Não é surpresa para ninguém que nossos inúmeros gadgets para o dia e o constante acesso às redes sociais nos façam nos sentirmos ansiosos, culpados, menos produtivos e mais narcisistas. No entanto, com o fluxo intenso de mensagens e de informação, é impossível se desligar de tudo.
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Ou é?
Algumas pessoas conseguem se impor um controle e diminuir esses hábitos. A maioria, por outro lado, não resiste a uma espiada no feed do Twitter ou nas atualizações do Instagram. Essas pessoas podem precisar de apoio, na forma de um serviço ou experiência em que é necessário se desconectar.
A última edição do Fathom Travel Awards elaborou uma lista com os melhores hotéis do mundo sem conexão à internet para um detox digital completo. Para a luxuosa seleção, foram verificadas zonas de sombra para celular, conexões wireless fracas ou inexistentes, quartos simples e outros obstáculos que impeçam que as pessoas fiquem efetivamente distraídas.
Não surpreendentemente, os dez destinos da lista estão situados em paisagens naturais espetaculares, com acomodações e ambientes que incentivam a reflexão, o relaxamento e a recarga das energias com atividades físicas, boa comida, tratamentos de spa e muito tempo sozinho.
Os efeitos colaterais de viajar desta forma certamente incluirão aumento de dopamina, mais atenção, melhor apreciação do ambiente e um senso geral de gratidão.
Veja, na galeria de fotos abaixo, os 5 melhores hotéis sem acesso à internet do mundo:
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Reprodução/Forbes Isolamento na Itália: Eremito
Parrano, Úmbria, Itália
Preço: €110 – €230 (US$ 125- US$ 260) por noite
www.eremito.comO empreendedor Marcello Murzilli passou quatro anos planejando e construindo seu mosteiro moderno, enquanto morava em uma tenda em uma colina gramada próxima, para chegar da melhor forma à sua visão de um santuário ambientalmente consciente, protegido da era digital. O retiro de 14 cômodos, construído pedra por pedra usando técnicas seculares de alvenaria, está aninhado na encosta da Úmbria, a 90 minutos de carro de Roma, e se esforça para simplificar a vida como a conhecemos hoje. É um novo tipo de experiência de viagem feita especificamente para o viajante solo: não há ocupação dupla, nem internet, nem um minibar, nem televisão. Um gongo soa todas as noites às 20h, sinalizando o início do jantar, silencioso, produzido no jardim e nas fazendas próximas e servido em uma sala-de-jantar em estilo de refeitório. A iluminação é à luz de velas.
Há café da manhã e almoço, ioga diário e meditação, uma gruta de pedra com uma banheira de hidromassagem e banho de vapor, e uma bela paisagem pastoral ao redor. Eremito significa “eremita” em italiano, um lembrete para olhar para dentro e canalizar essa reclusão.
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Reprodução/Forbes O Alasca inacessível: Sheldon Chalet
Parque nacional de Denali, Alasca, EUA
Preço: €2,300 (US$ 2620) por noite
www.sheldonchalet.comDurante grande parte da década de 1950, o montanhista e cartógrafo Don Sheldon e sua esposa pioneira, Roberta, exploraram e mapearam partes da cordilheira do Alasca no então chamado Território do Alasca. Eles registraram uma reivindicação de uma terra de 2 hectares sob a A Lei da Propriedade Rural de 1898, um pico isolado de rocha que se projeta acima de uma grande extensão de neve a 16 km do cume do Denali.
Uma geração depois, os filhos dos Sheldon abriram uma ilha glacial de cinco quartos, acessível apenas por helicóptero ou avião. A estadia aqui é no meio da natureza em seu extremo, já que o chalé hexagonal tem vistas panorâmicas da neve imaculada e glaciares que se estendem por quilômetros. Cobertura de celulares e conexão à internet não existem, os guias, o chef e o concierge do local usam um rádio para se comunicar com o mundo externo. Cada pedaço de madeira, cada puxador de gaveta e cada caranguejo frito chega em uma minúscula pista de pouso, construída pelo Sheldon mais velho.
Não há pessoas nem animais e quase nenhuma vegetação. Apenas silêncio e um ar incrivelmente fresco. Até dez pessoas podem ficar por vez, compartilhando refeições de origem local, deitadas em redes, aconchegando-se em frente à lareira e aproveitando diversas excursões: caminhadas nas geleiras, esqui, rapel, pesca com helicóptero do salmão local, voo sobre um pátio de ossos de mastodontes, piqueniques na charcutaria e uma visita a fontes termais remotas. Os shows noturnos incluem chuvas de meteoros, nevascas de gelo, avalanches e vistas da aurora boreal.
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Reprodução/Forbes Devaneio no Caribe: Petite St. Vincent
São Vicente e Granadinas, Caribe
Preço: US $1.260 – US$ 2.641 por noite (o preço varia conforme a temporada)
www.petitstvincent.comDepois de voar para Barbados, voar rapidamente para a Union Island e saltar em um barco para, finalmente, desembarcar em terra nesta ilha pouco conhecida do Caribe (conhecida como PSV – Petit Saint Vincent), o mundo exterior vira uma memória distante.
