Alguns minutos atrasado, Lapo Elkann irrompe afobado em seu escritório na Corso Venezia de Milão, soltando um educado “perdão, senhores!” em sua voz rouca por causa do cigarro. Bandejas de café espresso chegam para os presentes. Elkann bebe um, depois outro, queima uns Marlboros, folheia alguns papéis em sua mesa, emite ordens e começa a se despir. Despir-se mesmo, tirando o paletó, os sapatos e as calças em poucos segundos.
Pode-se dizer simplesmente o seguinte: Elkann tem um efeito parecido com o de uma intensa célula de tempestade, uma daquelas enormes trombas d’água que vez ou outra causam estragos no Mediterrâneo. A força centrífuga é incrível. Muitas coisas voam no vórtice em torno dele: pessoas, ideias, canetas, papéis, cigarros, óculos, café, mais café, seu isqueiro da Juventus (a família é dona da mundialmente famosa equipe de futebol desde 1923), alguns telefones e, neste exato minuto, suas calças.
Sejamos justos: ele está se vestindo com um terno da minicoleção de roupas sob medida que criou para a Gucci — a Lapo’s Wardrobe, com a qual será fotografado daqui a pouco —, então há uma ostentação evidente nesse ato. Mesmo assim, será que, digamos, Larry Ellison ou Les Moonves ousariam essa intimidade de vestiário em seu escritório com quatro ou cinco pessoas em volta? Elkann não tem segredos, metafórica ou literalmente. Ou são poucos os segredos que ele não revela de maneira automática.
O novo terno é um altivo jaquetão em risca de giz que quase poderia passar por roupa de banqueiro. Mas as riscas são da largura usada pelos gângsteres, então o costume parece mais apropriado para os cavalheiros que poderiam estar subtraindo dinheiro do banqueiro. Tem um encanto ao mesmo tempo retrô e futurista — poderia ser usado por Cab Calloway no Cotton Club, na década de 1930, ou pelo vilão do próximo filme do Batman.
Sob o terno, Elkann concebeu um contraponto à formalidade gângster: uma camisa de tecido felpudo com um enorme colarinho aberto, do tipo que Picasso poderia ter usado na praia em Antibes com Françoise Gilot. Elkann, por sua vez, tem o ar de um homem que acaba de sair de um iate ancorado nas proximidades, independentemente de onde ele esteja e da hora em que você o veja. É uma combinação de roupas que não deveria cair bem em ninguém, mas Elkann tem em si a quantidade necessária de diabrura, junto com seu ar enfastiado, que faz a vestimenta ficar bonita.
Em algumas semanas, ele voará até Xangai para promover a Lapo’s Wardrobe para o mercado perfeito: aventureiros sedentos por iates, marcas e festas. Seu passeio asiático pode ser visto como algo filantrópico, uma espécie de ajuda humanitária de emergência no mundo da moda masculina. Os novos senhores do universo de Xangai podem se pretender ricos e experientes, mas é quase certo que precisarão de orientações para usar a Lapo’s Wardrobe com a mesma desenvoltura que o criador. Chega uma nova bandeja de espresso, e tomamos mais uma dose cavalar de cafeína. Parece que o espresso e os Marlboros sobre a mesa de conferência de 3 metros e meio em fibra de carbono xadrez são o café da manhã.
Aos 37 anos, Elkann prossegue com sua coloridíssima dança nas cordas bambas de diversas trajetórias de carreira vertiginosas — empreendedor, marqueteiro, personalizador de carros, magnata mundial dos jeans e óculos, destilador de vodca, distribuidor de filmes, estilista de vestuário masculino, designer de relógios e, especialmente, herdeiro da Fiat. É fundador de oito empresas, no total, sendo seis de capital aberto no Italia Independent Group, em cujos escritórios nos encontramos, além da Good Films, produtora e distribuidora de capital fechado da qual ele é dono junto com a irmã, Ginevra, e que ela administra nos arredores de Roma.
