Marca de denim cria roupa sustentável capaz de produzir oxigênio

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A roupa foi enviada para líderes da indústria, simulando uma peça de suas coleções outono/inverno 2043

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A ficção científica já está mais próxima da realidade do que parece. A inovação da vez é a CO2AT, que promete revolucionar a indústria da moda. Criada pela fabricante paquistanesa de denim Azgard9 em parceria com o laboratório inglês Post Carbon Lab, a peça de roupa possui um capuz tratado com pigmentação formada por microorganismos fotossintéticos, capazes de absorver o dióxido de carbono da atmosfera e liberar glicose e oxigênio.

“A ideia era mostrar para as marcas e para as pessoas envolvidas na indústria que nós temos a tecnologia necessária, e que [essas roupas] já podem ser feitas”, explica Ahmed Shaikh, CEO da empresa. A peça chega após a Azgard9 firmar um compromisso com o movimento Future Before Fashion (futuro antes da moda, em tradução livre), que tem como objetivo desenvolver produtos e soluções com baixo impacto no meio ambiente.

Durante seu ciclo de vida, a roupa libera a mesma quantidade de oxigênio que um carvalho. “Enquanto as marcas estão pensando na próxima coleção, estamos trabalhando com coleções de e para o futuro. Estávamos cansados de [apenas] pensar em como mudar o futuro da moda para melhor: decidimos fazer algo a respeito”, diz Shaikh.

A roupa foi enviada para líderes dessa indústria, simulando uma peça de suas coleções outono/inverno 2043. Segundo a empresa, o objetivo é transformá-la num conceito mainstream, provando às grandes marcas que um futuro com soluções verdadeiramente verdes já é algo possível.

A Azgard9 pretende tornar a peça acessível para clientes do mundo todo, e compartilhá-la com sua rede global de varejistas, que engloba os grupos LVMH e ZARA. “Ser lucrativo ainda é, evidentemente, uma prioridade. No entanto, queremos ter um negócio responsável, que olhe para o futuro e saiba que a sustentabilidade é a chave. Podemos ter um impacto positivo no meio ambiente, e queremos mostrar aos nossos stakeholders que podemos ajudá-los a alcançar isso”, conclui Ahmed Shaikh.