Cinco filmes e séries sobre o mundo jurídico para assistir no Dia do Advogado

Confira as indicações de Márcio Paulo, do @umfilmemedisse, de séries e filmes para assistir no Dia dos Advogados

Diana Lott

Emma McIntyre/Getty Images
Emma McIntyre/Getty Images

O ator Bob Odenkirk participa da cerimônia de premiação do Emmy, em 2019; ele foi indicado na categoria de “Melhor Ator” cinco vezes por seu papel como o advogado Saul Goodman na série “Better Call Saul”

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Advogados são figurinhas carimbadas nas grandes produções de Hollywood. De clássicos como “O Sol é Para Todos” (1962) a séries pop como “Suits” (2011), os profissionais do direito sempre tiveram lugar de destaque e protagonizaram cenas impactantes com longos discursos sobre a justiça.

Neste Dia do Advogado, a Forbes convidou o advogado Márcio Paulo, responsável pelo perfil “Um Filme me Disse” (@umfilmemedisse) no Instagram, para indicar as melhores séries e filmes sobre o mundo jurídico. Formado em direito pela UFRJ, Márcio atualmente trabalha como servidor no Ministério Público, além de produzir conteúdo sobre cinema para os seus mais de dois milhões de seguidores.

Veja, na galeria de fotos a seguir, as indicações do especialista.

  • Divulgação

    The Good Wife – Pelo Direito de Recomeçar (Now)

    Quando o assunto envolve produções jurídicas, é minha obrigação começar por aquela que, para mim, definiu um alto padrão no gênero.

    Seguindo um estilo procedural, esse no qual cada episódio conta uma história diferente, “The Good Wife” tem sua força em dois pontos principais: ao contar a história da advogada Alicia Florrick, que precisa dar a volta por cima e retomar a carreira jurídica depois que seu marido se envolveu em um escândalo de corrupção que o levou à cadeia, e ao fazer com que suas narrativas independentes se conectem em momentos muito maiores e inesquecíveis.

    Outro destaque é a forma como a produção consegue abordar temas relevantes da política estadunidense, misturando enredo e personagens fictícios com elementos reais dos acontecimentos do país.

    Por sua atuação na série, a protagonista Julianna Margulies venceu duas vezes o Emmy de melhor atriz de série de drama, considerado o prêmio de atuação mais importante da TV mundial.

    A série se encerrou após sete temporadas, mas “The Good Fight”, sua série derivada, está no ar ainda hoje e mantendo vários de seus personagens. Já fica a dica pra quem curtiu a série original.

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    Better Call Saul (Netflix)

    Falando em séries derivadas, certamente estamos aqui diante do mais bem sucedido caso de todos. Não é uma missão fácil ser um spin-off de “Breaking Bad”, considerada por muitos a melhor série de todos os tempos. Não sabendo que era impossível, “Better Call Saul” foi lá e fez!

    A produção, que até o momento já levou cinco temporadas ao ar, narra a jornada do até então desconhecido advogado de pequenas causas Jimmy McGill e em como ele se transformou no icônico Saul Goodman, seis anos antes da história original de “Breaking Bad”.

    A série terá sua última temporada em 2022 e é a escolha perfeita pra quem curte ótimas atuações e roteiros mais elaborados e complexos.

    Uma curiosidade interessante é o fato de que a série acumula incríveis 21 indicações nas principais categorias do Emmy, não tendo conseguir vencer nenhuma até o momento. Será que Saul, com suas conhecidas habilidades, vai dar um jeiitinho nisso na temporada final?

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    How To Get Away With Murder (Netflix)

    Essa aqui é provavelmente a grande queridinha de toda a lista, principalmente entre o público brasileiro. E não é de se estranhar, afinal quem não ama a genial Viola Davis?

    Criada por Shonda Rhimes, responsável também pelos sucessos “Grey’s Anatomy”, “Scandal” e “Bridgerton”, a série é focada na professora Annalise Keating, especialista em Direito Penal, e em sua relação com cinco de seus alunos que ela seleciona para estagiar em seu escritório. No entanto, tudo muda quando eles próprios se envolvem em um assassinato.

