Ao conquistar o título de Wimbledon hoje (11), Novak Djokovic igualou o recorde de 20 títulos em Grand Slams de Roger Federer e Rafael Nadal. Fora da quadra, no entanto, eles não tiveram sucesso semelhante.
Djokovic, o jogador mais bem classificado do mundo, exibiu um tênis impressionante em uma vitória de 6-7 (4), 6-4, 6-4 e 6-3 na final em Londres contra o sétimo colocado, Matteo Berrettini. Djokovic, que já havia vencido o Aberto da Austrália e o Aberto da França este ano, conquistou o sexto título de Wimbledon de sua carreira – sem falar que deu um passo mais perto do primeiro Slam de Ouro (conquistado quando o atleta vence todos os quatro Grand Slams) do tênis desde Steffi Graf em 1988, e o primeiro no tênis masculino desde Rod Laver em 1969.
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O mais perto que Federer chegou dessa façanha foi vencer três dos quatro campeonatos – ele venceu todos, exceto o Aberto da França em 2004, 2006 e 2007. Nadal ficou de fora em 2010, após uma saída precoce em Melbourne. Djokovic realmente tem a chance de mostrá-los seu valor em duas ocasiões: com um triunfo na Olimpíada em três semanas, ele poderia alinhar um Slam de Ouro no mesmo ano, uma conquista anteriormente atingida apenas por Steffi.
Isso certamente reforçaria o caso já forte de Djokovic como o maior jogador de tênis masculino de todos os tempos. Um ponto importante a seu favor: o maior prêmio em dinheiro do ATP Tour, agora no valor de US$ 152,2 milhões, enquanto ele recebe um cheque de US$ 2,4 milhões de Wimbledon. Isso o coloca mais de US$ 20 milhões à frente de Federer e mais de US$ 25 milhões à frente de Nadal em suas carreiras.
Em termos de faturamento total, porém, o quadro não é tão favorável para Djokovic.
Desde que se tornou profissional em 2003, a estrela sérvia arrecadou mais de US$ 430 milhões, incluindo patrocínios e cachês por participação em eventos, além de prêmios em dinheiro. Isso não é nada para se desdenhar, mas ainda o deixa cerca de US$ 50 milhões atrás do total da carreira de Nadal.
A diferença está em seus patrocínios, principalmente nos primeiros anos de carreira. Embora Djokovic, de 34 anos, seja menos de um ano mais novo que Nadal, ele figurou pela primeira vez entre os dez primeiros no ranking da ATP em 2007, dois anos depois de Nadal, e conquistou seu primeiro Slam em 2008, três anos depois do espanhol. Djokovic mais do que eliminou a lacuna – seus US$ 142 milhões em ganhos fora das quadras nos últimos cinco anos superam Nadal em US$ 8 milhões – mas em 2011, quando Nadal estava coletando US$ 21 milhões em patrocínios e aparições, Djokovic caiu para US$ 7 milhões.
Federer, por sua vez, está em outro planeta. Com US$ 90 milhões em ganhos no último ano, a lenda suíça que logo completará 40 anos já ultrapassou US$ 1 bilhão em ganhos totais em sua carreira (descontando impostos e taxas de agentes). Ele é apenas o quinto atleta a atingir esse limite ainda competindo ativamente, depois de Tiger Woods, Floyd Mayweather, Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. A grande maioria desse dinheiro vem de uma carteira de patrocínios incomparável que atualmente inclui negócios com a Uniqlo, Credit Suisse, Rolex e Moët & Chandon. Na verdade, Federer teve o mais rico conjunto de acordos de patrocínio entre os atletas em todos os anos desde que Woods ocupou o trono em 2014.
Djokovic praticamente não tem chance de derrotar Federer, que continua sendo um queridinho dos anunciantes, mesmo quando luta para cumprir um cronograma consistente. Mas com o apoio de marcas como Lacoste, Peugeot, Ultimate Software Group e Asics, e com seu desempenho na quadra não mostrando sinais de escorregar, Djokovic tem muito tempo para aumentar sua pilha de dinheiro. Além disso, ele ainda pode pegar aquele ouro em Tóquio.
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