Discussões de última hora sobre compromissos para reduzir a energia a carvão atrasaram um acordo na conferência climática na ONU neste sábado, que o anfitrião Reino Unido disse que manterá viva a meta de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius.
Alok Sharma, o presidente da conferência, pediu que as quase 200 delegações presentes em Glasgow aceitem uma acordo que busca equilibrar as demandas de nações vulneráveis ao clima, grandes potências industriais e países em que o consumo ou exportação de combustíveis fósseis é vital para o desenvolvimento econômico.
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“Por favor, não se pergunte o que mais você pode querer, mas se pergunte o que é suficiente”, disse Sharma aos delegados nas horas finais de uma conferência de duas semanas que já foi ampliada em um dia. “Esse pacote é equilibrado? Ele garante o suficiente para todos nós?”
“E ainda mais importante – por favor, perguntem-se se, no fim das contas, esses textos funcionam para todas as pessoas e para nosso planeta”.
Mas antes que uma reunião do plenário pudesse ser organizada para votar o acordo, delegados de Índia, China, Estados Unidos e União Europeia se reuniram para discutir a linguagem em torno de uma redução do uso de carvão, disse um membro da delegação indiana.
O acordo final exige o consentimento unânime dos países presentes, que vão de superpotências alimentadas por carvão e gás a produtores de petróleo e ilhas do Pacífico que estão sendo engolidas pelo aumento nos níveis do mar.
O objetivo geral da reunião é manter a meta do Acordo de Paris de 2015 de limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Os cientistas dizem que ir além dessa marca geraria um crescimento extremo do nível do mar e catástrofes como secas, tempestades e incêndios muito piores do que as que o mundo está sofrendo neste momento.