Seis em cada dez empresas estão preocupadas com questões de ESG, como a diminuição dos efeitos do aquecimento global e mudanças climáticas, o combate às desigualdades de gênero e o fomento à economia circular. Esse dado foi apresentado pelo estudo “A Sustentabilidade na Agenda dos Líderes da América Latina”, desenvolvido e publicado em março deste ano pela empresa de tecnologia SAP, que ouviu mais de 450 organizações da Argentina, Brasil, Colômbia e México.
Para um pouco menos da metade das organizações ouvidas pela pesquisa (46%), as políticas de ESG são importantes para estimular boas práticas relacionadas ao meio ambiente e à sociedade. Já a maioria das companhias (78%) afirma que a sustentabilidade está diretamente relacionada ao oferecimento de produtos e serviços de qualidade. Além disso, para 57% das respondentes, essas políticas trazem uma ótica de inovação para dentro e para fora das empresas.
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Os insights do relatório foram o impulso que a SAP precisava para desenvolver novos produtos com foco em práticas de ESG. “Empresas bem-sucedidas estão operacionalizando cada vez mais a sustentabilidade, incorporando ações de combate à crise climática em seus valores, processos e práticas”, diz o CEO global da companhia, Christian Klein.
Em evento na semana passada, o executivo anunciou três novos recursos de suas plataformas para que empresas possam desenvolver e monitorar políticas de sustentabilidade em seus negócios: o SAP Product Footprint Management, para rastreio da pegada de carbono no processo produtivo; o SAP Responsible Design and Production, que mapeia escolhas sustentáveis de design no ciclo de produtos; e o SAP Sustainability Control Tower, de monitoramento e metrificação de indicadores de ESG nas empresas.
No caso do SAP Product Footprint Management, por exemplo, a plataforma realiza o rastreio completo do ciclo de vida de um produto, calculando a pegada de carbono da produção de uma empresa. O recurso utiliza dados de cada etapa do processo, integrando fornecedores, parceiros de negócios e colaboradores, para o compartilhamento e análise de todas as fases da cadeia de suprimentos. A solução chegará ao mercado no terceiro trimestre deste ano.
A presidente da SAP para a América Latina e Caribe, Cristina Palmaka, diz que ter indicadores sobre a pegada de carbono pode ser um fator decisivo para contratações de fornecedores e o estabelecimento de parcerias comerciais. “Empresas sérias, que estão efetivamente procurando por sustentabilidade em sua estratégia de negócio, levarão essas métricas como um ponto de atenção [no momento da contratação]”, afirma. “A sustentabilidade será um tema cada vez mais incorporado aos relatórios das companhias, assim como os resultados financeiros.”
Segundo a executiva, a tecnologia é apenas uma forma para que as empresas se reinventem e procurem estabelecer novos modelos de negócios, definindo novas conexões na cadeia de suprimentos e priorizando a sustentabilidade. “Os temas de ESG não podem ser exclusivos de uma companhia, da SAP, das ONGs ou da academia, mas sim de todo mundo”, diz. “[Atualmente] temos uma oportunidade de utilizar esses recursos tecnológicos para traçar novos caminhos e possibilitar novas conexões de negócios [para um futuro mais sustentável].”
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