A esta altura, muitos de vocês já devem ter notado que me tornei um fã incondicional da Suíça e seus encantos. E um que eu sempre quis conhecer mais de perto era Lucerna. Eu já havia passado pela cidade algumas vezes, mas nunca tinha tido chance de ficar alguns dias e enfim me inteirar por que esta é uma das mais visitadas cidades do lindo país alpino.
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Muitos se referem a Lucerna como “síntese da Suíça”. A cidade de 80.300 habitantes, no coração do país, é rodeada por montanhas com picos cobertos de neve, e adornada por um rio que corta o belíssimo centro histórico, lago, museus e construções seculares.
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Por trás deste visual idílico, com prédios de estilo alpino, a cidade respira contemporaneidade, a começar pela própria arquitetura. O Centro de Cultura e Congressos de Lucerna (KKL Luzern), com museu de arte e auditório de concerto, é um projeto do francês Jean Nouvel, vencedor do prêmio Pritzker, considerado o Nobel da arquitetura. No prédio da estação de trem, a parte frontal e o hall levam a assinatura do mundialmente aclamado arquiteto espanhol Santiago Calatrava. A união do novo com o antigo é sutil e elegante, e não conflita em nenhum momento com a beleza natural do lugar.
Veja mais detalhes sobre a cidade, síntese da Suíça, na galeria de fotos:
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Apesar de pequena, até para os padrões suíços, Lucerna é a cidade dos festivais. Ao longo do ano, oferece uma extensa programação de shows de música erudita, jazz, blues e rock, com artistas de renome mundial. Bons restaurantes — que vão da culinária internacional à suíça, passando pelas cozinhas asiática, mediterrânea e espanhola — reforçam sua atmosfera contemporânea. Definitivamente, tamanho não é documento, e a estrutura hoteleira oferece várias opções para os turistas mais exigentes. Dos 56 hotéis da cidade, quatro são cinco estrelas, entre eles, o Schweizerhof, que é a minha opção na cidade.
Inaugurado em 1845, o empreendimento se destaca no skyline à beira do lago Lucerna com sua fachada imponente e janelas coloridas que se iluminam a noite, e é cheio de histórias saborosas. A família Hauser, proprietária do Schweizerhof desde 1861, decidiu explorar ao máximo essa característica na última grande reforma pela qual ele passou, entre 2013 e 2014. Desde então, cada uma das 101 acomodações conta uma história relacionada a hóspedes ilustres. Por meio de textos deixados nas escrivaninhas, é possível descobrir, por exemplo, como os hóspedes reagiram ao barulho feito por Richard Wagner enquanto ele compunha Tristão e Isolda em seu quarto, em 1859. Ou como, em 1893, Winston Churchill, então com 19 anos, ficou encantado com a energia elétrica do Schweizerhof.
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As paredes das suítes também podem revelar pistas sobre esses hóspedes ilustres e suas histórias, por meio de frases decorativas ou desenhos. Até música de boas-vindas, relacionada à personalidade em questão, é usada para envolver o hóspede. Na minha suíte, as notas musicais desenhadas na parede e a memorabilia exposta numa redoma de vidro na bancada central do quarto entregavam que por ali havia passado o famoso cantor italiano Lucio Dalla.
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Com uma sensacional vista para as montanhas e para o lago Lucerna, a suíte Deluxe é a mais luxuosa do empreendimento. Seus ambientes – quarto, banheiro, salas de estar e jantar e varanda — são distribuídos por 65 metros quadrados. Quem ficar nesta unidade vai descobrir detalhes sobre a estadia de um famoso casal europeu que se hospedou no hotel em agosto de 1865 e chamou a atenção dos moradores da cidade durante um passeio de carruagem em volta do lago.
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Além de acomodações singulares, o hotel oferece opções interessantes quando o assunto é gastronomia. Ele abriga os restaurantes Galerie, especializado na culinária regional, e Pavillon, que serve pratos de “algumas das regiões mais exóticas do mundo”, na definição da direção do estabelecimento. Para relaxar com um coquetel, a dica é o Bar Schweizerhof, que tem piano ao vivo diariamente.
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O hotel possui infraestrutura completa para festas e eventos de negócios. São cinco imponentes salões, entres eles, o Zeugheer Hall, decorado em estilo neorrenascentista. Somado ao Winter Garden, localizado logo ao lado, ele acomoda até 300 convidados. Para reuniões de negócios, o hotel disponibiliza três salas. No último andar, está localizado o moderno spa, que oferece uma diversidade de tratamentos corporais e de beleza. Destaque para a área de descanso, com vista para o lago e os Alpes. Ficar deitado em uma de suas confortáveis espreguiçadeiras após um tratamento, com aquela vista, é uma experiência que já vale a visita ao local. Para os mais atléticos, ali ao lado estão a sala fitness e sauna.
