O mundo está experimentando um ressurgimento das supermodels. Desde os anos 1980 (com Kate Moss, Naomi Campbell e Christy Turlington), não há uma época em que modelos aparecem tanto e com tamanho reconhecimento internacional. Miranda Kerr, Kate Upton e Gisele Bündchen se tornaram nomes conhecidos não apenas por campanhas publicitárias lucrativas, mas por franquias empresariais e papéis em produções de Hollywood.
E para muitas desta nova safra de modelos, as redes sociais tiveram papel essencial para impulsionar suas vidas profissionais.
Na era da selfie, não há ninguém melhor para alavancar plataformas baseadas em imagem como Instagram e Vine do que as top models. Beleza, é claro, é um componente importante para o seu sucesso (alguém não gosta de olhar para fotos de Adriana Lima e Alessandra Ambrosio?). E é assim a vida retratada nessas redes: sessão de fotos em Bali e festas são a chave de ouro para o sucesso.
“Blogs e mídias sociais deram para pessoas independentes na moda uma plataforma para brilhar já que as formas tradicionais de subir no varejo e na indústria fashion eram muitas vezes longas e árduas”, disse Macala Wright, diretora digital no Emmis Communications. “As modelos mais inteligentes levaram para mídias visuais digitais fotos e vídeos e entenderam que o consumidor precisa aprender, ser inspirado e motivado por imagens.”
Enquanto milhões de pessoas fazem login no Instagram e no Twitter todos os dias para obter um vislumbre dentro no mundo da moda, personalidades como Cara Delevingne e Chrissy Teigen (com quase 7 milhões e 865.000 seguidores no Instagram, respectivamente) ganham reconhecimento por meio de imagens de designer de grifes famosas e até mesmo fotos de si mesmas com os amigos ou fazendo um bolo. Modelo da Victoria’s Secret, Doutzen Kroes posta fotos de seus filhos e marido em um dia e no dia seguinte sessão de fotos de luxo.
Vicky Yang, coordenadora de marketing da The Society Manegement conta que as mídias sociais tornaram-se uma saída ideal para modelos que querem compartilhar suas experiências e personalidades únicas além de sessões de fotos e eventos de imprensa.
“Ao invés de posar como meros manequins em um pedaço de papel ou até mesmo em movimento dentro de um vídeo, agora eles têm plataformas em que ambas as suas viagens pessoais e de carreira pode ser documentadas completamente”, afirma Yang. “É claro que, dentro deste público estão pessoas que não só consomem conteúdo de mídia social, mas potencialmente produtos e as marcas estão começando a perceber que este tipo de influência direta tornou-se de extrema importância.”