O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse aos líderes mundiais na cúpula sobre o clima COP29, nesta terça-feira (12), que “paguem” para evitar desastres humanitários causados pelo clima e afirmou que o tempo está se esgotando para limitar um aumento destrutivo nas temperaturas globais.
Cerca de 200 nações se reúnem na cúpula anual da ONU sobre o clima em Baku, que este ano se concentrou em levantar centenas de bilhões de dólares para financiar uma transição global para fontes de energia mais limpas e limitar os danos climáticos causados pelas emissões de carbono.
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Porém, no dia da cúpula destinada a reunir líderes mundiais e gerar impulso político para a maratona de negociações, muitos dos principais participantes não estavam presentes para ouvir a mensagem de Guterres.
Após a vitória de Donald Trump, um negacionista das mudanças climáticas, na eleição presidencial dos Estados Unidos, o atual presidente dos EUA, Joe Biden, não comparecerá. O presidente chinês, Xi Jinping, enviou um representante e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não comparecerá devido aos acontecimentos políticos em Bruxelas.
“Em relação ao financiamento climático, o mundo deve pagar, ou a humanidade pagará o preço”, disse Guterres em um discurso. “O som que vocês ouvem é o tique-taque do relógio. Estamos na contagem regressiva final para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 grau Celsius e o tempo não está do nosso lado”. Este ano está previsto para ser o mais quente já registrado.
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Os cientistas afirmam que as evidências mostram que o aquecimento global e seus impactos estão ocorrendo mais rapidamente do que o esperado e que o mundo pode já ter atingido 1,5 grau Celsius de aquecimento acima da temperatura média pré-industrial — um limite crítico além do qual há risco de mudanças climáticas irreversíveis e extremas.
No início da COP29, os incêndios florestais incomuns na costa leste dos EUA, que provocaram alertas sobre a qualidade do ar em Nova York, continuaram a crescer. Na Espanha, os sobreviventes estão se recuperando das piores enchentes da história moderna do país e o governo espanhol anunciou bilhões de euros para a reconstrução.