Ainda não surgiu no país celebridade maior que Hebe Camargo. Beleza, pode haver gente mais conhecida, com milhões de seguidores ou coisa do tipo. Como ela, ninguém. Era um tipo de luz diferente, uma capacidade de monopolizar as atenções, fosse pelas reluzentes joias, o figurino extravagante ou a capacidade de fazer cada pessoa de uma sala achar que era especial para ela. Ela faria 90 anos no próximo dia 8, e quem morre de saudade dela (eu!) ganha de presente a exposição “Hebe Eterna”, que começa amanhã (19) no Farol Santander.
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Com curadoria de Marcello Dantas e Camila Mouri, além de cenografia da classuda arquiteta Patricia Anastassiadis, a mostra propõe ao visitante um passeio por um dia na vida de Hebe. Tem o closet dela, com alguns de seus looks, por exemplo.
Tratar de uma figura cuja trajetória se estende por tantas décadas poderia resvalar em algo com cheiro de naftalina ou numa nostalgia excessiva – e nenhum dos dois casos teria a ver com a homenageada. É brilhante, então, o esforço de fazer a exposição divertida como Hebe. Claro, estão lá vestidos, joias e fotos velhas, mas uma série de experiências interativas têm tudo para transformar o programa num dos mais concorridos deste ano em São Paulo.
Do que estamos falando: O visitante vai se sentar num sofá, em frente a um espelho, e será “entrevistado” por um holograma da Hebe. Quer dizer, mesmo depois de morta a Hebe ainda é capaz de se reinventar (ou de ser reinventada, como queira). Em outro momento, a pessoa tira foto numa cabine como se estivesse dando selinho nela, e recebe a imagem em tempo real por e-mail ou mensagem no celular.
A exposição, que ocupa dois andares do Farol Santander, no coração de São Paulo, fica em cartaz até 2 de junho. Não abre às segundas-feiras, e os ingressos, que você compra com hora marcada, custam R$ 20.