Esqueça aquelas propriedades antiquíssimas e pitorescas quando imaginar vinícolas e destilarias tradicionais espalhadas pelo mundo. Você verá três modernos e estonteantes projetos arquitetônicos onde são produzidos vinhos e uísques igualmente marcantes.
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Começamos por uma das propriedades da italiana Antinori, em Bargino, na Toscana, de autoria do escritório Archea Associati. O projeto prezou a integração de um edifício extremamente moderno à paisagem rural da região de Chianti. Na sequência, seguimos para a Austrália, na Point Leo Estate, onde arte, arquitetura e enogastronomia são a fórmula perfeita para uma visita inesquecível. Por último, você verá as novas construções da marca The Macallan, que em 2018 abriu uma nova destilaria e um centro de visitação que parecem obras vindas do futuro. Deleite-se.
Veja, na galeria de fotos abaixo, 3 modernos e estonteantes projetos arquitetônicos onde são produzidos vinhos e uísques:
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Marco Casamonti Vinícola Antinori (Bargino, Itália)
O projeto arquitetônico da vinícola, por sua modernidade e arrojo, é uma antítese do legado da família Antinori, que produz vinhos há mais de 600 anos. A obra é de autoria do escritório italiano Archea Associati, que desde o início da execução priorizou três pontos-chaves: a influência do homem na terra, o trabalho e a natureza. O objetivo final – que fica nítido ao olharmos as fotos do lugar – é a fusão entre um edifício moderno e a paisagem rural da região, a 30 quilômetros de Florença. Para isso foram plantadas videiras na cobertura da estrutura industrial da vinícola, que integram a construção à paisagem natural. Também foi contabilizada a sustentabilidade no projeto, como a sala dos barris de envelhecimento do vinho, que é climatizada naturalmente e mantém a temperatura ideal devido à “enraizada” localização subterrânea.
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Marco Casamonti Vinícola Antinori (Bargino, Itália)
A vinícola fica aberta à visitação durante todo o ano. O tour pela propriedade é feito em várias etapas: primeiro, o visitante avista a plantação e o prédio de baixo; depois, passa por todo o processo da produção dos rótulos produzidos na propriedade – que são apenas três: Pèpolli, Villa Antinori Chianti Classico Riserva e Vinsanto Marchese Antinori.
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Marco Casamonti Vinícola Antinori (Bargino, Itália)
Durante o passeio é contada a história da família, atualmente na 26ª geração de produtores de vinho. Por fim, é realizada a degustação da bebida, momento no qual é possível fazer compras. Na sequência, o conselho é emendar um almoço no restaurante Rinuccio 1180. Além do menu, que serve pratos toscanos com cara moderna, a localização é um dos pontos altos – no telhado do edifício, entre parreiras, e com direito ao cenário exuberante da Toscana.
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Divulgação The Macallan (Speyside, Escócia)
Em 2018, a mítica The Macallan ganhou os holofotes ao inaugurar uma nova destilaria, no mesmo local em que funciona desde 1824. O investimento total na obra foi de 140 milhões de libras (cerca de R$ 700 milhões), incluindo a construção de um centro de visitação. O autor do projeto foi o escritório Rogers Stirk Harbour and Partners, que buscou enaltecer o processo de produção da marca, sempre associada a luxo e exclusividade – a Macallan detém o recorde de uísque mais caro já vendido: em abril deste ano, uma garrafa de Genesis Decanter Whisky foi adquirida por US$ 136 milhões.
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Divulgação The Macallan (Speyside, Escócia)
A aparência externa, com muitas curvas e uma plantação no telhado, integra a construção moderna à paisagem. Pensando na funcionalidade, a nova destilaria possibilitou o aumento da produção de garrafas – e já está preparada para expansões futuras. Mesmo com o novo projeto, a “Easter Elchies House”, também conhecida como a “Spiritual Home”, é uma casa original do século 18 importantíssima para a grife de uísques. O local do novo prédio para visitantes fica bem próximo a ela.
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Divulgação The Macallan (Speyside, Escócia)
Durante a visita, são apresentados os processos de destilaria e maturação do single malt. Os visitantes observam as variações de cor, aroma e sabor devido aos diferentes barris onde os uísques são envelhecidos – a marca é reconhecida por investir muito acima da média na qualidade dos barris, o que resulta na qualidade única de sua bebida. Ao final, o visitante é convidado para uma degustação de algumas variações, e também pode passar na loja para garantir suas garrafas.
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Divulgação PointLeo Estate (Mornington Peninsula, Austrália)
Muito da beleza da Point Leo Estate se deve a seu proprietário, o bilionário e filantropo australiano John Gandel (com patrimônio calculado pela Forbes em US$ 3,9 bilhões), um apaixonado confesso por arte. Após 25 anos funcionando como vinícola e propriedade particular de Gandel, em 2017 ele decidiu abrir as visitações para o público como um parque de esculturas – ele possui um acervo internacional, com grandes nomes da arte.
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Divulgação PointLeo Estate (Mornington Peninsula, Austrália)
O projeto dos edifícios é de autoria da firma Jolson Architecture & Interiors, que priorizou as raízes australianas e a sinergia entre as obras de arte e a paisagem natural. A entrada tem um formato curvo que simboliza, de forma abstrata, um vinho saindo da garrafa e também o ciclo de colheita – e seu formato combina, ainda, com a escultura da artista Inge King que fica no centro do pátio.
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Divulgação PointLeo Estate (Mornington Peninsula, Austrália)
Além da plantação de uvas (que ocupa 20 hectares) e da produção de vinho, as atrações incluem dois novos restaurantes, o sofisticado e premiado Laura e um mais casual, vinculado à adega. O chef Phil Wood, nome por trás de ambos, cria seus pratos inspirado na fusão entre a culinária francesa e a japonesa. No Laura, que tem apenas 45 lugares, é servido um menu de etapas (o cliente pode escolher entre quatro, cinco ou seis etapas). Cada prato é inspirado em um de sete temas, como “terra e jardim”, “viticultura” e até “laticínio”. Para complementar a experiência enogastronômica, os visitantes são convidados a percorrer o parque a céu aberto em dois tours: de 45 ou 90 minutos de duração. Uma agradável maneira de fazer a digestão.
Vinícola Antinori (Bargino, Itália)
O projeto arquitetônico da vinícola, por sua modernidade e arrojo, é uma antítese do legado da família Antinori, que produz vinhos há mais de 600 anos. A obra é de autoria do escritório italiano Archea Associati, que desde o início da execução priorizou três pontos-chaves: a influência do homem na terra, o trabalho e a natureza. O objetivo final – que fica nítido ao olharmos as fotos do lugar – é a fusão entre um edifício moderno e a paisagem rural da região, a 30 quilômetros de Florença. Para isso foram plantadas videiras na cobertura da estrutura industrial da vinícola, que integram a construção à paisagem natural. Também foi contabilizada a sustentabilidade no projeto, como a sala dos barris de envelhecimento do vinho, que é climatizada naturalmente e mantém a temperatura ideal devido à “enraizada” localização subterrânea.
Reportagem publicada na edição 67, lançada em maio de 2019
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