Parte da razão pela qual a pequena ilha resort é tão perfeita é que ela é difícil de ser alcançada. Há uma vibração de luxo estritamente desconectada, que tem sido parcialmente cultivada pelos últimos 50 anos, já que o resort tem uma operação totalmente sustentável.
Os hóspedes dos 22 chalés simples à beira-mar têm acesso a praias privadas intocadas, a um serviço impecável e ao Centro de Mergulho Caribenho Jean-Michel Cousteau. Isso diz muito sobre a qualidade de snorkeling e do mergulho, já que Cousteau escolheu a PSV entre milhares de outras ilhas que pontilham o Caribe.
Não há fechaduras, relógios, TVs ou wireless nos quartos. Existem telefones fixos no escritório principal e, dependendo do clima, você pode encontrar um sinal de celular remanescente de uma ilha vizinha, mas a ideia aqui é se desconectar completamente.
Os hóspedes podem caminhar, andar de bicicleta ou pegar carona em um carro chamado Mini Moke. Um sistema de bandeiras é usado em cada cabine para se comunicar com a equipe: bandeira vermelha significa “não perturbe”, bandeira amarela significa que o hóspede tem um pedido. As refeições são locais, frescas e podem ser servidas no quarto ou no restaurante da praia, onde não há necessidade de sapatos. O spa é construído na encosta, com caminhos de madeira levando a salas de tratamento com vista para a água. Andar de caiaque, velejar e curtir o nascer do sol depois de um sono repousante são programas que constam na agenda.
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Reprodução/Forbes
As remotas Seicheles: Alphonse Island
Outer Islands, Seicheles
Preço: US$ 875 – US$ 2494 por noite
www.alphonse-island.com/enUm resort privado e intocado, a 400 km a sudoeste de Mahe, a capital das Seicheles, e a uma longa distância do continente africano. E não é preciso dizer que não há wi-fi e que o serviço de celular é precário. Mas, com tudo o que está disponível nesse ponto preservado no meio do Oceano Índico, por que motivos alguém vai querer contato com o mundo exterior?
Entre muitos esportes aquáticos e atividades de observação da vida selvagem, há tartarugas gigantes para conhecer, tartarugas para seguir, golfinhos-rotadores para nadar ao lado, peixe de caça, pesca com mosca de água salgada e recifes de coral para explorar. Alphonse é a única ilha de Outer Islands a oferecer mergulho autônomo.
As acomodações incluem 22 bangalôs privativos e cinco suítes, todos com ar-condicionado e equipados com bicicletas privativas, chuveiros ao ar livre e fácil acesso às onipresentes praias de areia branca, onde você ficará durante o pôr-do-sol, se não estiver em um catamarã, bebendo coquetéis.
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Reprodução/Forbes Natureza patagônica abundante: Bahia Bustamante
Patagônia, Argentina
Preço: US$ 161 – US$ 163 por noite
www.bahiabustamante.com/Uma fazenda sustentável de ovelhas, uma ilha cheia de pinguins de magalhães e uma floresta petrificada de 60 milhões de anos nas proximidades. Este antigo assentamento de algas da Patagônia virou um refúgio ecológico à beira-mar, onde não há serviço de celular, a eletricidade está disponível apenas à noite, e o wi-fi oferecido no lobby é precário.
As cabanas lindamente restauradas, que costumavam abrigar trabalhadores de assentamentos e suas famílias, também não têm TV. A combinação é perfeita para o hóspede não se distrair com o mundo exterior e se deleitar com a beleza natural e a biodiversidade das praias e das terras agrícolas da região.
Em parte do Parque Marinho Costeiro Patagônia Austral e da Patagônia Azul, reserva da UNESCO, os jardins estão cheios de vida selvagem: leões marinhos, pássaros raros, tatus e guanacos fazem parte do cenário. Os hóspedes podem os observar em uma série de passeios de bicicleta e caminhadas, conforme as condições meteorológicas do dia.
Isolamento na Itália: Eremito
Parrano, Úmbria, Itália
Preço: €110 – €230 (US$ 125- US$ 260) por noite
www.eremito.com
O empreendedor Marcello Murzilli passou quatro anos planejando e construindo seu mosteiro moderno, enquanto morava em uma tenda em uma colina gramada próxima, para chegar da melhor forma à sua visão de um santuário ambientalmente consciente, protegido da era digital. O retiro de 14 cômodos, construído pedra por pedra usando técnicas seculares de alvenaria, está aninhado na encosta da Úmbria, a 90 minutos de carro de Roma, e se esforça para simplificar a vida como a conhecemos hoje. É um novo tipo de experiência de viagem feita especificamente para o viajante solo: não há ocupação dupla, nem internet, nem um minibar, nem televisão. Um gongo soa todas as noites às 20h, sinalizando o início do jantar, silencioso, produzido no jardim e nas fazendas próximas e servido em uma sala-de-jantar em estilo de refeitório. A iluminação é à luz de velas.
Há café da manhã e almoço, ioga diário e meditação, uma gruta de pedra com uma banheira de hidromassagem e banho de vapor, e uma bela paisagem pastoral ao redor. Eremito significa “eremita” em italiano, um lembrete para olhar para dentro e canalizar essa reclusão.