O Grupo Boticário anunciou este mês uma novidade na relação entre a empresa e a proteção ao meio ambiente: a partir de agora, todas as fábricas da marca passarão a operar com 100% de energia renovável. Utilizando fontes variadas, como pequenas centrais hidrelétricas, placas solares, pás eólicas e queima de biomassa, a companhia informou que a aquisição de energia limpa já chega a ordem de 3.000 MWh/mês.
Além da mudança, o Boticário iniciou um novo sistema de produção capaz de diminuir em 70% o consumo de energia elétrica na fabricação dos cremes e loções hidratantes da marca. O custo das matérias-primas também foi abatido em 10%, assim como o custo de transformação do produto, que reduziu 15%.
De acordo com a empresa, as novas medidas fazem parte de um conjunto de iniciativas em prol da sustentabilidade. “Sem um planeta saudável, os negócios não prosperam e a sociedade adoece. A crise climática é um problema atual e vem se agravando abruptamente na última década. É uma situação que, apesar de parecer distante para alguns de nós, traz impactos sociais, econômicos e ambientais imediatos”, analisa Miguel Krigsner, fundador e presidente do Conselho do Grupo Boticário.
Uma das preocupações da companhia sobre o tema foi em relação à quantidade de água usada nas operações. Com a meta de reduzir em 60% o consumo hídrico até 2025, a marca idealizou o movimento Viva Água, que mobiliza as empresas, os produtores rurais e o poder público da região metropolitana de Curitiba (onde se localiza a fábrica de Camaçari) para incentivar o impacto socioambiental positivo, a conservação da natureza e a recuperação de áreas degradadas.
“Estamos reduzindo a captação, ampliando o reuso e diminuindo o consumo relativo por unidade produzida. Na fábrica de São José dos Pinhais (PR), a totalidade da água potável nova vem do sistema público de abastecimento, enquanto nos centros de distribuição e na fábrica de Camaçari ela é originária de um sistema de poços artesianos”, explica o vice-presidente de operações do Grupo Boticário, Sergio Sampaio.
Outra ação da agenda de sustentabilidade é o programa de reciclagem de embalagens, que existe desde 2006 e hoje emprega mais de mil cooperados parceiros que recebem a renda dos itens reciclados. De acordo com o grupo, essa e outras iniciativas devem ser atualizadas à medida que novas tendências surgem no mercado.
“A expansão de iniciativas voltadas à produção de energia limpa e renovável é extremamente importante para os negócios, para o planeta e para a saúde e bem-estar da população. A sociedade como um todo precisa se conscientizar que o uso de combustíveis fósseis é muito danoso ao meio ambiente e ao futuro da nossa sociedade. Além de ser um recurso finito, traz impactos climáticos que infelizmente temos acompanhado frequentemente, como grandes enchentes e longos períodos de estiagem”, afirma o gerente de economia da biodiversidade da marca, André Ferretti.
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