última da ninhada, nascida neste mês de março e também de capital fechado, é a Garage Italia Customs, empresa moderna de design e fabricação que personaliza carros, aeronaves e embarcações no mundo todo. Elkann expressa de maneira despreocupada e sem rodeios o motivo de haver tantos e tão diversos empreendimentos sob sua égide e de ele estar em busca de outros.
“Uma das minhas principais motivações é o amor — e eu amo os carros”, diz ele categórica e apropriadamente para um tataraneto do fundador da Fiat, Giovanni Agnelli. “O ramo automotivo, para mim, é amor. Assim como o design. Amo dar forma aos carros. Amo ver os carros desde o nascimento. Adoro quando eles chegam ao mercado — pequenos, grandes ou enormes. Tenho verdadeira paixão por trabalhar com os projetistas e mecânicos. Ajudei a Ferrari a desenvolver o processo de fabricação sob medida e de criação de carros exclusivos, mas a realidade é que, em uma grande empresa familiar, nem sempre você consegue fazer o que quer. Há outras pessoas naqueles cargos. Com todo o respeito que tenho pela família Agnelli e pela família Elkann, eu criei a Lapo e este é o universo Lapo. Não é um universo Elkann ou um universo Agnelli.”
Ele fala mais em parágrafos inteiros do que em frases e gosta de direcionar a conversa, em vez de apenas participar dela. Apoia o punho no queixo, como um senador romano em um debate, e pressiona duas vezes o botão de sua caneta azul como tiro de largada para prosseguir com a reminiscência.
“É claro que meus dois avós me ensinaram muita coisa”, diz ele. “Mas os empreendimentos que faço não são com o dinheiro da minha família — são minhas decisões, minhas escolhas, e é assim que eu quero que seja. É um muro muito alto, mas muito respeitoso, que foi construído com flores entre as minhas empresas e as empresas da minha família. Ainda sou um dos maiores acionistas das empresas da família, com meu irmão [John, presidente da Fiat] e minha irmã, e eu as vejo com muita seriedade, sou parte delas. Mas minha vida diária é desenvolver meu grupo, minha empresa, meu império, minha história, que espero poder um dia deixar para meus filhos.”
Ele não tem filhos ainda — nem esposa, aliás —, mas haverá muita coisa para deixar quando chegar a hora. O talento erudito de Elkann para a análise, juntamente com seus óbvios dotes de empreendedor — a IPO do Italia Independent, em 2013, foi um sucesso na bolsa de valores de Milão, e no ano passado a empresa registrou um faturamento de quase US$ 36 milhões, um aumento de quase 32,1% —, está em encantador desacordo com a figura de cavaleiro errante que expõe nos campos de batalha sociais, nos quais ele é, há muito tempo, uma figura importante acompanhada com atenção. Playboy? Talvez, mas essa é mais uma vestimenta que ele pode pôr ou tirar. No âmago, ele é um empreendedor itinerante que exerce seu dom hereditário de construir impérios.
Pergunto de que maneira, com as diversas direções e os muitos continentes para os quais ele está levando suas empresas, ele encontrou tempo para criar todos esses ternos e camisas bem sacados e elegantes para a Gucci. Ele dá um sorriso sardônico, os olhos azuis virados para o alto através dos grandes óculos. “Quando começo, sou muito rápido”, diz ele com uma expressão risonha quase imperceptível. Ele está falando sério, em mais de um sentido.
Em primeiro lugar, a construção do império aconteceu em meros oito anos. Em 2005, ele saiu de um tratamento para dependência química e morou em Nova York enquanto se recuperava. Apesar de estar flertando havia muito tempo com algumas das ideias que, no fim, se transformaram no Italia Independent Group, sua recuperação foi a prova de fogo na qual elas se cristalizaram. Em 2007, ele foi um dos cofundadores do Italia Independent. Os anos seguintes de Elkann foram uma onda de negócios, com todas as viagens necessárias para fechar parcerias e compromissos de serviço no Brasil, na Ásia e nos Estados Unidos.
