As plantações de soja e milho da Argentina terão que suportar uma onda de calor nos próximos dias que afetará seus rendimentos, disse o meteorologista German Heinzenknecht na segunda-feira (13), antes que as chuvas tragam algum alívio no início do fim de semana.
A Argentina, um importante fornecedor mundial de soja, milho e trigo, viu sua principal região agrícola enfrentar um período de seca prolongado desde o início do verão do Hemisfério Sul no mês passado.
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Heinzenknecht, meteorologista da consultoria climática CCA, previu que uma frente de chuva chegaria na sexta-feira (17), dando início à normalização das chuvas.
“Esta é a semana mais difícil”, disse Heinzenknecht, prevendo máximas de 36 graus Celsius e até 40ºC em algumas partes do país.
“Somando a falta de água, já que não chove na zona agrícola central desde 23 de dezembro, é uma combinação explosiva”, disse ele.
Embora Heinzenknecht tenha previsto cerca de 25 a 40 milímetros (1,6 polegadas) de chuvas em algumas partes dos principais centros agrícolas na sexta-feira, ele disse que as chuvas não seriam uniformes e chegariam tarde demais para evitar danos às colheitas.
“Não acho que as plantações sairão ilesas”, disse Heinzenknecht.
Atualmente, a bolsa de grãos de Rosário espera que o país produza de 53 milhões a 53,5 milhões de toneladas métricas de soja e de 50 milhões a 53 milhões de toneladas de milho nesta temporada. A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja e o terceiro maior fornecedor de milho.
Heinzenknecht disse que as chuvas podem marcar uma mudança nos padrões climáticos, que veriam chuvas mais normais até fevereiro.
“A situação vai se tornar mais normal à medida que o verão avança”, disse ele. “Há uma luz no fim do túnel.”