Respire fundo e venha comigo: imagine alguém correr do Rio Grande do Sul até a divisa entre Rio de Janeiro e Espírito Santo. E não por meio de estradas asfaltadas, mas embrenhado na Mata Atlântica, num trajeto que totaliza mais de 3.000 quilômetros. Eu sei, a princípio parece uma ideia tão maluca quanto voar carregado por balões de hélio, mas uma conversa com o empresário e aventureiro profissional Fabio Seixas, de 36 anos, mostra que a coisa até que tem pé(s) e cabeça.
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O empresário, que dentre muitas empreitadas é co-criador da plataforma O Panda Criativo, que produz eventos como o Festival Path , terá equipes de apoio de até doze pessoas (nutricionista, especialista em trilhas, expert em primeiros-socorros, e por aí vai) em estradas próximas às trilhas que fará. Esse pessoal fará um revezamento para não ficar esgotado – o que representaria um perigo na jornada de Seixas. Nos momentos de maior perigo, chegará a ficar isolado no meio do mato por até cinco dias.
Haverá ainda uma equipe de filmagem, porque a ideia é registrar toda a aventura para não só transmitir em tempo real via internet como aproveitar o conteúdo em reportagens para programas de televisão aberta quanto em canais pagos que já exibem programas com essa pegada (alô, fãs de Largados e Pelados, é com vocês que estou falando).
Ao conhecer Seixas pessoalmente, a primeira coisa que eu quis saber foi: POR QUÊ? Ele afirma que quer chamar atenção para a causa ambiental e que corridas dessa natureza – duplo sentido intencional aqui – já são parte de sua vida. No ano passado, cruzou o Caminho da Fé, que consiste em 318 quilômetros entre as cidades paulistas de Águas da Prata e Aparecida. Fez o trajeto, que equivale a sete maratonas e meia, em cinco dias. Eu fico cansado só de ler isso, não sei você, leitor. Outro investimento dele é o projeto Cidade Corrida, pensado para estimular a prática da modalidade mesmo em grandes centros urbanos como São Paulo.
Seixas pretende cruzar os 3.000 km em três meses. Precisará, para isso, percorrer cerca de 30 km por dia, parte por caminhos já desbravados, parte por mata cerrada – ele mesmo ajudará a mapear uma trilha ainda desconhecida. Apenas 400 km do percurso têm sinalização.
O projeto não deve sair por menos de R$ 500 mil, que virão de empresas patrocinadoras.
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