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Deixar o Schweizerhof e caminhar pelas ruas estreitas de Lucerna é uma sucessão de surpresas. Um de seus principais pontos turísticos é a ponte da Capela, com seus 170 metros sobre o rio Reuss. Construída em 1332, ela é uma das mais antigas pontes cobertas de madeira do mundo, mas teve de ser reconstruída, exatamente idêntica à original, em 1994, após um incêndio. Ela tem duas características bem peculiares: não é linear, e abriga dezenas de quadros que retratam cenas da história da cidade, além da biografia dos padroeiros São Maurício e São Leodegário.
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Outra construção marcante da cidade é a igreja jesuíta. Erguida por volta de 1666, ela é considerada a primeira edificação religiosa em estilo barroco do país. Também vale a pena conhecer a muralha Musegg. Três de suas nove torres estão abertas para visitação. Uma delas, chamada Zyt, abriga o relógio mais antigo de Lucerna, datado de 1535. A partir da muralha tem-se uma bela vista do lago e da cidade.
Lucerna, de rica cultura, possui dez museus, entre eles o Sammlug Rosengart, com pinturas de Monet, Cézanne, Matisse, Miró, Chagall e Kandinsky. Mesmo se o tempo for escasso, não deixe de conferir duas importantes obras de arte presentes na cidade. Uma é o “Leão Moribundo de Lucerna”, que foi esculpido em uma rocha natural para homenagear os soldados suíços mortos em 1792, durante a Revolução Francesa. Localizado a poucos passos do Jardim das Geleiras, ele impressiona por sua expressão de cansaço e tristeza, e pela imponência da obra. A outra é a pintura Bourbaki Panorama (com 12 metros de comprimento e 10 metros de altura), no museu de mesmo nome. A obra de Edouard Castres retrata a invasão da Suíça pelo exército francês durante a guerra franco-alemã.
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Passeio nas alturas
Pertinho de Lucerna, o Monte Pilatus (2.132 metros) oferece uma vista espetacular para os Alpes e os lagos. Pastagens verdes, paredes rochosas e riachos de montanha são avistados durante a subida, que pode tanto ser feita a bordo do funicular mais inclinado do mundo (46% de inclinação — a cada um metro na horizontal, ele sobe 46 centímetros) ou pelas gôndolas do teleférico, numa viagem que dura 30 minutos. A montanha abriga o maior parque de teleféricos da região central da Suíça, além da pista de trenó de verão mais longa do país (1.350 metros).
Mas o local não é apenas para passar o dia, pois o Monte Pilatus tem excelente infraestrutura para quem quiser estender
o passeio. Além de sete restaurantes, a região conta com dois hotéis, sendo o Pilatus-Kulm o mais luxuoso. Minha experiência no Monte Pilatus foi premiada com muita neve, cenários incríveis e um dos melhores fondues que eu comi na vida. Vale a pena o passeio.
Apesar de pequena, até para os padrões suíços, Lucerna é a cidade dos festivais. Ao longo do ano, oferece uma extensa programação de shows de música erudita, jazz, blues e rock, com artistas de renome mundial. Bons restaurantes — que vão da culinária internacional à suíça, passando pelas cozinhas asiática, mediterrânea e espanhola — reforçam sua atmosfera contemporânea. Definitivamente, tamanho não é documento, e a estrutura hoteleira oferece várias opções para os turistas mais exigentes. Dos 56 hotéis da cidade, quatro são cinco estrelas, entre eles, o Schweizerhof, que é a minha opção na cidade.
Inaugurado em 1845, o empreendimento se destaca no skyline à beira do lago Lucerna com sua fachada imponente e janelas coloridas que se iluminam a noite, e é cheio de histórias saborosas. A família Hauser, proprietária do Schweizerhof desde 1861, decidiu explorar ao máximo essa característica na última grande reforma pela qual ele passou, entre 2013 e 2014. Desde então, cada uma das 101 acomodações conta uma história relacionada a hóspedes ilustres. Por meio de textos deixados nas escrivaninhas, é possível descobrir, por exemplo, como os hóspedes reagiram ao barulho feito por Richard Wagner enquanto ele compunha Tristão e Isolda em seu quarto, em 1859. Ou como, em 1893, Winston Churchill, então com 19 anos, ficou encantado com a energia elétrica do Schweizerhof.