Nada mal como renascimento empresarial e pessoal de um herdeiro que, por pouco, não se tirou totalmente da jogada no velho clichê de quase se matar de overdose em uma festa. Embora esteja claro que é impossível controlar uma personalidade incontrolável e que Elkann continua a ser o homem esplendidamente caleidoscópico que sempre foi, essa escapada por um triz decerto proporcionou uma profunda sabedoria operacional, e ele parece estar se dedicando, com gratidão, ao uso dessas ferramentas conquistadas com dificuldade. “É ótimo fazer o que você ama”, diz ele. “Mas também é ótimo fazer o que você ama quando você entende que tem algum espaço e que há outras pessoas que ainda não são capazes de fazer o que você quer fazer. Hoje, ser criativo também é ser empreendedor. É ótimo assumir riscos. Mas os riscos devem ser assumidos depois que se vê a oportunidade surgir. Senão, é um perigo.”
“Entrei no ramo de cinema com a minha irmã”, ele continua. “No ano passado, distribuímos Clube de Compras Dallas, Ninfomaníaca, de Lars von Trier, e Para Sempre Alice. É saber que existe uma maneira de fazer algo melhor.” Veja a abordagem dele no que tange aos óculos, com o Italia Independent. “Por que eu escolhi óculos?”, indaga. “Os óculos são uma maneira, primeiramente, de proteger a sua alma das outras pessoas. Em segundo lugar, é um setor do qual nós, italianos, podemos nos orgulhar muito. Todo mundo me disse que eu estava louco ao entrar em um setor fechado, que iam me trucidar. E esse ramo não é moleza. Mas nós não estamos no mercado de luxo. Algumas dessas armações custam US$ 80. Estamos no mercado de luxo acessível, que, aliás, eu acho que será parte importante do futuro. Todo tipo de gente gosta. O Karl Lagerfeld usa a armação com acabamento em pele.”
A velocidade pessoal de Elkann fica evidente não só na execução de suas ideias empresariais. Em parte por conta da Garage Italia, mas em parte simplesmente por ser louco por carros e ter sangue de alta octanagem nas veias, ele está planejando uma volta à pista de testes do Autódromo de Monza a bordo de uma Ferrari 456 GT2. Ou, em outras palavras, apesar do grave acidente motociclístico de setembro passado, ele vai matar sua vontade de velocidade com dezenas de aceleradas a 240 km/h nas retas.
Quando se convive com Elkann por certo tempo, fica claro que os redemoinhos e rajadas de eventos em volta dele são apenas a forma do rastro que ele deixa ao passar rasgando pelas águas da vida. Ele está em tudo que acontece, mas é tão rápido a ponto de parecer, em um dado momento, que está além desse momento. Exteriormente, ele reserva sua enorme impaciência para si mesmo, mas há uma forte sensação de que ele está sempre dizendo, em silêncio, “próximo!”.
“Acho que o mundo automotivo, os grandes fabricantes, precisam acordar”, comenta ele, não muito distante de um dos vários sofás de dois lugares que fabricou a partir de compartimentos de motor de carros Fiat 500 vintage. “Todo mundo quer as coisas do seu jeito. Quando rodo pelo mundo, quero as minhas coisas do meu jeito. Quer você seja velho, jovem, homem ou mulher, existe uma série de coisas de que você gosta e não gosta em qualquer um dos seus veículos. Nós podemos mudar tudo isso. Na verdade, a Garage Italia não se restringe a carros; nós pegamos seu barco, seu jet ski, sua moto, seu 4×4, seu helicóptero, seu Gulfstream e deixamos do jeito que você gosta.”
