Os bancos da zona do euro enfrentam potenciais riscos climáticos, como inundações e secas, que correspondem a até um terço dos seus empréstimos a empresas, com credores na Grécia, Portugal e Espanha entre os mais expostos, disse o Banco Central Europeu (BCE) hoje (17).
O estudo do BCE faz parte de uma análise mais ampla dos riscos que as alterações climáticas representam para o setor financeiro, que vão desde danos físicos a alterações na regulamentação ou na preferência dos consumidores.
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O estudo constatou que cerca de 30% da carteira de empréstimos corporativos dos bancos da zona euro estão expostos a empresas localizadas em áreas onde os riscos de inundações, secas, calor extremo, incêndios florestais ou uma subida do nível do mar são elevados ou estão aumentando.
“Isso pode se tornar cada vez mais relevante se as emissões não forem efetivamente reduzidas a longo prazo e se as empresas e economias não conseguirem se adaptar às mudanças climáticas”, disse o BCE.
Com 18% das empresas do sul da Europa altamente ou cada vez mais expostas ao calor extremo, à escassez de água ou a incêndios florestais, os bancos desses países emergiram como os mais expostos.
Cerca de 80% dos bancos na Grécia e cerca de 40% dos bancos em Portugal e Espanha estão expostos a múltiplos riscos, mostrou o estudo do BCE.
Enquanto dois terços dos empréstimos a áreas com riscos altos ou crescentes são assegurados por garantias, metade deles é composta de ativos físicos – cujo valor está sujeito a esses mesmos riscos – em setores como manufatureiro e imobiliário.
Apenas um terço das perdas econômicas relacionadas ao clima na zona do euro está segurado, com essa parcela caindo para 12% no sul da Europa, disse o BCE citando dados do Eurostat e do NatCatSERVICE. (Com Reuters)
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