“O Quarteto Fantástico” teve orçamento de US$ 120 milhões, um dos mais altos da história, o que tornou a decepção ainda maior. O filme tem alguns problemas sérios que o levaram ao fracasso. Um deles é a falta de astros do cinema. Alguns filmes são capazes de criar estrelas, como é o caso de Chris Hemsworth em “Thor”, mas todos os longas de super-heróis da última década tinham um nome forte para sustentar o elenco. “Batman”, por exemplo, colocou Christian Bale como o Cavaleiro das Trevas, mas ele estava cercado por Michael Caine, Morgan Freeman e Liam Neesom.
Os atores de “O Quarteto Fantástico” não são ruins, mas para fazer uma bilheteria recorde é preciso ter um elenco mais forte, estrelas, pessoas que chamem atenção nas redes sociais.
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Outro fator que prejudicou o lançamento foi o grande número de concorrentes fortes. No mesmo período foram lançados “O Exterminador do Futuro: Gênesis”, “Jurassic World”, “Homem Formiga” e “Missão: Impossível – Nação Secreta”, que estreia nesta quinta-feira (13) no Brasil. O cinema não precisava de mais um potencial blockbuster no momento, a não ser que fosse muito bom – e não foi o caso. O filme teve criticas piores que as esperadas. Isso não afastou o público que já queria ver o filme, mas os indecisos que procuravam qual seria a melhor opção quando fossem ao cinema com certeza escolheram qualquer outro longa que não fosse “O Quarteto Fantástico”.
A escolha de produzir um novo filme do Quarteto Fantástico não foi inteligente da parte da 20th Century Fox. É preciso construir uma marca para conseguir produzir um filme de sucesso, como é o caso dos Vingadores. Tanto o Capitão América quanto Thor e Homem de Ferro tiveram longas próprios com um bom retorno, porque o público a história com eles mais o personagem Hulk junto é forte.
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Era preciso fazer um filme muito bom que tivesse o Quarteto Fantástico, não um em que o único motivo para se ver fosse o Quarteto Fantástico.