El Chapo, um dos maiores traficantes do planeta, virou praticamente um ícone pop depois de a controversa entrevista que deu à revista Rolling Stone, feita pelo ator Sean Penn. Desde que a matéria foi publicada, no começo deste ano, a rotina de uma pequena loja na Califórnia mudou. O motivo? O fugitivo usava duas camisetas da startup nas fotos divulgadas.
Agora, os telefones não param de tocar na Barabas, contou a vice-presidente Tatiana Kivachook ao portal Mashable. De acordo com ela, há pedidos de vários lugares dos Estados Unidos e do mundo.
“Na verdade, tem sido difícil. Por um lado, estamos muito empolgados, mas, por outro, nosso negócio está paralisado desde a primeira semana por causa da demanda e de pedidos de entrevistas”, explicou Tatiana.
Barabas costumava receber a encomenda de 10 a 20 camisetas por dia antes da divulgação da entrevista. Agora, passa de centenas. Isso faz com que todos os funcionários tenham de trabalhar em horas extras e o site fique muitas vezes sobrecarregado.
Além disso, a atenção da imprensa também tem atrapalhado um pouco o andamento das coisas, já que muitas pessoas têm interpretado o fenômeno de forma negativa. “A imagem da nossa loja está passando por uma montanha-russa”, conta Tatiana. Segundo ela, há muitas criticas de que o modelo incentiva o “culto às drogas” e que eles estão “procurando lucro em nome da glorificação de um traficante”.
“Como eu respondo a isso? Não se pode nem fazer uma conexão”, questiona Tatiana. “Não significa que nenhuma das marcas que El Chapo escolheu, seja lá por qual razão, apoia as operações de traficantes.”