Os amantes de café provavelmente não precisam de nenhum dado adicional para justificar seu hábito, mas um novo estudo apresentado no encontro da American Heart Association traz boas notícias. Segundo a pesquisa, cada xícara adicional de café que uma pessoa bebe está associada a uma redução mensurável no risco de ataque cardíaco. Também apresentado na conferência nesta semana, um segundo levantamento indica que uma dieta à base de plantas parece ser a melhor opção para o coração em meio a várias alternativas.
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Nenhum dos estudos apresenta grandes revelações, pois pesquisas anteriores certamente já identificaram as mesmas conexões. Porém, eles apresentam mais evidência e mais especificidades – e, talvez, ainda mais razões para que os apreciadores da bebida e dos vegetais se sintam bem em relação a suas rotinas.
O primeiro estudo analisou dados do Framingham Heart Study, que monitorou os hábitos de estilo de vida e os resultados na saúde dos participantes durante décadas, e descobriu que o café estava fortemente associado à saúde cardíaca: para cada xícara adicional consumida por semana, o risco de insuficiência cardíaca caía 7% e o de derrame 8%. O benefício parecia se estender até surpreendentes seis xícaras diárias, quantidade que a maioria das pessoas no estudo tendia a beber. Para aqueles de nós que bebem múltiplas xícaras por dia, essas são ótimas notícias.
A outra pesquisa, sobre hábitos alimentares e saúde cardíaca, utilizou dados do estudo Reasons for Geographic and Racial Differences in Stroke (REGARDS), que tem monitorado pessoas de meia idade ou mais ao longo do tempo. Os pesquisadores também buscaram correlações, desta vez entre cinco tipos diferentes de dieta e ataque cardíaco.
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A dieta à base de plantas, que consiste basicamente em folhas, frutas, grãos e peixe, parece muito como a dieta mediterrânea. Foram analisadas também a “dieta de conveniência”, composta de carne vermelha, massa, fast food e frituras; a “dieta dos doces”, pesada em carboidratos e açúcares; a “dieta do sul”, rica em comidas fritas, carnes viscerais, alimentos processados, ovos e bebidas adoçadas com açúcar; e, finalmente, a “dieta de álcool e saladas”, marcada pelo consumo de folhas, molhos de salada, manteiga, vinho e bebidas destiladas.
A dieta à base de plantas foi relacionada a uma redução no risco de insuficiência cardíaca de até 42% quando comparada àquelas compostas de menos vegetais. Sem surpresa, os outros tipos não foram associados a nenhum benefício ao coração.
No caso do café, é provável que os antioxidantes correspondam à maioria dos benefícios cardíacos. Já a dieta das plantas, além de ser rica em oxidantes, vitaminas e minerais, contém fibra e gorduras saudáveis que podem contribuir para o quadro benéfico.
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É importante ter em mente que ambos os resultados foram apresentados em uma conferência, então não foram revistos ou divulgados em publicações científicas. Além disso, são apenas correlações e, apesar de variáveis potencialmente confusas terem sido levadas em consideração, é possível que haja mais na história do que foi apresentado. Porém, como as descobertas concordam fortemente com pesquisas anteriores, provavelmente não há problema em considerá-las como mais uma evidência positiva para adotar um estilo de vida rico em plantas e café.
Para aqueles que não são entusiastas da ideia de seguir uma dieta como essa, vale lembrar que ela não é necessariamente vegetariana ou vegana – a mais famosa e pesquisada dieta à base de plantas é a mediterrânea, que inclui peixe, uma pequena quantidade de carne vermelha e até um pouco de laticínios e ovos. O mesmo é válido para a super estudada dieta MIND. No caso das duas, a base consiste em plantas, incluindo vegetais, frutas, nozes, feijões e grãos. Não é uma maneira tão ruim de comer, e, como com a maioria das coisas, a moderação é provavelmente a chave do sucesso.
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