Elizabeth Taylor morou em muitos lugares. O mesmo aconteceria com você caso se casasse oito vezes. O condomínio fechado de Beverly Hills que ela dividia com o segundo marido, o ator britânico Michael Wilding, chegou ao mercado pela primeira vez em 21 anos por US$ 15,9 milhões.
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Elizabeth e Wilding compraram a propriedade de cerca de 1 hectare em 1954 para servir como seu retiro privado em Los Angeles, quando a carreira da lenda do cinema decolou. O casal criou seus dois filhos, Michael e Christopher, lá até o divórcio, em 1957. Elizabeth e Wilding decidiu comprar a propriedade depois de, supostamente, tê-la invadido escalando a cerca para conhecê-la.
Imagine Elizabeth Taylor escalando cercas… Difícil imaginar a cena, a não ser pelas manobras com o cavalo Pie no filme “National Velvet”, em 1944. Felizmente, o próximo interessado pode, simplesmente, ligar para os agentes imobiliários Joyce Rey e Arlene Rutenberg, da Coldwell Banker Global Luxury, para dar uma espiada na propriedade.
Construída em 1953, a residência de seis quartos e sete banheiros oferece vistas deslumbrantes do centro de Los Angeles, do Oceano Pacífico e do vale abaixo. A isolada propriedade de 4.916 m² estende-se ao sol em um cenário de palmeiras, paisagem zen e o brilho de uma piscina panorâmica e spa. A atriz vencedora do Oscar Ingrid Bergman, que estrelou ao lado de Wilding no filme “Sob o Signo de Capricórnio”, de Alfred Hitchcock, em 1949, visitou a casa e pensou em comprá-la.
Os atuais proprietários (que compraram a casa por US$ 2 milhões) contrataram o arquiteto Budd Holden – responsável pelos projetos de propriedades de celebridades como Barbra Streisand e Cher nos anos 1980 e 1990 – para atualizar a área interna com quartos geométricos, uma sala de estar com armação de madeira, janelas do chão ao teto e uma cozinha com armários de madeira com utensílios de aço inoxidável.
A casa, com 721 metros quadrados, tem uma grande área de estacionamento, garagem para três carros, pátio aberto, fonte, quatro lareiras, estúdio de arte, átrio e quarto de hóspedes/ funcionários. Há também um grande escritório.
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A MGM, o estúdio de Elizabeth Taylor (e mais tarde de Wilding também), teria emprestado o dinheiro ao casal para comprar a casa e manter suas estrelas felizes. A prolífica carreira da atriz floresceu na década de 1950, quando ela evoluiu de artista infantil para uma artista adulta respeitada.
Naquela década, Elizabeth estreou em “O Pai da Noiva”, “Um Lugar ao Sol”, “A Condessa Descalça”, ‘Gata em Teto de Zinco Quente” e “A Árvore da Vida”, pelo qual recebeu sua primeira indicação ao Oscar (a atriz conquistou dois ao longo de sua carreira, um por atuar e outra por seu trabalho humanitário). Sua vida pessoal também foi um redemoinho: ela casou-se quatro vezes só nos anos 1950.
Elizabeth Taylor era a realeza de Hollywood – com joias, beleza, fama, sucesso de bilheteria, prêmios, trabalhos de caridade e festas lendárias. Nesta propriedade ela entretinha famosos amigos de Hollywood.
A atriz praticamente inventou o “atraso chique”, muitas vezes fazendo entradas dramáticas com uma hora de atraso em suas próprias festas em casa, saindo de trás de uma parede em movimento entre seu quarto e a sala de estar como se fosse um estúdio. Isso se tornou a inspiração para a famosa piada de Elizabeth que dizia que elas se atrasaria em seu próprio funeral. Fiel à sua palavra, quando ela morreu, em 2011, suas instruções obrigaram seu caixão a chegar 15 minutos atrasado, segundo o jornal britânico “The Telegraph”. Quem poderia culpar uma atriz por ser tão dramática?