Os recursos do providencial e elogiado programa Todos Pela Saúde têm sido aplicados em equipamentos médico-hospitalares (de máscaras a respiradores), infraestrutura, logística, testagem e campanhas de esclarecimento, entre outras destinações ligadas à pandemia. Mas a maior instituição financeira do país (R$ 1,425 trilhão em ativos em dezembro de 2020 e valor de mercado de US$ 48,1 bilhões em março de 2021) prefere enfatizar que as questões sociais e ambientais sempre estiveram entre suas prioridades.
“Nas últimas duas décadas, temos atuado de forma proativa para promover impacto positivo”, afirma Leila Melo, membro do Comitê Executivo responsável pelas áreas Jurídica, de Relações Corporativas e Sustentabilidade do Itaú Unibanco. “Somos o único banco da América Latina a compor o Índice de Sustentabilidade do Dow Jones desde sua criação, em 1999, e estamos desde o início na carteira do ISE da B3”, continua ela. “Além disso, somos signatários de 18 pactos com instituições que também estão comprometidas com a sociedade, como a United Nations Environment Programme Finance Initiative, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e o Instituto Ethos. São compromissos em diversidade, responsabilidade social empresarial, meio ambiente e ética nos negócios.”
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A especialista lembra que em 2019 a companhia assumiu publicamente seus “Compromissos de Impacto Positivo”: dez agendas com 46 metas e indicadores alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Esmiuçando a atuação no âmbito ESG, Leila conta que na frente ambiental o Itaú Unibanco é carbono neutro: 100% da energia usada em seus prédios, agências e data centers vem de fontes renováveis. “Lançamos o Plano Amazônia, iniciativa em que nós, Bradesco e Santander nos unimos pelo desenvolvimento sustentável daquela região, com foco na conservação ambiental e no desenvolvimento da bioeconomia, no investimento em infraestrutura sustentável e na garantia dos direitos básicos da população.”
No campo social, o banco defende o posto de maior investidor privado do Brasil, com destinação média anual de R$ 600 milhões para educação, cultura, mobilidade urbana e esportes. “Em 2020, a saúde entrou nessa agenda com a criação do Todos pela Saúde e uma doação de R$ 1,2 bilhão para ajudar no combate à Covid-19. Foi a maior doação já feita por um único grupo empresarial.” Na agenda de diversidade, busca maior representatividade e equidade de oportunidades entre os 88 mil colaboradores. “Em 2020, um dos destaques nessa frente foi o resultado do Programa de Trainee. Nós nos unimos a parceiros especializados no tema, envolvemos toda a liderança da empresa no processo seletivo e conseguimos ter uma turma com 50% de aprovados negros e 63% de mulheres.”
No item governança, além de treinar e monitorar a conduta dos colaboradores, o banco diz ter políticas e uma estrutura de compliance tão robustas que se tornaram referência no mercado. “Nos últimos dois anos, evoluímos muito na incorporação do ESG aos nossos negócios. Entre os principais resultados disso estão o desembolso, para nossos clientes empresariais, de mais de R$ 50 bilhões para 20 setores de impacto positivo e a participação em mais de R$ 30 bilhões em ESG bonds, tanto no mercado local quanto no internacional.”
Reportagem publicada na edição 87, lançada em maio de 2021.
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