“Neste nível do mercado, não há limite. Nós estamos funcionando há apenas alguns meses, mas estamos na feliz situação de ter que recusar trabalhos. Temos a capacidade de trabalhar em qualquer lugar, em qualquer tipo de veículo que existe e de entregar em qualquer parte do planeta. É uma iniciativa de design mundial.”
Ou, em termos norte-americanos, é uma versão aérea, marinha e terrestre do Pimp My Ride (programa que faz a restauração extravagante de automóveis). A espalhafatosa estreia da Garage Italia foi em março, na feira de automóveis de Genebra, onde Elkann e seus 15 principais designers-construtores decidiram apresentar uma versão divertidamente elegante do Fiat 500, o emblemático carro do fim dos anos 50 e começo dos 60 que foi redesenhado em tempos recentes. A fábrica de Turim o tinha transformado em um transporte urbano de nível intermediário, reluzente e conveniente, como a BMW tinha feito com o Austin Mini. Em Genebra, Elkann o mostrou, com sua vivacidade costumeira, como Fiat 500X “Black Tie”, com tecidos de smoking, acabamento em caxemira e couro e um envelopamento listrado em preto sobre preto. É algo que ninguém esperava em um carro de nível intermediário. A ideia era essa.
“Os envelopamentos são incríveis”, diz Elkann. “E estamos investindo muito em pesquisa e desenvolvimento de tintas. Mas, na verdade, o que podemos oferecer é uma paleta infinita. Digamos que você queira algo sazonal. Um carro de um jeito para o verão e outro carro, decorado de outro jeito, para o outono. Nós mudamos nossas roupas conforme a estação, não é?” Elkann se esconde pouco ou, dito de outra maneira, usa a transparência com velocidade e muita habilidade. À parte sua formidável vida empresarial — a Garage Italia, a IPO, a expansão da linha de óculos para o Brasil e o Japão, sua parceria com a Adidas e um novo contrato com a Hublot —, a vida social de Elkann também é vivida com certa conduta supersônica. Da maneira pela qual ele é retratado, com detalhes de tirar o fôlego, na imprensa sensacionalista italiana, nas redes sociais e nas páginas de moda, “Lapo” — o fenômeno, não o homem — , é um objeto semelhante a um cometa a cruzar os céus italianos.
Traduzindo em termos econômicos, além de suas empresas, Elkann também é responsável pelo emprego de inúmeros paparazzi e seus editores. A Vanity Fair Itália tem uma página de internet dedicada a “Tutte le ex di Lapo Elkann”, a qual vem registrando sua última década de casos amorosos internacionais. Ele diz não estar em um relacionamento firme com ninguém, no momento; porém, com a entrada do verão mediterrâneo, os editores de tabloides europeus lapomaníacos e seus centuriões armados com câmeras permanecem em alerta vermelho em portos, aeroportos, bares, restaurantes e resorts da moda em todo o continente.
A decoração de seu escritório é prova de que Elkann é inclemente com os paparazzi e, mais enfaticamente, com os chefes deles. Todo ano, o programa satírico de TV Striscia la Notizia (A Cobra Escorregadia das Notícias) concede uma “anta de ouro” a uma celebridade por seu comportamento extravagante fartamente documentado. Em outras palavras, a imprensa sensacionalista premia uma celebridade pela cobertura mais impressionante por parte da própria imprensa sensacionalista. A estátua da anta de ouro, com o traseiro para cima e o focinho no chão, seria uma marca de escândalo, medido de acordo com o volume de texto publicado e o grau de teatralidade na vida diária. Elkann se destaca entre os ganhadores, tendo recebido quatro antas de ouro, todas exibidas de maneira bem visível — dispostas com a cara virada para a parede — em sua mesa de livros, lado a lado com seus adorados livros sobre automóveis. Ou seja, ele não mandou um assistente jogar as antas no lixo, como muitos magnatas fariam em um acesso de raiva. Elkann não tem dessas coisas.
