![laranja](https://forbes.com.br/wp-content/uploads/2025/02/agro_laranja_10fev25_Getty-768x512.jpg)
O Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) divulgou hoje (10), a terceira estimativa da safra de laranja 2024/25 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. A produção total foi estimada em 228,52 milhões de caixas de 40,8 kg, um aumento de 2,4% em relação à projeção de dezembro. A nova estimativa representa uma redução de 1,7% frente à previsão inicial divulgada em maio de 2024.
A produção foi impulsionada pelo crescimento dos frutos acima do esperado, principalmente da quarta florada, e pela redução da taxa de queda de laranjas. As variedades Valência e Folha Murcha somaram 74,20 milhões de caixas, seguidas pela Pera Rio, com 74,46 milhões de caixas, e Natal, com 26,63 milhões de caixas. O grupo de variedades precoces totalizou 15,60 milhões de caixas, enquanto as variedades Hamlin, Westin e Rubi permaneceram em 37,63 milhões de caixas, sem variação.
Leia também
A precipitação acumulada no cinturão citrícola entre maio de 2024 e janeiro de 2025 foi de 839 milímetros, um déficit de 13% em relação à média histórica. As chuvas registradas em outubro, novembro e dezembro superaram as previsões, favorecendo o crescimento dos frutos. Em janeiro, os volumes ficaram abaixo da média, limitando o aumento do tamanho final das laranjas. Regiões como São José do Rio Preto, Matão e Bebedouro tiveram redução de até 35% nas precipitações.
O peso médio das laranjas foi revisado para 158 gramas, dois gramas acima da estimativa anterior. Com isso, o número médio de frutos necessários para compor uma caixa de 40,8 kg passou de 261 para 258. Entre as variedades, Hamlin, Westin e Rubi mantiveram 283 frutos por caixa. O grupo de variedades precoces foi ajustado para 257 frutos por caixa, enquanto Pera Rio passou para 252 frutos, e Valência e Folha Murcha para 252 frutos por caixa.
A taxa de queda de frutos foi reduzida para 18%, ante os 19% estimados em dezembro. Os fatores que influenciaram esse índice foram a antecipação da colheita dos frutos das primeiras floradas e a menor quantidade de frutos nas árvores em comparação com safras anteriores. O índice permaneceu impactado por greening, bicho-furão, moscas-das-frutas e operações mecanizadas.
Até meados de janeiro, 89% da safra havia sido colhida. As variedades Hamlin, Westin e Rubi atingiram 99% de colheita, enquanto outras variedades precoces chegaram a 97%. A colheita da Pera Rio foi estimada em 85%, Valência e Folha Murcha, em 84%, e Natal, em 90%.
A reestimativa utilizou monitoramento de 1.200 talhões e dados das processadoras de suco Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus. O acompanhamento considerou a evolução dos frutos e a influência das condições climáticas sobre a produção.