Chegou o verão no Brasil. Para muitos, sinônimo de calor, praia, cerveja gelada. Para outros, hora de desfrutar a temporada de esportes na neve – aberta no Hemisfério Norte desde a última semana de novembro e que, se o aquecimento global não atrapalhar, deve se estender até abril. Esta reportagem é dedicada a esses amantes do frio.
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São muitas as estações espalhadas pela Europa, Canadá e Estados Unidos, cada uma com suas peculiaridades. FORBES conversou com esportistas e praticantes para saber quais são as melhores pedidas, tanto para iniciantes quanto para os mais experientes.
Foram considerados também a beleza dos destinos, a estrutura hoteleira, a cena gastronômica, a tradição do lugar e
diferenciais – como o heli-skiing, que conta com o auxílio de helicópteros adaptados para o transporte dos esquiadores até o alto de montanhas mais “selvagens”.
Veja, na galeria de fotos abaixo, algumas das melhores estações na Europa, Canadá e EUA para praticar o esporte e relaxar:
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Divulgação Estados Unidos
Aspen-Snowmass (Colorado)O destino é bastante conhecido dos brasileiros. Para Dora Zarzur, proprietária do hotel Regent Park e sócia do restaurante Picchi, a vantagem é a infraestrutura, que agrada crianças e adultos. O complexo inclui quatro montanhas: Aspen Highlands, Snowmass, Aspen Mountain e Buttermilk. Duas pistas interessantes em Snowmass, segundo o ex-esquiador profissional Bruno Monti (que trabalha com o pai em uma agência de viagens especializada no esporte), são a Roberto’s, por ter um desnível logo no começo, e a Slot, onde é realizado o campeonato mundial de velocidade.
A vila tem boas opções de restaurantes. Destaque para o Ajax Tavern, no hotel The Little Nell, que tem em seu menu as famosas batatas fritas trufadas e o cheeseburger. Para os fãs da culinária japonesa, a sugestão é o Matsuhisa, do chef Nobu Matsuhisa, o mesmo da rede de restaurantes Nobu.
Para um programa diferente, vá ao clube Belly Up, onde já tocaram nomes como B.B. King e John Legend.
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Divulgação Estados Unidos
Jackson Hole (Wyoming)A estação norte-americana acaba de ser eleita, pelo sétimo ano consecutivo, a melhor da América do Norte por FORBES. O “hole” do nome refere-se ao fato de o lugar ficar em um vale cercado de montanhas íngremes e profundas – que atraem os mais confiantes. Mas há opções para todos: são 5.000 km de pistas indicadas para iniciantes e praticantes intermediários. Boa notícia para os amantes da natureza: com um pouco de sorte, é possível ver alces, ursos e a típica águia-americana dos lifts (teleféricos).
A rede Four Seasons tem uma propriedade no local. E, como é costume da bandeira, mantém lá um spa de primeira linha. Para uma refeição leve, a Persephone Bakery serve o menu do café da manhã até as 15h. Já o Westbank Grill é a típica steakhouse norte-americana, em ambiente clássico e elegante, com vista para o vilarejo.
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Divulgação Estados Unidos
Park City Mountain Resort (Utah)A abertura da temporada de inverno da estação foi declarada no Dia de Ação de Graças, em 23 de novembro. São quase 3.000 hectares de terrenos com pistas, a maior área esquiável dos EUA.
Com tantas opções, é bom ficar atento, aconselha Cedric Burel, CEO da rede Decathlon Brasil. “É necessário olhar a cor da pista para não entrar em uma de alta dificuldade. Elas são sinalizadas com quatro cores: verde (principiante), azul (médio), vermelho (médio-alto) e preto (alto grau de dificuldade).”
Se a prática de esqui e de snowboarding não são o seu forte, vale tentar o fly fishing, a pesca de trutas feita com guias especializados. Para os ciclistas, o snow biking é uma diversão interessante: são mais de 400 km de trilhas, que devem ser percorridas em bicicletas com pneus especiais, adaptados para a neve. Para se hospedar, os chalés do Waldorf Astoria estão entre as melhores alternativas.
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Divulgação Europa
St. Moritz (Suíça)A região é conhecida como o berço do turismo de inverno – que teria começado aqui em 1864 – e por suas águas medicinais. Outro atrativo é o sol, que brilha na maioria dos dias do ano e que se tornou, nos anos de 1930, símbolo do lugar.
São 350 km de pistas com infraestrutura moderna. A montanha Corviglia é a encosta mais íngreme da Suíça, com uma descida vertiginosa a partir do ponto Piz Nair.
A hotelaria suíça, conforme relata Eduardo Gaz, proprietário do TTW Group, especializado em roteiros de neve, é “muito diferente de qualquer outro destino no mundo”. Ele destaca as propriedades Badrutt’s Palace, Suvretta House e Nira Alpina.
