Um dos setores mais imersos na agenda ESG (Environmental, Social and Governance), o universo automotivo vai além da produção de veículos elétricos para atender os compromissos com governança ambiental, social e corporativa.
Na última semana, a Audi entregou à Seleção Paralímpica de Voleibol um Q5 TFSIe, seu primeiro híbrido comercializado no Brasil. Adaptado com um pomo no volante para reduzir os movimentos de esterço e uma manopla próxima ao seletor de marcha para acelerar e frear o veículo, o SUV será utilizado não apenas como transporte rumo aos jogos, mas principalmente em atividades administrativas das delegações masculina e feminina.
“A Audi tem os esportes de competição em seu DNA e, com o patrocínio das seleções paralímpicas de vôlei sentado, amplia o seu escopo de apoio ao esporte com uma ação que visa reforçar a importância da diversidade e inclusão em nossa sociedade”, explica Cláudio Rawicz, diretor de Comunicação e Marketing da Audi do Brasil.
A entrega do carro – que faz parte de uma campanha que também presenteia com a camisa oficial da Seleção Paralímpica de Vôlei clientes que levarem seus veículos com mais de três anos ou 30 mil quilômetros para revisão – ocorre uma semana depois de a marca anunciar uma parceria com o festival de música Primavera Sound São Paulo: uma árvore será plantada para cada participante que for ao estande da marca no festival.
“Estamos sempre apoiando iniciativas que promovam um impacto positivo na sociedade e anunciamos com muito orgulho a nossa parceria com o Primavera Sound, o festival de música mais progressivo e sustentável do planeta, como parte de nossas ações culturais e de apoio à diversidade e um meio ambiente mais equilibrado”, complementa Rawicz.
A semeadura embalada por sucessos de Björk, Arctic Monkeys e Gal Costa, entre outros, se soma às 100 milhões de sementes de 27 espécies de árvores nativas que a Audi espalhou no início deste ano em áreas desmatadas na Amazônia e a outras seis milhões de sementes entregues a uma comunidade indígena do Amazonas.
Outros programas dentro da agenda ESG da Audi são o projeto E-ducar – curso de iniciação profissional e manutenção automotiva oferecido a jovens em situação de vulnerabilidade social –, o Mulheres Audi – para ampliar a representatividade e o protagonismo feminino no setor automotivo – e a parceria com a ONG Litro de Luz, que levou iluminação solar para comunidades carentes da região da Floresta Amazônica, beneficiando mais de 100 famílias.
Dia da Árvore
Projeto semelhante ao de reflorestamento executado pela Audi promoveu a Volkswagen, que no Dia da Árvore, comemorado em 21 de setembro, aumentou em aproximadamente 25% as áreas de preservação ambiental de suas fábricas, totalizando cerca de 1,3 milhão de metros quadrados de áreas verdes. Taubaté (SP) lidera com 156.711 m2.
Com iniciativas também na área social, entre os dias 30 de agosto e 25 de setembro a montadora recebeu inscrições para o Fundo Solidário da Fundação Grupo Volkswagen. Oito organizações sociais com atuação nas cidades com fábricas e unidades de negócio da empresa receberão patrocínios de até R$ 22.500 para patrocinar projetos destinados a ações de assistência e proteção social – o que abrange “combate à insegurança alimentar e nutricional, empregabilidade, montagem de kits de vestimentas, higiene e limpeza, adaptação residencial, e adequação ou equipagem de espaços para convivência familiar ou comunitária”.
Recentemente, a Volkswagen promoveu sua terceira edição da Semana da Diversidade & Inclusão para os colaboradores da América do Sul, quando discutiu-se temas como equidade de gênero na indústria automotiva, capacitismo, gerações no trabalho, equidade racial, inclusão LGBTQIAP+ e inovação.
“Temos como responsabilidade criar um ambiente onde as diferenças são respeitadas e valorizadas, com foco na construção de uma organização e uma sociedade justa para todos. Além disso, temos como propósito acelerar a inclusão e a representatividade”, explica Douglas Pereira, vice-presidente de RH da VW do Brasil e América do Sul.
Educação, esporte e água
Já a Toyota estreou no último dia 25, em Indaiatuba (SP), o projeto Música para Todos, cuja missão é promover o acesso gratuito à música instrumental nas cidades onde a empresa conta com unidades fabris e de distribuição. Haverá sessões também em Sorocaba, São Bernardo do Campo (ambas em São Paulo) e Guaíba, no Rio Grande do Sul.
Tal como o Música para Todos, o Turma da Ação – Missão Natureza também contou com incentivo da Lei Rouanet. Se num projeto o foco está na riqueza cultural e de diversidade em gênero e raça do Brasil, noutro a questão era sobre fortalecer a educação ambiental entre os mais novos. Encerrado em agosto, o projeto teve 50 apresentações, que atingiram cerca de 15 mil crianças entre 6 e 12 anos.
Em Porto Feliz, cidade do interior paulista onde produz motores, a marca japonesa deu início no fim de agosto a um programa de capacitação de docentes da rede municipal de ensino, por meio do Instituto Esporte e Educação (IEE). O objetivo nesse caso é “facilitar que jovens tenham acesso à educação física de qualidade e ao esporte seguro e inclusivo”, de acordo com a empresa. Até o próximo mês, a Toyota planeja capacitar 77 auxiliares, professores, gestores, coordenadores e diretores da rede de educação infantil.
Enquanto montadoras apostam em ações sociais e ambientais – além da venda de carros elétricos –, coube à Goodyear conceber um pneu 100% ecológico, o que a fabricante promete para 2030. Recentemente, anunciou a criação de um pneu de demonstração, desenvolvido com 70% de sua composição a partir de materiais sustentáveis, como óleo de soja e um tipo de sílica produzida com cinzas de casca de arroz.
“Definimos uma meta ambiciosa em 2020 para criar um pneu feito com materiais 100% sustentáveis em 10 anos, e nossos cientistas e engenheiros fizeram grandes avanços em direção a essa meta”, disse Chris Helsel, Vice-Presidente Sênior de Operações Globais e Diretor de Tecnologia.
Em relação a ações voltadas ao clima, a Goodyear quer transformar todas as operações de fabricação em energia renovável até 2040, e até 2050 a companhia incluiu a meta de atingir zero emissões líquidas de gases de efeito estufa na cadeia de valor. No Brasil, a Goodyear recebeu, neste ano, o Certificado de Energia Renovável de 100% da energia elétrica comprada e utilizada nas operações da planta de Americana.