Empresários formam coletivo para tornar ajuda ao RS mais eficaz

Empresas B, grupo de 300 companhias brasileiras que buscam impacto social e ambiental positivo, está atuando em conjunto

The Associated_Press
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Enchentes no Rio Grande do Sul: empresas mapeiam locais de entrega do auxílio

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Para tornar mais efetiva a ajuda às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, um grupo de empresas que buscam ter um impacto social e ambiental positivo está agindo coletivamente. Conhecidas como Empresas B, as cerca de 300 companhias brasileiras ligadas a essa rede fundada em 2006 nos Estados Unidos estão atuando de forma coordenada. “Quando uma empresa anuncia uma doação, outra companhia do grupo se oferece para enviar os itens até as regiões do Rio Grande do Sul cujas necessidades foram mapeadas”, diz Cinthia Gherardi, codiretora-executiva do Sistema B Brasil. “Os locais de entrega também já foram mapeados por empreendedores do sistema, que oferecem suas lojas para funcionarem como pontos de distribuição.”

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Segundo a executiva, as doações são atualizadas em tempo real pelas redes sociais do Sistema B Brasil. Entre os doadores estão a gaúcha Herself, confecção de moda íntima. Ela está doando 2 mil itens de higiene básica e de saúde menstrual às vítimas, além de arrecadar peças e mercadorias de cuidados pessoais. A empresa de moda circula Cora Design montou postos de coleta, além de permanecer em contato com abrigos e com pontos de distribuição no Estado para verificar as demandas dos gaúchos.

Empresas não estão ligadas a atividades produtivas como a consultoria de negócios para o clima Ateha instalou cisternas e filtros de água nos abrigos. As companhias de design FutureBrand e Tátil estabeleceram como meta arrecadar R$ 500 mil em doações por meio de uma campanha intitulada SOS RS Design. O grupo está disponibilizando materiais de estudos de caso e conteúdos para ser vendidos na plataforma de cursos hotmart. Todo valor arrecadado vai para pessoas e organizações envolvidas no socorro aos gaúchos.

No Brasil, o selo B está em mais de 300 organizações, sendo 16 delas com sede no Rio Grande do Sul, instaladas em Porto Alegre e em outras cinco cidades. Segundo Gherardi, passada a fase de assistência emergencial, o próximo passo será planejar a reconstrução com o Coletivo de Arquitetos Voluntários arrecadando material de construção, mobiliário, utensílios domésticos e eletrodomésticos. Também estão previstas doações de material escolar para crianças e acesso online gratuito para inclusão produtiva, visando a empregabilidade e a renda dos adultos.


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