Os estoques de milho, trigo e soja dos Estados Unidos atingiram máximas de quatro anos em 1º de setembro, mas ficaram aquém das expectativas dos analistas para soja e milho, mostraram dados do Departamento de Agricultura dos EUA nesta segunda-feira (30).
A grande oferta pesou sobre os preços, que atingiram mínimas desde 2020 neste ano. Espera-se que os agricultores dos EUA colham uma safra recorde de soja em 2024 e a segunda maior safra de milho da história, de acordo com o USDA.
Leia também
Os contratos futuros do milho ampliaram os ganhos na bolsa de Chicago depois que o USDA divulgou seus dados, já que os estoques foram menores do que os analistas esperavam.
Os estoques de milho foram de 1,76 bilhão de bushels, um aumento de 29% em relação ao ano anterior, enquanto os estoques de soja foram estimados em 342 milhões, também um aumento de 29%, informou o USDA em um relatório trimestral.
Os analistas esperavam 1,844 bilhão de bushels de milho e 351 milhões de bushels de soja, de acordo com uma pesquisa da Reuters. “Esses números do milho falam das boas exportações de milho que tivemos, especialmente para o México”, disse Jake Hanley, diretor administrativo da Teucrium Trading.
O USDA ajustou sua estimativa para a safra de milho dos EUA do ano passado para 15,341 bilhões de bushels, em comparação com a estimativa anterior de 15,342 bilhões. O órgão do governo fixou a safra de soja de 2023 em 4,162 bilhões de bushels, em comparação com a estimativa anterior de 4,165 bilhões.
- Inscreva sua empresa na lista Forbes Agro100 2024
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Para o trigo, os estoques dos EUA foram estimados em 1,986 bilhão de bushels em 1º de setembro, 12% acima do ano anterior, informou o USDA. Os analistas esperavam 1,973 bilhão.
Em outro relatório, o USDA estimou a produção de trigo dos EUA em 1,971 bilhão de bushels, abaixo de sua previsão anterior de 1,982 bilhão. Os analistas esperavam 1,966 bilhão.
Os futuros do trigo na CBOT atingiram este mês seu nível mais alto desde junho, em meio a preocupações com o clima ruim que prejudica a produção global.
“A ausência de uma surpresa baixista nos números do trigo permite que nos concentremos agora no potencial de produção da nova safra e nas preocupações decorrentes disso”, disse Angie Setzer, sócia da Consus Ag Consulting.