Todo mundo quer viajar gastando pouco. Pensando nisso, Jordan Bishop, fundador da Yore Oyster, um serviço de trabalha com benefícios para passagens aéreas que geram uma economia entre 20% e 50% do dinheiro de viajantes em vôos internacionais, e do blog “How I Travel”, que conta histórias de alguns dos viajantes mais interessantes do mundo, reuniu algumas dicas para quem quer seguir seus passos e conseguir experiências inesquecíveis gastando pouco. Partindo de Nova York, o especialista garante uma jornada única ao redor do mundo.
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Primeiro, segundo ele, é preciso ter em mente que tudo é uma questão de conhecimento e de ferramentas. Uma vez que tem esses dois itens estabelecidos, o viajante se torna “virtualmente insaciável”, pelo menos quando se trata de agendar voos.
“Eu planejei um itinerário específico (o “conhecimento”) e vou mostrar para você os sites e métodos exatos (“ferramentas”) para assegurar as melhores compras para o bolso”, afirma Bishop. “O itinerário cobre cinco cidades ao redor dos quatro continentes, tudo por US$ 1.200”, diz ele.
O especialista, no entanto, alerta que há muitas considerações que devem ser feitas na seleção que ele faz dos voos. “Eles são extremamente rápidos e, com exceção dos únicos voos domésticos de toda a viagem – de Honolulu para Nova York -, todos são diretos, então o passageiro não vai perder tempo nos aeroportos. Cada destino foi escolhido estrategicamente para mostrar uma variedade de culturas e regiões. Além disso, nenhum desses voos precisam ser comprados juntos para conseguir os preços que eu citei, o que significa que é possível comprá-los da maneira que for mais conveniente. Se você quiser passar o verão inteiro na Europa e todo o inverno no Sudeste Asiático antes de voltar para casa, fique à vontade. Além disso, as companhias aéreas de baixo custo em ambas as regiões oferecem voos internacionais por míseros US$ 10 ou US$ 20. Dito isto, a maioria dos voos deste itinerário também são de companhias de baixo custo, o que significa que eles não incluem taxa para despachar a bagagem.”
Bishop diz que esta não é a única maneira de viajar ao redor do mundo por US$ 1.200. “Nós podemos alterar essa viagem ao completar apenas as duas primeiras partes do cronograma – de Nova York para Estocolmo e, em seguida, Bangcoc – e depois voar direto de Bangcoc para Nova York, o que vai custar menos de US$ 1.000”, diz. “Se você preferir ir na direção oposta, ou seja, voar primeiro para Honolulu e depois para Sydney, o cronograma vai funcionar perfeitamente também.”
O especialista conta que já voou ao redor do mundo por menos de US$ 550 usando pontos da British Airways Avios. “É só aplicá-los estrategicamente”, afirma. Além disso, ele garante que você vai querer usar uma única ferramenta: o Google Flights, que é excelente para buscar esses tipos de voos. “Quando você tem o seu próximo destino em mente, o Google instantaneamente mostra os preços do período em que você vai viajar para que você escolha a data mais barata. Se você não souber exatamente para onde quer ir, use um mapa intuitivo – foi assim que eu descobri esses voos tão baratos entre Bangcoc, Cingapura e Sydney.”
Veja, na galeria de fotos, o cronograma de viagens detalhado criado por Bishop para voar ao redor do mundo com apenas US$ 1.200, saindo de Nova York:
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1. De Nova York para Estocolmo
“Vamos começar e terminar a viagem em Nova York e Estocolmo (US$ 180 pela companhia Norwegian), na Suécia, é a primeira parada. Há ótimas lojas para fazer compras, e muitas delas estão no distrito de Södermalm, o paraíso dos hipsters na cidade e um bairro legal para muitos visitantes passearem. Ande perto do lago ou visite uma das muitas galerias de arte do local, como a Fotografiska e a Gallerie Kontrast. Só não espere dormir muito enquanto estiver por lá – entre a vida noturna e as extraordinárias noites de verão, você não vai querer perder um minuto em Estocolmo.”
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2. De Estocolmo para Bangcoc
Prepare-se para ter noites agitadas – Bangcoc (US$ 229 pela companhia Norwegian Air) é a próxima parada. A rua com as melhores comidas está na cidade, apesar de não estarem todas em apenas uma única localização. Em todos os lugares de Bangcoc, em quase todos os pequenos becos, você vai encontrar alguém fazendo pratos como phat si-io, tom kha ou pad thau, que vai fazer o seu paladar explodir em sabores. “Entre em um tuk-tuk [veículo típico do local] e veja o pôr-do-sol no bar Octave, uma cobertura 360 graus. Ou, se for mais tarde, aproveite para conhecer o bar Smalls.”