    A história, para além de uma narrativa envolvente, também se destaca por abordar temas sociopolíticos importantes e mergulhar de cabeça em assuntos como o racismo e o machismo.

    Pela série, Viola se tornou a primeira mulher negra a vencer o Emmy de melhor atriz em série dramática e fez um discurso sobre oportunidades que não só entrou pra história como parece ter surtido efeito, já que na última edição do prêmio vimos Zendaya, outra atriz negra, vencer o mesmo prêmio pela série “Euphoria”.

    A produção é perfeita pra quem curte grandes reviravoltas e um estilo mais novelão!

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    O Segredo dos Seus Olhos (Amazon Prime Video)

    Considerado por muitos um dos melhores filmes do século 21 (e eu concordo!), “O Segredo dos Seus Olhos” é um misto de drama jurídico e suspense que evidencia o porquê do cinema argentino ser tão querido em todo o mundo.

    Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e estrelado pelo onipresente Ricardo Darín, o longa conta a história de Benjamin, um recém-aposentado oficial de justiça, que está dedicando o seu tempo para escrever um livro acerca de uma tragédia que testemunhou 30 anos antes.

    Em uma alternância constante entre o passado e o presente, somos apresentados não só à intrigante investigação que envolve o misterioso assassinato de uma jovem, mas também a própria história de Benjamin e de sua relação com sua colega de trabalho (e antiga paixão) Irene.

    Um filme que irá te prender do começo ao fim e te brindar com uma das melhores reviravoltas da história do cinema. Queria desver só pra ser surpreendido novamente.

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    O Exorcismo de Emily Rose (Netflix)

    À primeira vista, a presença de um filme de terror na lista pode soar estranho, mas a construção da narrativa de “O Exorcismo de Emily Rose” é realmente inovadora.

    O longa conta a história do julgamento do caso de Emily Rose, uma menina que deixou uma pacata comunidade do interior para cursar a universidade. Sua vida muda quando começa a testemunhar frequentes eventos paranormais e, buscando uma solução, aceita se submeter a uma sessão de exorcismo, à qual não sobrevive.

    Acusado de assassinato, o padre responsável pela sessão é levado a julgamento e tem sua defesa assumida pela famosa advogada Erin Brunner, interpretada pela sempre excelente Laura Linney (que eu amo, de “Ozark”).

    Ao longo do julgamento, ciência, fé, razão e o próprio direito são colocados em perspectiva guiados pelos misteriosos eventos que continuam a cercar o caso.

    A história se baseia na história real de Anneliese Michel, uma jovem alemã, cujos pais foram acusados de homicídio após insistirem em sessões de exorcismo para que ela fosse curada.

    Além de excelente entretenimento, o filme nos marca por levantar debates relevantes que extrapolam a esfera jurídica. Fica a dica para os corajosos!

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The Good Wife – Pelo Direito de Recomeçar (Now)

Quando o assunto envolve produções jurídicas, é minha obrigação começar por aquela que, para mim, definiu um alto padrão no gênero.

Seguindo um estilo procedural, esse no qual cada episódio conta uma história diferente, “The Good Wife” tem sua força em dois pontos principais: ao contar a história da advogada Alicia Florrick, que precisa dar a volta por cima e retomar a carreira jurídica depois que seu marido se envolveu em um escândalo de corrupção que o levou à cadeia, e ao fazer com que suas narrativas independentes se conectem em momentos muito maiores e inesquecíveis.

Outro destaque é a forma como a produção consegue abordar temas relevantes da política estadunidense, misturando enredo e personagens fictícios com elementos reais dos acontecimentos do país.

Por sua atuação na série, a protagonista Julianna Margulies venceu duas vezes o Emmy de melhor atriz de série de drama, considerado o prêmio de atuação mais importante da TV mundial.

A série se encerrou após sete temporadas, mas “The Good Fight”, sua série derivada, está no ar ainda hoje e mantendo vários de seus personagens. Já fica a dica pra quem curtiu a série original.