Dora Zarzur indica o restaurante Morrif: “Lá comi o melhor foie gras”. Caso você seja um foodie, vale programar a viagem durante o St. Moritz Gourmet Festival, que tradicionalmente reúne experiências, chefs e séries de jantares especiais.
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iStock Europa
Verbier (Suíça)A vista é um dos grandes atrativos da região: da aldeia de Verbier é possível avistar o Matterhorn, o Grand Combin e o Mont Blanc. Para os apreciadores de um “desvio” nas pistas demarcadas, Eduardo Gaz ensina: “Na Suíça é muito fácil fazer rotas alternativas, off-tracks, pois há muitos guias qualificados e uma área extensa”.
O Vale de Bagnes, onde fica Verbier, é a capital da raclette – então imagine o quanto a receita é levada a sério por lá (em outubro, o prato recebe um evento inteiro dedicado a ele).
Os hotspots Le Rouge e Farinet são ótimos para o après-ski, expressão que designa o momento de socializar após a prática do esporte. Na mesma linha, o badalado W Hotel também conta coma unidade nas montanhas.
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Divulgação Europa
Megève (França)A estação surgiu por iniciativa da família Rothschild, mais precisamente da baronesa Noemie, que, em 1924, comprou uma propriedade no local e a divulgou para a nobreza e o jet set. É lá que fica o icônico Mont Blanc, o pico mais alto da Europa (4.800 m). Megève é pequena e tranquila, com seus 4.000 habitantes.
A propriedade da baronesa é hoje o Le Chalet du Mont d’Arbois, membro do grupo Relais & Châteaux, uma opção de hospedagem mais intimista e romântica. Entre os restaurantes, não deixe de conferir o Domaine de la Sasse. O proprietário, Dominique Méridol, recebe os clientes e oferece menus de cinco ou sete tempos, todos acompanhados de bom vinho.
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Divulgação Europa
Courchevel (França)
A cena gastronômica dessa região dos Alpes franceses merece atenção. Em 2017, seis restaurantes receberam estrelas Michelin: Baumanière 1850, La Saulire, Le Montgomerie, Le Chabichou, Le Chabotté e 1850.Courchevel está dentro da região Les 3 Vallées, o maior domínio esquiável da Europa, com 600 km de pista interligados.
Bruno Monti analisa: “É uma estação bem democrática, tem estrutura para diversos tipos de viajantes”. Entre os hotéis, brilham o cinco estrelas L’Apogée Courchevel, membro do grupo alemão Oetker Collection, e o novo Barrière Les Neiges (inaugurado na alta temporada de 2016), localizado bem no centro do vilarejo de Courchevel.
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Divulgação Esqui selvagem
O heli-skiing é uma experiência diferente e mais sofisticada em relação ao esqui convencional. Consiste em esquiar off-track (em montanhas que não têm pistas demarcadas) e em neves nunca pisadas por humanos. Para isso, é necessário o apoio de um helicóptero adaptado, que leva os esquiadores até o topo das montanhas e depois os busca no fim do percurso.
Um programa de heli-skiing também envolve uma aventura extra, pois, na maior parte das vezes, os integrantes ficam hospedados em cabanas “no meio do nada”. O esquiador brasileiro Bruno Monti passou pela experiência no Canadá. “Ao contrário do que muitos pensam, a prática não é só para profissionais. O que muda muito é que, dependendo do nível dos passageiros, é possível se aventurar por montanhas mais difíceis”, afirma.
A estação de Whistler, no Canadá, oferece pacotes de um dia com valor inicial de US$ 1.020 para 4-runs, ou seja, quatro descidas. A Viking Heliskiing, da Islândia, tem pacotes de dois a sete dias (vikingheliskiing.com).
Estados Unidos
Aspen-Snowmass (Colorado)
O destino é bastante conhecido dos brasileiros. Para Dora Zarzur, proprietária do hotel Regent Park e sócia do restaurante Picchi, a vantagem é a infraestrutura, que agrada crianças e adultos. O complexo inclui quatro montanhas: Aspen Highlands, Snowmass, Aspen Mountain e Buttermilk. Duas pistas interessantes em Snowmass, segundo o ex-esquiador profissional Bruno Monti (que trabalha com o pai em uma agência de viagens especializada no esporte), são a Roberto’s, por ter um desnível logo no começo, e a Slot, onde é realizado o campeonato mundial de velocidade.
A vila tem boas opções de restaurantes. Destaque para o Ajax Tavern, no hotel The Little Nell, que tem em seu menu as famosas batatas fritas trufadas e o cheeseburger. Para os fãs da culinária japonesa, a sugestão é o Matsuhisa, do chef Nobu Matsuhisa, o mesmo da rede de restaurantes Nobu.
Para um programa diferente, vá ao clube Belly Up, onde já tocaram nomes como B.B. King e John Legend.
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