Quanto às matérias a seu respeito na imprensa — boas, ruins e neutras —, ele mandou imprimir uma seleção delas em um papel de parede com o qual revestiu o saguão que leva até sua porta. Em conjunto, o papel de parede e as antas são um festivo ato de desafio: vocês acham que me pegaram, mas não têm como me pegar, então continuem tentando.
No entanto, é importante saber que há um motivo histórico maior e mais legítimo para a atenção sem fim da imprensa italiana. É que — na Itália, metaforicamente falando — Elkann descende de Deus. Não havia muitos titãs da indústria na Itália do século 19 — não havia sequer indústria automobilística no sul da Europa — quando Giovanni Agnelli, tataravô de Elkann, investiu na Fiat e depois se tornou presidente da empresa. Se acrescentarmos aos Agnelli o eternamente elegante avó de Elkann, Gianni — que reinou em Turim por décadas, no século 20 —, teremos uma família que, mais do que qualquer outra, trouxe a Itália à era moderna. Temos em Elkann, portanto, uma divindade industrial pura que só agora está descobrindo seus próprios poderes.
Damos uma volta rápida nos arredores para resolver um assunto a bordo de sua ressonante Maserati personalizada pela Garage Italia — incrementada com uma pintura cinza prateada e com estofados risca de giz em lã preta. Decidimos voltar a pé. No momento, caminhar é complicado para Elkann porque, conforme explica a teoria da velocidade em sua vida, ele está um tanto dolorido devido ao acidente com moto de alguns meses atrás. Faz pouco tempo que deixou de usar bengala e ainda manca um pouco. “Preciso ter um pouco de cuidado”, ele reconhece.
Em uma ocasião, ele se descreveu jocosamente como um “judeu católico francês turinês napolitano nascido em Nova York”. E de fato é tudo isso. Mas ele tem o perfil aquilino e a perfeição ágil e despreocupada no vestir de seu lendário avô Gianni. O semblante de Elkann é a imagem do DNA de seus antepassados. Toda a Itália reconhece esse nariz, esses olhos, a silhueta desse rosto. A manhã de trabalho em Milão está a pleno vapor quando damos nossa caminhada. Dois pintores, os macacões brancos cobertos de respingos, vêm pela calçada em nossa direção durante o intervalo para um café e um cigarro. “Ciao, Lapo”, dizem eles, sem cerimônia. “Ciao”, responde ele. “Como vão os senhores?” Cinquenta passos depois, dois imponentes carabinieri. “Ciao, Lapo”, cumprimentam. “Ciao.”
Se ele continuasse andando, saudaria tutti di Milano à velha maneira familiar do século 19. É uma grande prova de seu papel na cidade e do reconhecimento, pelo público, de que este é, sem dúvida, o lugar de Elkann na Terra. Por mais extravagante que seja a vida dele, é ao país deles e à respectiva história industrial que os policiais e pintores se dirigem quando são impelidos a reagir à presença dele. “Então você nasceu em Nova York”, digo, ao dobrarmos a esquina para chegar ao escritório dele. “Sim”, ele retruca rapidamente, “mas sou italiano”. Quando subimos para o bar da lanchonete que fica no andar abaixo de seu escritório, Elkann, sempre um anfitrião gentil, pergunta: “Que tal um sanduíche? Acho que todos nós podíamos comer uma coisinha. Vamos pedir alguns”.
De volta ao andar de cima com nossos panini, bebendo mais café espresso, Elkann decide adicionar uma nota ornamental. “Não nego minha herança”, ele comenta. “Não nego o luxo e a oportunidade que tive de ver beleza, de buscar beleza e de aprender com as pessoas. Mas há um momento na vida em que é hora de fazer sua vida, de trabalhar com as coisas com que você quer trabalhar. O fato é que eu não podia fazer tudo que queria na empresa da família, então resolvi fazer por conta própria as coisas que tenho vontade de fazer. “É só o começo.Não sou uma pessoa que gosta de parar.”