Truman Capote disse uma vez: “Nova York é um iceberg de diamantes flutuando nas águas de um rio”. E, usando essa analogia, uma das maiores joias da cidade é Susanne Bartsch. Apelidada de “a rainha da noite” por décadas, ela comandou as festas mais criativas não apenas em Nova York, mas em todo o mundo, de Tóquio a Paris. Nascida na Suíça, mudou-se para a Big Apple em 1981, e está lá desde então.
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Famosa por seu talento em reunir todos os tipos de pessoas, Susanne oferece um lugar para homens e mulheres fugirem da rotina e terem uma experiência transformadora — ou, no mínimo, curtir um bom momento. O seu mais recente empreendimento é o extravagante “Cabaré Bartschland Follies”. O show sedutor e intimista é realizado todas as sextas-feiras, no The Club Car, localizado no glamuroso McKittrick Hotel, casa residente do Sleep No More. Espere vivenciar uma noite louca, onde a ópera se encontra com um circo burlesco de alta moda.
Veja, a seguir, os melhores momentos da entrevista de Susanne Bartsch à FORBES sobre seu novo projeto, lições de vida e estilo :
FORBES: Como você descreveria o “Bartschland Follies”?
Susanne Bartsch: É um cabaré moderno. Na minha humilde opinião, está repleto do estilo, perspicácia, ambiguidade, sensualidade e sofisticação que fez do filme “Cabaret” um clássico atemporal. Há sempre algo escandaloso e inesperado em “Bartschland Follies”. É por isso que o McKittrick Hotel é o parceiro perfeito e o lar do espetáculo. Além disso, os tempos em que estamos vivendo estão começando a parecer muito ameaçadores, assim como um paralelo da “cultura de Weimar”. É a arte imitando a vida, e vida imitando a arte, em um looping infinito!
F: “Bartschland Follies” tem artistas burlescos talentosos. Como funciona a seleção?
SB: Eu construí uma grande rede de artistas incrivelmente talentosos graças aos meus vários eventos. E eu tenho trabalhado com a maioria deles por muitos anos. “The Follies” é minha oportunidade de compartilhar esta comunidade especial com as outras pessoas. Ela é o “crème de le crème” da arte performática de vanguarda e da cena burlesca. Não apenas em Nova York, mas no mundo.
F: Você se mudou para Nova York em 1981, depois de morar em Londres. O que a inspirou a continuar na cidade?
SB: A mistura, a energia, a capacidade de sonhar um sonho e torná-lo realidade. Foi um pouco mais difícil transitar em Londres e fazer as coisas por lá, porque a cidade está cheia da sua própria história, que é longa e épica. Mas Nova York é relativamente nova, e encoraja novas pessoas, novas ideias, novos transplantes. Nova York atrai pessoas mais artísticas e interessantes, e você pode conhecer muitas delas em uma boate.
F: Qual o melhor conselho que você recebeu?
SB: Minha mãe me disse: “Não deixe que o medo persiga a sua vida. O mais importante é jogar o jogo. Não importa ganhar ou perder, o que importa é jogar”.
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F: Agora um conselho para as pessoas tímidas em festas: qual a melhor forma de quebrar o gelo e conversar com outras pessoas?
SB: Você não precisa falar em uma festa. Se estiver boa, a música está alta. Eu acho que um sorriso é sempre um bom começo. Também nunca é demais elogiar alguém, mesmo que você se sinta como um “fã admirador”. Quem não gosta de ser elogiado?
F: Você pode dar algumas dicas sobre como organizar uma boa festa?
SB: Um ótimo espaço, que pode significar qualquer coisa, desde um local high-end totalmente elegante até um local maluco e selvagem. Boa música e uma mistura dinâmica de pessoas. Além de um pouco de drama.
F: Como você descreveria seu estilo?
SB: Tenho um estilo próprio, que está sempre mudando. Eu gosto de desafiar meu nível de conforto para manter as coisas interessantes. É definitivamente algo que passa pela consciência do corpo, vintage, futurista, caprichoso e extravagante, mas polido e chique. Tudo ao mesmo tempo. Estes são os elementos com os quais eu gosto de brincar.