As emissões de dióxido de carbono da China poderão cair em um terço até 2035. Se somado a isso, o país apresentar promessas mais ambiciosas às Nações Unidas no início do próximo ano, ele cumprirá às metas do Acordo de Paris sobre o clima, afirmou uma organização ambiental nesta quinta-feira (03).
Como parte de suas obrigações sob o Acordo, as nações devem entregar novas e fortes contribuições à ONU até fevereiro para estabelecer metas para 2035.
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As promessas da China, o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, serão examinadas de perto. Com o país oriental em vias de cumprir suas metas climáticas para 2030 com relativa facilidade, o país poderia agora capitalizar suas vantagens em termos de energia renovável, além de estabelecer políticas que reduzirão as emissões em pelo menos 30% até 2035, disse o Centro de Pesquisa sobre Energia e Ar Limpo (CREA), com sede em Helsinque.
Os níveis totais de CO2 já podem estar em declínio, depois de terem caído este ano, e há sinais positivos de que o clima está de volta à agenda política, disse Belinda Schape, analista de políticas da China do CREA. A organização disse que a China é capaz de estabelecer uma meta eólica e solar de 4.500 GW para 2035 e reduzir as emissões totais do setor de energia em pelo menos 30%. Também poderia reduzir as emissões de aço e cimento em 45% e 20%, respectivamente.
O país já ordenou que suas usinas siderúrgicas passem por uma renovação de baixo carbono que reduzirá as emissões em cerca de 53 milhões de toneladas métricas até o próximo ano.
No entanto, “apesar dessas tendências positivas, existe o risco de que os formuladores de políticas chineses possam estar reduzindo as metas climáticas da China para 2035 em meio à inércia política atual”, disse ela. Em agosto, Li Chuangjun, o principal funcionário do setor de energia renovável, disse aos repórteres que estava “trabalhando duro” para estabelecer as metas para 2035.
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O Climate Action Tracker, uma iniciativa independente que avalia como os países estão se adequando à meta de Paris de manter o aumento da temperatura dentro de 1,5 grau Celsius, descreveu a última apresentação da China em 2021 como insuficiente. O país é classificado pela ONU como uma nação em desenvolvimento e, portanto, não é obrigada a fazer cortes absolutos nas emissões.