Jeff Bezos anunciou hoje (16) em um post no Instagram que doou US$ 791 milhões para 16 organizações que trabalham no combate às mudanças climáticas. As doações são as primeiras a integrar seu Fundo Bezos Earth, um compromisso que o bilionário firmou em fevereiro para destinar US$ 10 bilhões ao combate às mudanças climáticas.
“Passei os últimos meses aprendendo com um grupo de pessoas incrivelmente inteligentes que transformaram a luta contra as mudanças climáticas e seu impacto nas comunidades em todo o mundo no trabalho de suas vidas”, escreveu Bezos em seu post no Instagram. “Hoje, tenho o prazer de anunciar os primeiros beneficiários do Fundo Bezos Earth –16 organizações que trabalham em soluções inovadoras, ambiciosas e dinâmicas. Todos nós podemos proteger o futuro da Terra tomando medidas ousadas agora.”
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As maiores doações incluem US$ 100 milhões para o World Wildlife Fund, que afirmou que distribuirá o valor em três soluções voltadas para as mudanças climáticas: proteger e restaurar manguezais na Colômbia, Fiji, Madagascar e México; ampliação da agricultura sustentável de algas marinhas no oceano Atlântico Norte; e restauração e proteção de florestas e outros ecossistemas na Amazônia, África e América Central.
Bezos também doou US$ 100 milhões ao Environmental Defense Fund (EDF). A organização declarou que usará o dinheiro para concluir e lançar o MethaneSAT, um satélite que vai localizar e medir fontes de poluição por metano em todo o mundo, ao mesmo tempo em que fornece acesso público a dados “que garantem responsabilidade e impulsionam reduções profundas desta poluição”, segundo um comunicado de imprensa da EDF. A iniciativa também usará os fundos para pesquisar e “construir confiança” nos créditos de carbono, que são comprados por empresas que desejam compensar sua pegada de carbono. Esses créditos são usados em projetos ambientais, como plantar árvores em florestas ou implementar máquinas de manuseio de esterco em locais com confinamento de animais, que absorvem e convertem metano em energia limpa.
A Amazon é uma das companhias que compra créditos de carbono para compensar sua emissão de poluentes. A empresa revelou que, em 2019, sua pegada de carbono total foi de 51,17 milhões de toneladas. De acordo com a Greenhouse Gas Equivalencies Calculator, calculadora de gases do efeito estufa, do site da Environmental Protection Agency, o valor é equivalente a 13 usinas termelétricas a carvão funcionando por um ano, ou 11 milhões de carros em movimento no mesmo período.
A ClimateWorks Foundation recebeu US$ 50 milhões do Bezos Earth Fund e disse que usará a doação para “impulsionar a ações nos setores de transporte e indústria, que combinados geram metade das emissões globais de gases do efeito estufa”, segundo um comunicado à imprensa. A pauta é relevante para a Amazon, que usa veículos de entrega para transportar produtos para depósitos, casas dos clientes e pontos de coleta da companhia.
Bezos também deu US$ 100 milhões ao Natural Resources Defense Council, US$ 100 milhões à The Nature Conservancy, US$ 43 milhões ao The Hive Fund for Climate and Gender Justice e US$ 15 milhões à Union of Concerned Scientists.
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Em setembro de 2019, antes do lançamento do fundo, a Amazon anunciou o The Climate Pledge, um compromisso de ter uma pegada de carbono zero em seus negócios até 2040, uma década antes do prometido no Acordo de Paris.
Bezos é a pessoa mais rica do mundo, com fortuna avaliada em US$ 183 bilhões, segundo estimativas da Forbes. Em setembro de 2020, o bilionário vendeu US$ 10 bilhões em ações da Amazon.
Veja a lista completa dos beneficiários do Fundo Bezos Earth:
The Climate and Clean Energy Equity Fund: US$ 43 milhões
ClimateWorks Foundation: US$ 50 milhões
Dream Corps Green For All: US$ 10 milhões
Eden Reforestation Projects: US$ 5 milhões
Energy Foundation: US$ 30 milhões
Environmental Defense Fund: US$ 100 milhões
The Hive Fund for Climate and Gender Justice: US$ 43 milhões
Natural Resources Defense Council: US$ 100 milhões
The Nature Conservancy: US$ 100 milhões
NDN Collective: US$ 12 milhões
Rocky Mountain Institute: US$ 10 milhões
Salk Institute for Biological Studies: US$ 30 milhões
The Solutions Project: US$ 43 milhões
Union of Concerned Scientists: US$ 15 milhões
World Resources Institute: US$ 100 milhões
World Wildlife Fund: US$ 100 milhões
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