Uma esmeralda colombiana de formato hexagonal, com uma linhagem excepcional e história controversa estará entre os principais itens do leilão que será realizado pela Sotheby’s New York Magnificent Jewels, em 25 de abril.
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A esmeralda de 34,4 quilates de Stotesbury, cidade no Missouri, que a casa de leilão descreve como “magnífica” e “lendária”, tem mais de 100 anos de história e passou por três renomados colecionadores de joias norte-americanos (Evalyn Walsh McLean, Eva Stotesbury e May Bonfils Stanton) e por dois famosos joalheiros (Pierre Cartier e Harry Winston). A joia também já foi incluída em uma amarga ação judicial e até comparada com a mais famosa das preciosidades: o diamante Hope.
Joia de 34,4 quilates tem mais de 100 anos de históriaA pedra foi vendida pela última vez em um leilão em 1971, montada sobre um anel de platina – uma criação da Harry Winston. Na próxima venda, no dia 25, ela aparecerá no mesmo contexto. A expectativa é arrecadar entre US$ 800.000 e US$ 1,2 milhão.
Apesar de a esmeralda de Stotesbury ser o item mais lendário do evento, ela não está nem no Top 5 no quesito preço entre as peças dos 257 lotes oferecidos. O mais caro é um par de brincos de platina com dois diamantes quadrados, ambos com 20 quilates, cor D, tipo lla com excelentes polimento e simetria. Seu valor é estimado entre US$ 4,5 milhões e US$ 5,5 milhões.
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Uma grande quantidade de diamantes coloridos sofisticados também está inclusa na venda. Entre os itens principais, um diamante verde de 1,6 quilate montado em um anel de platina e acompanhado por dois diamantes em forma de triângulo. Depois do vermelho, o verde é, de longe, o mais raro diamante colorido. Apenas alguns deles, naturalmente verdes, foram leiloados nos últimos 30 anos, afirma a Sotheby’s. A expectativa é que a peça arrecade entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão.
O leilão também vai contar com peças de design de Louis Comfort Tiffany, JAR e Suzanne Belperron, e joias assinadas por Harry Winston, Cartier, Tiffany & Co. e Bulgari.
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Entre os destaques desse grupo está uma safira Art Deco e um broche de diamante da Cartier, anteriormente pertencente à coleção de Maisie Rovensky, esposa de John E. Rovensky, o primeiro vice-presidente do Bank of America, e, antes disso, de Morton F. Plant, um financista norte-americano. Seu valor é estimado entre US$ 200.000 e US$ 300.000. Como ex-Sra. Plant, ela participou de uma das mais históricas transações de joias de todos os tempos, quando, em 1917, Plant comercializou sua mansão da Quinta Avenida com a 52nd Street por duas correntes de pérolas naturais da Cartier. A residência continua sendo o lar da icônica marca, mais conhecida como Mansão Cartier.
Também estão no lote um colar e um bracelete de citrino e diamante da Sterlé, que fez parte da antiga coleção Queen Narriman of Egypt, cujo valor está estimado entre US$ 175.000 e US$ 225.000, e três jóias Cartier e Boucheron da coleção de Frederica Vanderbilt Webb, uma herdeira norte-americana.
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