Encontrar tendências no mundo das bebidas destiladas pode ser algo desafiador, pois os consumidores são muito influenciados pela gastronomia, moda e cultura popular – um exemplo foi a obsessão pelo Pappy van Winkle quando os chefs o adotaram como sua escolha de bourbon.
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De acordo com a 48ª edição da degustação anual da competição International Wine & Spirit Competition, realizadas recentemente em Londres, os quatro próximos meses vivenciarão o avanço de quatro bebidas.
Veja, na galeria de fotos, quais são elas:
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iStock Uísques sem idade divulgada
Quando a Macallan mudou o foco de todos os seus uísques de 18 anos ou menos da idade para cor, a alteração foi vista como controversa por alguns aficionados. De acordo com os resultados da IWSC, no entanto, os produtores de uísque estão “mudando o foco para a arte da mistura, mais do que para o prestígio que vem da idade”. O Dalmore Valour Single Highland Malt, de Richard Paterson, ganhou o troféu.A mudança pode estar relacionada também à ascensão da cultura dos coquetéis e da mixologia graças a uma demografia mais jovem – mudança a que marcas como a Courvoisier têm se dirigido ao longo dos anos, ao fazer experimentos com lançamentos de produtos criados especificamente para drinques.
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Divulgação Mercado de destilados da Ásia
Apesar de áreas como a China estarem sendo cada vez mais apontadas como grandes consumidoras de vinhos e destilados, agora também estão sendo reconhecidas como produtoras. Cada vez mais empresas do Japão e da Índia invadem o segmento do uísque, criando suas próprias marcas, como Amrut e Nikka. A IWSC reconheceu produtos como o Feni, um destilado de caju ou folha de palmeira feito na cidade de Goa, e o Baijiu, uma espécie de vinho chinês que está entrando no Reino Unido e em outros mercados ocidentais. (Uma nova categoria de baijiu foi anunciada na competição deste ano, na qual o Yushan Taiwan Kaoliang Liquor recebeu a maior homenagem.) -
Divulgação A continuação da febre artesanal
A demanda do público consumidor por bebidas produzidas artesanalmente – como visto nos casos da cerveja, do gin e da vodca – permanece imbatível, com algumas pessoas preferindo produtores menores devido a sua experimentação com sabores criativos. A IWSC vê essa tendência se espalhar para o mezcal, o que aumenta a concorrência no mercado da tequila e abre até mesmo alternativas para o uísque – o Corte Vetusto Mezcal Espadim foi eleito como o principal concorrente no setor.
“Mezcal é um nicho. Corresponde a cerca de 2% das vendas de tequila, mas está saindo da escuridão. A bebida acabou de fazer aquela transição em que deixa de ser um segredo dos bartenders e passa a ser pedido pelos consumidores”, diz David Shepherd, cofundador e diretor da Black Sheep Spirits.
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iStock O crescimento do gin
Ainda no rastro da cultura de coquetéis, mas sem deixar de crescer como um destilado para ser bebido sozinho, o gin permanece um forte concorrente. A IWSC aponta um crescimento de 571% na quantidade de registros da bebida desde 2013, com 400 de 25 diferentes países. “O gin continua a dominar a cena do aperitivo, ao passo em que produtores continuam a experimentar novas criações artesanais e ainda mais obscuras misturas botânicas”, disseram os jurados da IWSC ao homenagear o Bathtub Navy Strength Gin e o Brighton Gin.
Uísques sem idade divulgada
Quando a Macallan mudou o foco de todos os seus uísques de 18 anos ou menos da idade para cor, a alteração foi vista como controversa por alguns aficionados. De acordo com os resultados da IWSC, no entanto, os produtores de uísque estão “mudando o foco para a arte da mistura, mais do que para o prestígio que vem da idade”. O Dalmore Valour Single Highland Malt, de Richard Paterson, ganhou o troféu.
A mudança pode estar relacionada também à ascensão da cultura dos coquetéis e da mixologia graças a uma demografia mais jovem – mudança a que marcas como a Courvoisier têm se dirigido ao longo dos anos, ao fazer experimentos com lançamentos de produtos criados especificamente para drinques.