Arqueólogos indianos descobriram que a maconha teve um papel-chave na preservação das antigas cavernas Ellora, no estado de Maharashtra. Novas descobertas revelaram que uma mistura de maconha, argila e argamassa de sal preveniram o patrimônio mundial da Unesco de ruir.
A maconha, conhecida localmente como “ganja” ou “bhang”, teve um papel importante na manutenção das pinturas do sítio arqueológico do século seis, de acordo com um novo estudo do arqueólogo Radjeo Singh e do botânico MM Desai. Os dois usaram técnicas como a transformada de Fourier, espectroscopia infravermelha e estudos estereomicroscópicos para concluir que a cannabis sativa ajudou a prevenir insetos na caverna.
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Construída entre os séculos cinco e seis, a Ellora tem uma série de 34 cavernas hinduístas, budistas e jainistas, que representam o resumo da arquitetura de rock-cut indiana. Isso inclui templos, monastérios e “viharas” e “mathas” residenciais, que foram esculpidas de rochas sólidas das Charanandri Hills.
Em contraste, a maconha não foi utilizada em Ajanta, o complexo vizinho, que tem uma série de 30 cavernas de rock-cut mais antigas que também fazem parte do patrimônio mundial da UNESCO. Os pesquisadores dizem que, por isso, insetos danificaram cerca de 25% das pinturas das cavernas de Ajanta.
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No entanto, o uso de maconha em construções na Índia pode estar distante ainda. O cultivo, o transporte, a posse e o consumo de maconha são banidos pelas leis indianas. Especialistas dizem que as leis existentes terão de ser alteradas antes de a maconha poder ser usada em larga escala na construção.