O cacau negociado em Nova York foi a commodity com melhor desempenho em 2024, com os preços mais do que dobrando após as colheitas ruins na África Ocidental, enquanto o café também esteve entre os maiores ganhadores do ano.
A Costa do Marfim e Gana, os dois maiores produtores de cacau do mundo, registraram uma queda acentuada na produção na temporada 2023/24 por conta de adversidades climáticas.
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Os contratos futuros do cacau em Nova York na ICE fecharam nesta terça-feira (31) em US$ 11.675 a tonelada, registrando um ganho anual de 178%. Os preços alcançaram uma máxima recorde de US$ 12.931 a tonelada em 18 de dezembro. Este foi o segundo ano consecutivo de alta de preços do cacau, depois de um aumento de 61% em 2023.
Olhando para o futuro, é provável que tensões comerciais globais dominem o cenário das commodities em 2025, com o retorno de Donald Trump à Casa Branca ameaçando com tarifas pesadas, disseram analistas.
Um dólar forte e o apelo do ouro como um porto seguro para investidores provavelmente darão suporte aos preços de metais preciosos, enquanto a ampla oferta poderá deprimir o petróleo pelo terceiro ano seguido, acrescentaram.
Café
Os preços do café também subiram este ano, impulsionados pelo clima adverso nos países produtores, especialmente nos dois maiores produtores, Brasil e Vietnã. O clima seco no Brasil levou a uma safra menor do que a esperada este ano e também deve reduzir a produção no próximo ano.
Os futuros do café arábica encerraram o ano em 3,1485 dólares por libra-peso, registrando um ganho anual de 69%. Os preços subiram para um recorde de US$ 3,4835 em 10 de dezembro. O café robusta encerrou o ano em US$ 4.875 por tonelada, registrando um ganho anual de 72%.
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