Neste ano, a Kagem Mining, de propriedade majoritária da Gemfields –uma marca que vende esmeraldas para as mulheres mais privilegiadas e famosas do mundo– ajudou na batalha contra a Covid-19 na província de Copperbelt, na Zâmbia.
A empresa por trás da maior mina de esmeraldas do mundo doou itens que incluíam desinfetantes, produtos de limpeza, máscaras e pôsteres de saúde pública ao Hospital Distrital de Lufwanyama. Semanas depois, a Kagem continuou a fornecer os itens essenciais necessários para impedir a disseminação do coronavírus, doando os mesmos itens à Clínica Nakana, bem como às escolas de Chapula, Kapila e Masasa.
O gesto faz parte da meta da mina em melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade na província de Copperbelt, na Zâmbia, onde, de acordo com a organização não-governamental Habitat for Humanity UK, 64% dos moradores vivem abaixo da linha da pobreza, ganhando menos de US$ 2 por dia, e mais de 40% da população está em extrema pobreza, com uma renda diária de US$ 1,40.
“Esses materiais ajudarão a impedir a disseminação do vírus e fornecerão à equipe médica ferramentas para combater esta doença”, disse Prahalad Kumar Singh, gerente-geral da Kagem, quando entregou a doação. “Demonstramos aqui que, com unidade e propósito, podemos combater a Covid-19.”
A mina a céu aberto fornece 25% a 30% da demanda de esmeraldas do mundo em termos de valor e volume, tornando-a o principal fornecedor de pedras preciosas de origem responsável. Com uma cadeia de fornecimento transparente, a empresa oferece empregos para os moradores locais e se dedica a ter responsabilidade social corporativa, financiando escolas, clínicas e cooperativas agrícolas na área. A mina de Kagem emprega cerca de 789 funcionários diretos, dos quais 726 são da Zâmbia, para um total de 1.169 funcionários. Mas, em vez de simplesmente fornecer trabalho aos nativos, a Kagem também fornece à comunidade acesso a empregos, educação e saúde.
Kagem and Gemfields helped fund The Chapula Secondary School in Lufwanyama district, which provides education for grades 1 through 11. The school opened in 2016 with just five students, before a campaign was launched to recruit more pupils.
Kagem e Gemfields ajudaram a financiar a Escola Secundária Chapula, no distrito de Lufwanyama, que fornece educação para as primeiras séries até o 3º ano ensino médio. A escola foi aberta em 2016 com apenas cinco alunos, antes de uma campanha para recrutar mais alunos ser lançada, e agora tem cerca de 389 alunos, mas a escola tem capacidade para 800 alunos. Em uma área onde a taxa de alfabetização é de 60%, a educação é essencial para o progresso. “Eles vêm de diferentes distâncias e lugares, alguns até 7 ou 8 quilômetros. Às vezes, leva uma hora e meia, 45 minutos ”, disse Mambe Hamududu, secretário do conselho educacional do distrito de Lufwanyama. “Às vezes, o atendimento é afetado por causa das distâncias, o que afeta o desempenho.”
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Sem a Kagem e a Gemfields, o acesso à educação poderia ser muito mais desafiador. “É muito, muito importante porque, como governo, não podemos estar em todo lugar”, disse ela. “E as escolas precisam do apoio dos pais, há uma necessidade de ter instituições aqui, para que os pais tenham a iniciativa de incentivar a educação, por isso é muito importante ter parceiros como a Kagem, porque sem eles, acho que essa escola não poderia ser do jeito é hoje, eles estão apoiando a escola, eles estão apoiando os professores.” Embora educação seja necessário, o governo não obriga que as crianças frequentem a escola. Além de seu trabalho na escola secundária de Chapula, a Kagem também financiou a construção de novos edifícios na Escola Primária de Chapula e a construção de acomodações para professores da Kapila Community School.
Agricultura
A Kagem também apoia a subsistência dos residentes da província de Copperbelt, financiando cooperativas agrícolas que cultivam produtos, grande parte dos quais é devolvida a Gemfields para ser usada em sua cafeteria para alimentar os trabalhadores de lá. Um grupo de mulheres agricultoras vestidas com brilhantes e vibrantes vestidos kitenge e lenços de cabeça devem sua vida à agricultura. “Este é um dos campos de nossos membros. Ele chega a algum lugar, mas por falta de água, não tivemos boas plantações na última temporada, e estamos aproximando deste riacho”, disse uma das mulheres. “É por isso que temos poucas colheitas. Normalmente, temos uma variedade de culturas. Ele fez isso aqui, mas em outro lugar temos várias culturas, como berinjela de pimenta verde, cereja verde, feijão verde, repolho –foi o que fornecemos à Kagem, mas por falta de água, tive que plantar algo que pudesse suportar o sol ou a seca.”
Saúde
As placas na parede da Clínica Nkana diziam: “Seja um pai solidário –leve seu filho para imunização até a unidade de saúde mais próxima” e “Garanta que seu neto esteja totalmente imunizado”. Antes da Kagem construir a Clínica Nkana (um conjunto de vários prédios de concreto equipados com todos os suprimentos médicos e camas de hospital necessários para tratar a comunidade local) as pessoas precisavam viajar por horas para receber atendimento médico. Kagem também construiu casas para os funcionários da clínica para permitir atendimento 24 horas por dia. “Foi muito inconveniente a equipe se mudar da cidade para vir aqui e atender os pacientes”, explicou Joseph Chilambwe, diretor sênior de assuntos corporativos da Kagem. Os moradores da área circundante podem dar à luz, receber tratamento para malária e até receber suprimentos para prevenir a Covid-19 na Clínica Nkana.
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No total, a Kagem gastou mais de US$ 2 milhões em projetos comunitários na província de Copperbelt, na Zâmbia, com, por exemplo, a adição de uma linha de eletricidade e a reabilitação de uma estrada de 20 quilômetros de Kandole à vila de Kafwaya, no distrito de Lufwanyama. Também está distribuindo US$ 345 mil para financiar a educação de 12 alunos que estudam nos departamentos de engenharia geológica e de mineração da Escola de Minas da Universidade da Zâmbia e da Universidade Copperbelt durante um período de oito anos.
Para a Kagem e a Gemfields, não se trata apenas de tirar as brilhantes pedras verdes da terra; também é sobre cuidar do ambiente, das comunidades locais e das pessoas que vivem nelas.
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