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3. De Bangcoc para Cingapura
Depois de Bangcoc, o destino é Cingapura (US$ 32 pela Scoot), um lugar completamente diferente da ideia que temos de uma metrópole asiática. “Não deixe o local sem passar uma tarde na piscina mais famosa do mundo, de borda infinita, localizada no 57º andar do Marina resort Bay Sands. Passeie pela Marina da Baía durante o pôr-do-sol (durante o dia é muito quente) e pare em uma das áreas que reúnem vendedores ambulantes, como o Tekka Center, na Little India, ou o Maxwell Center, perto de Chinatown, para ter uma refeição tradicional do país.
Assim como em Bangcoc – e na maioria das metrópoles asiáticas – fazer compras é essencial em Cingapura, seja para explorar os mercados ou ir um pouco além, em Tiong Bahru. Se você estiver estressado antes da viagem, vá para o The Fragment Room. “Dentro de uma cela de concreto, você poderá destruir garrafas de vidro, televisões e outros itens domésticos frágeis com um bastão de beisebol e um martelo.”
Se você preferir algo um pouco mais calmo do que Cingapura, vá para Kuala Lumpur, a capital da Malásia, por um preço similar, voando com a AirAsia. Assim como em Cingapura, KL tem muito a oferecer em termos de compras, apesar de que a maioria dos visitantes prefere comer no caminho para a cidade. Kuala Lumpur ainda mantém uma forte influência indiana, que aparece maravilhosamente em sua comida. “Em Chinatown está uma das melhores ruas para comer. Sempre que estou na cidade, gosto de descansar em uma das residências E&O ou no The Majestic Hotel KL. Ambos oferecem quartos espaçosos, que parecem apartamentos.”
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4. De Cingapura para Sydney
O próximo passo no itinerário é Sidney (US$ 121 pela companhia Scoot). É claro que há muitas coisas para ver por lá – a Opera House é imperdível -, mas também há muita coisa para fazer nos lugares mais desconhecidos e incomuns da cidade. “Um dia legal poderia começar com um café da manhã no The Grounds of Alexandria, continuar com a observação dos últimos designs das roupas da Collector Store e The Stables durante a tarde e terminar com uma visita ao The Beresford Hotel à noite. Amantes de cerveja artesanais vão adorar Sydney. Eu recomendo a hefeweizen (tipo de cerveja feita de malte de trigo, malte de cevada, lúpulo e levedura) do 4 Pines Brewing Company, perto da praia Manly.”
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5. De Sydney para Honolulu
De Sydney para Honolulu (US$ 222 pela Jetstar), no Havaí, onde a ideia é aproveitar para compras finais antes do término da aventura. As pessoas que acordam cedo se adaptam bem na cidade, pois os moradores locais vão surfar bem antes de a população começar a acordar. O nascer do sol visto de cima do Diamond Head, um ponto famoso da cidade, conhecido no local como Lēʻahi, é parada essencial, seguido por uma tarde na linda praia Waikiki. Não deixe o lugar sem experimentar um laulau, um prato local feito de carne de porco enrolado em uma folha luau. “Se você está se sentindo muito aventureiro, tente se arriscar nas Haʻikū Stairs, também conhecidas como “Stairway to Heaven” (“escada para o paraíso”, em tradução livre), uma escada de 3.922 degraus que é uma verdadeira escalada.”
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6. De Honolulu para Nova York
O voo de volta a Nova York (US$ 417 pela United) leva ao fim da jornada.
1. De Nova York para Estocolmo
“Vamos começar e terminar a viagem em Nova York e Estocolmo (US$ 180 pela companhia Norwegian), na Suécia, é a primeira parada. Há ótimas lojas para fazer compras, e muitas delas estão no distrito de Södermalm, o paraíso dos hipsters na cidade e um bairro legal para muitos visitantes passearem. Ande perto do lago ou visite uma das muitas galerias de arte do local, como a Fotografiska e a Gallerie Kontrast. Só não espere dormir muito enquanto estiver por lá – entre a vida noturna e as extraordinárias noites de verão, você não vai querer perder um minuto em Estocolmo.”