Hoje (22), o planeta celebra o Dia Mundial Sem Carro. Criada em 1977 por um grupo de ativistas franceses, a data visa incentivar a reflexão sobre os efeitos nocivos do uso excessivo de automóveis. Um problema que, segundo o último Relatório de Emissão Veiculares da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), é responsável por 72,6 % das emissões de gases estufa na capital paulista.
Diante do problema, as resoluções mais debatidas envolvem o incentivo à mobilidade sustentável. Isto é, formas de garantir o direito constitucional de ir e vir sem provocar danos ao meio ambiente. Nesse cenário, a pandemia pode ter ajudado a acelerar a tendência de locomoções mais saudáveis. É isso que mostra o estudo “Mobility Futures 2021: The Next Normal” realizado pela consultoria de dados Kantar.
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De acordo com a pesquisa, a modalidade de deslocamento que mais cresceu no mundo durante 2020 foi a caminhada, seguida por bicicletas e patinetes. Só na Europa, o aumento de pessoas que aderiram à locomoção “a pé” saltou 4,8% em relação a 2019. Paralelamente, os veículos coletivos apresentaram queda de uso. Durante o período, houve uma redução global de 5,6% – número atribuído pelos pesquisadores ao alto risco de contágio pela Covid-19 nesses espaços.
Se opondo às tendências sustentáveis, a adoção de automóveis também cresceu ao longo da pandemia. Segundo o levantamento, o uso dos carros saltou 3,8% em 2020. O dado foi atribuído aos cientistas como uma consequência direta do distanciamento social, já que iniciativas de carona e compartilhamento de viagem caíram 2,2%.
Para a realização do estudo, a Kantar entrevistou mais de 9.500 pessoas de 13 cidades ao redor do mundo, incluindo Berlim e Munique (Alemanha); Bruxelas (Bélgica); Chicago e Nova York (Estados Unidos); Copenhague (Dinamarca); Londres (Inglaterra); Madri (Espanha); Milão (Itália); Mumbai (Índia); Paris (França); Pequim (China) e São Paulo (Brasil).
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