Os contratos futuros de grãos em Chicago subiram nesta quarta-feira (30), com as chuvas fracas e as previsões de clima quente e seco no cinturão de milho e soja da Argentina, que está ressecado, elevando os preços, segundo os operadores. Os futuros do trigo também subiram com o apoio do milho, bem como com o aumento da demanda.
Os operadores esperam para ver se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumprirá ameaças de impor tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México no sábado, uma medida que provavelmente provocaria retaliação por parte de dois dos maiores importadores de produtos agrícolas dos EUA.
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“As tarifas continuam sendo o elefante na sala”, disse Terry Linn, vice-presidente da Linn and Associates. “Há nervosismo com relação ao que pode acontecer.”
O contrato de milho mais ativo na bolsa de Chicago CBOT subiu 11,75 centavos, para 4,97 dólares por bushel, depois de atingir uma máxima de 15 meses de 4,975 dólares por bushel.
O milho e o trigo também foram apoiados por expectativas de oferta mundial mais restrita, enquanto uma enorme colheita de soja em andamento no Brasil adicionou um teto aos futuros da soja.
A soja CBOT fechou com alta de 15,5 centavos, a 10,605 dólares por bushel, pairando perto de um pico de seis meses. O trigo subiu 17,25 centavos, para 5,625 dólares o bushel.
As chuvas na Argentina proporcionaram apenas um alívio mínimo para as safras de milho e soja atingidas pela seca no país, enquanto as chuvas no Brasil retardaram a colheita da soja e atrasaram o plantio da safrinha de milho, que é crucial para o país.