A Basf, uma das principais multinacionais de químicos e biológicos para o agro, concluiu a captação de R$ 800 milhões em sua terceira emissão de um FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), com o objetivo de impulsionar a venda de insumos agrícolas para seus clientes. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (22)
A nova rodada de captação ocorreu por meio do FIDC Opea Agro Insumos, lançado em 2022 e gerido pela Opea, gestora que também atua como agente de cobrança. A operação conta com o apoio da Vórtx, que atua como administradora e custodiante, além do Itaú BBA como coordenador líder. Comparado ao período anterior, o fundo cresceu 55% no segundo ano e atingiu um crescimento expressivo de 93% no terceiro ano.
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Os recursos captados serão utilizados na compra de insumos agrícolas por parte dos clientes da Basf, que incluem distribuidores, cooperativas e produtores rurais, em um contexto de crescente importância das alternativas de crédito no setor do agronegócio brasileiro.
“As operações financeiras que envolvem estruturas como FIDC e outras modalidades respondem por uma fatia importante do nosso negócio”, diz Para Patricia Honda, gerente de Operações Comerciais da Basf. “Estamos atentos ao momento do mercado.”
Renato Barros, Head de Agronegócio da Opea, essa tem sido uma parceria sólida. “Estamos no oitavo ano de colaboração com a Basf, que já resultou em cinco emissões de CRA’s, e agora entramos no terceiro ano de uma série anual para este FIDC, que vem apresentando um crescimento exponencial”, afirma. “Nosso objetivo continua o mesmo: proporcionar mais crédito para a aquisição de insumos pelos clientes da Basf. Esse tipo de operação é essencial para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, especialmente em um cenário de aumento dos preços dos insumos e crescimento contínuo da produção agrícola.”
Desde a fundação da gestora em 2022, a Opea já emitiu mais de R$ 4,3 bilhões em operações e conta atualmente com 13 fundos. Até o final do primeiro semestre de 2025, a empresa planeja lançar mais 4 novos fundos com foco predominante no agronegócio.
Flávia Palácios, CEO da Opea, destacou a relevância dos FIDCs como uma ponte entre empresas e o mercado de capitais. “Os FIDCs abrangem diversos setores, permitindo que companhias de diferentes áreas possam acessar o mercado financeiro de forma estruturada. Com uma governança robusta e regras claras, oferecemos segurança tanto para as empresas que precisam de crédito quanto para os investidores, que são bem resguardados”, diz ela.