da produção e melhoramento genético do eucalipto à fabricação de fibras de celulose de alto rendimento, principal matéria prima para fabricação de papel-cartão.

A parte técnica ficou a cargo do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Daniel Vargas, e do engenheiro mecânico Gustavo Donato, conselheiro da Fundação Dom Cabral (FDC), que discutiram com o FMA sobre as amarras da sustentabilidade e os desafios da IA.

“O verde significa oportunidade produtiva, porque melhora a eficiência ambiental e gera renda. Isso leva a uma agenda tropical de descarbonização e é a única chance que o planeta tem de abraçar a sustentabilidade”, disse Vargas. O professor também considera a pecuária um elemento central na descarbonização e mostrou dados.

Donato apresentou instrumentos de IA e suas tecnologias emergentes. “Precisamos transformar o setor do agro em um gênio digital”, disse ele. “Isso já acontece em outros setores 4.0, mas o agro ainda anda a passos lentos e precisa ganhar impulso”.

Para Cintia Ticianeli, que atua no setor de bioenergia em São Raimundo das Mangabeiras (MA), com produção de etanol e açúcar, o setor do agro “precisa estar atento a dados e números”. “Temos uma sustentabilidade que pode ser mensurada”, diz ela. Ticianeli foi uma das cerca de 40 mulheres presentes no dia de campo.

Marcia Marçal dos Santos, acionista da Marfrig e pecuarista, diz que os encontros de mulheres são importantes pela diversidade. “Vimos muitas coisas extraordinárias feitas aqui e isso é um exemplo”, afirmou, se referindo ao trabalho da Melhoramentos. Além disso, a pecuarista conta que o grupo Forbes Mulher Agro está cada dia melhor. “O grupo soma mais. As mulheres realmente estão a frente de tudo e é muito bacana participar”.

Estreante em eventos do grupo Forbes Mulher Agro, Marcela Marçal faz parte do Comitê de Sustentabilidade também da Marfrig e da BRF, e conta que participar do evento com a mãe , Marcia, e a troca com diversas mulheres de diferentes setores do agronegócio foram os pontos altos do dia. “Hoje fomentamos o desenvolvimento das mulheres do agro em conjunto. Com certeza foi a minha primeira vez de muitas”.

A Melhoramentos tem área total de 11,2 mil hectares de plantio de eucalipto em Camanducaia (MG), sede em São Paulo e unidades nas cidades de Bragança Paulista (SP) e Caieiras (SP). Para Rafael Gibini, CEO da Melhoramentos, a palavra de ordem no agro é a inovabilidade – que não existe no dicionário –, mas é a junção de inovação com sustentabilidade.

“Estamos honrando o nosso passado, mas sempre olhando pra frente, inovando, conectado ao nosso propósito de sustentabilidade e impacto social”, disse ele. A empresa mantém um parque equivalente a 3.500 campos de futebol, que garante a preservação de 23 milhões de m2 de Mata Atlântica e de 620 nascentes de rios.

A reserva é utilizada para fins de monitoramento e preservação de fauna e flora, pesquisa científica e ecoturismo. A RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Parque Levantina é a quinta maior do estado. “Ele é uma oportunidade porque conserva a biodiversidade com um futuro mais sustentável, além da pesquisa e da possibilidade do ecoturismo”, disse Karin Neves, diretora da área de pessoas e sustentabilidade, que explicou o funcionamento de uma RPPN e suas oportunidades.

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