Há tempos a rede canadense Four Seasons mira São Paulo como a primeira cidade do Brasil a ter um hotel da marca. Foram mais de dez anos na busca de um parceiro e da localização “perfeita”, segundo o vice-presidente regional Tulio Hockoeppler. Essas condições foram satisfeitas quando a incorporadora pernambucana Iron House Real Estate, do Grupo Cornélio Brennand, estabeleceu uma joint venture com a Tamweelview European Holdings, subsidiária da Abu Dhabi Investment Authority (Adia), e ganhou a robustez necessária para trazer a label ao país.
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A inauguração do complexo, antes prevista para 2017, foi postergada para o primeiro semestre do próximo ano. Serão 254 quartos para o hotel, incluindo uma suíte presidencial de 300 metros quadrados, e 82 unidades de apartamentos residenciais – as primeiras branded residences a abrir no país (o Four Seasons trabalha com esse modelo em dezenas de cidades espalhadas pelo mundo desde 1982).
Assim como os outros hotéis operados pela rede, o luxo será um componente onipresente nas instalações: “Para nós, o luxo simboliza a qualidade, a atmosfera e o serviço. Temos uma regra de ouro: trate os outros como gostaria de ser tratado. Além disso, entendemos que o tempo, mais do que nunca, é muito precioso – e fazemos de tudo para valorizá-lo”, afirma Michael Schmidt, general manager do Four Seasons São Paulo. Assim, hóspedes, moradores e visitantes poderão usufruir da estrutura do complexo, que inclui um restaurante de inspiração italiana moderna, com ambiente “menos tradicional e mais vibrante” (qualquer que seja a proposta, os restaurantes Four Seasons são reconhecidos mundo afora por seu alto padrão gastronômico). Além dele, haverá um lobby bar.
O spa é outro trunfo do projeto. Fica no segundo andar e tem cinco salas para tratamentos variados. A linha e a marca de produtos que serão utilizados não estão definidas. O spa poderá ser frequentado inclusive por visitantes não hóspedes.
Confiando na localização estratégica para uma metrópole como São Paulo – próximo da Ponte Estaiada, cartão-postal da cidade, e de fácil acesso para a Avenida das Nações Unidas (marginal Pinheiros) e para o aeroporto de Congonhas – , Tulio acredita que inicialmente a maioria dos hóspedes será de viajantes a negócios, mas que, com o tempo, a estrutura de lazer atrairá cada vez mais famílias e casais.
Quando questionados sobre a nova onda de gigantes hoteleiras fincando suas garras em São Paulo – como a Oetker Collection com o Palácio Tangará e o futuro Rosewood Cidade Matarazzo –, a dupla Michael Schmidt e Andrea Carneiro, diretora de vendas e marketing, responde em uníssono: “Isso indica que há muitos investimentos no local – o que é bom, pois estimula a competição e mostra que São Paulo pode ser um novo hot spot”.
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Os preços das diárias ainda estão sendo estudados e vão depender, segundo Andrea, do momento econômico do Brasil em 2018 e de quanto estarão cobrando outros hotéis do mesmo padrão.
Como é morar em uma casa de grife
Uma branded residence é diferente de um apartamento convencional ou de um flat. Morar em uma residência grifada – que pode ser assinada por uma marca de roupas, de acessórios ou de hotéis – significa desfrutar de um padrão de qualidade mais alto, de reconhecimento imediato.
No caso dos hotéis, que também “cuidam” de seus moradores, isso inclui os serviços padrão cinco estrelas estendendo-se para dentro de casa. No Four Seasons São Paulo, os 82 apartamentos nesse modelo terão acesso a serviço de arrumação e de quarto 24 horas por dia. Quem adquirir um apartamento vai recebê-lo pronto, com projeto de decoração de interiores do Studio Arthur Casas e projeto arquitetônico desenvolvido pela parceria entre o escritório americano HKS Architects e a brasileira Aflalo/Gasperini Arquitetos. O metro quadrado custa em média R$ 30 mil.
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