As exportações de carne de frango, considerando todos os produtos, inclusive in natura e processados, encerraram o ano de 2024 com alta de 3%, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgados nesta terça-feira (7). Ao todo, foram embarcadas cerca de 5,3 milhões de toneladas nos doze meses do ano passado, contra 5,1 milhões em 2023. É o maior volume de exportação já registrado pelo setor.
Também foi registrado recorde com as receitas de exportação entre janeiro e dezembro de 2024, chegando a US$ 9,928 bilhões, saldo 1,3% superior ao total obtido em 2023, com US$ 9,796 bilhões.
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No último mês de 2024, o setor exportou 448,7 mil toneladas, número 4% menor em relação ao saldo de dezembro de 2023, com 467,2 mil toneladas. Já em receita, houve elevação de 4,6%, chegando a US$ 856,9 milhões em dezembro do ano passado, contra US$ 818,9 milhões no mesmo período do ano anterior.
“O saldo do ano confirma as expectativas da entidade e aponta, também, novos patamares estabelecidos em médias de embarques, superando 440 mil toneladas mensais”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.
No ranking dos principais importadores de carne de frango do Brasil em 2024 (janeiro a dezembro), a China encerrou o ano no primeiro lugar com 562,2 mil toneladas (-17,6% em relação ao ano anterior), seguida por Emirados Árabes Unidos, com 455,1 mil toneladas (+3,3%) e Japão, com 443,2 mil toneladas (+2,2%).
Entre os demais importadores da carne de frango brasileira estão a Arábia Saudita, com 370,8 mil toneladas (-1,6%), África do Sul, com 325,4 mil toneladas (-4,4%), Filipinas, com 234,8 mil toneladas (+7%), União Europeia, com 231,9 mil toneladas (+6,9%), México, com 212,5 mil toneladas (+22,6%), Iraque, com 179,8 mil toneladas (+18,1%) e Coreia do Sul, com 155,8 mil toneladas (-22,8%).
Entre os estados exportadores, o Paraná segue na liderança, com 2,174 milhões de toneladas (+4,1%), seguido por Santa Catarina, com 1,167 milhão de toneladas (+5,7%), Rio Grande do Sul, com 692 mil toneladas (-6,32%), São Paulo, com 297,2 mil toneladas (+1,6%) e Goiás, com 243,9 mil toneladas (+3%).
Para Ricardo Santin, a rentabilidade positiva do setor deverá se manter em 2025. “Em 2025, temos possibilidades de novas altas mensais e projeções de números relativamente superiores aos alcançados no ano encerrado, indicando a manutenção da rentabilidade das agroindústrias do setor”.
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