Conhecida por oferecer conteúdos para a família, com um vasto acervo de desenhos e filmes infantis, a Disney decidiu que estava na hora de entrar na briga pelo público adulto. Com o sucesso do streaming Disney+, lançado nos Estados Unidos em 2019 e um ano depois no Brasil, a gigante do entretenimento teve a resposta que esperava do consumidor: a modalidade de transmissão online é um caminho sem volta.
Em agosto de 2021, a companhia divulgou ter chegado ao marco de 174 milhões de pessoas conectadas aos serviços do grupo em todo o mundo. O objetivo para os próximos anos também é otimista: chegar a 230 milhões de assinantes até 2024. Para conseguir cumpri-lo, o CEO Bob Chapek não esconde a estratégia de partir em busca de novas audiências. E foi assim, explorando os conteúdos adultos já pertencentes ao grupo, como o esporte na ESPN, que a Star+ nasceu.
“Existe no mercado um conteúdo muito bem-sucedido para audiências adultas. A Star+ será a casa desses tipos de histórias”, explica Hernán Estrada, general manager da Disney Brasil. Resumidamente, a ideia do novo streaming, que será lançado no dia 31 de agosto, é globalizar o catálogo do Hulu, um dos serviços de streaming mais populares da atualidade, que também é controlado pela Disney, mas opera apenas nos Estados Unidos. Ou seja, a Star+ é uma estratégia exclusiva para os países sul-americanos.
O conteúdo será focado na grade da ESPN, com eventos ao vivo das principais ligas e programas esportivos, mas também passará por séries, desenhos animados, filmes, documentários e produções originais Star+. “Sua chegada representará um serviço complementar ao Disney+ e consolidará a presença da Disney no mercado de streaming da América Latina”, diz Diego Lerner, presidente da The Walt Disney Company na região.
Segundo Estrada, a produção local também será um dos destaques da plataforma. “No momento, temos cerca de 65 produções originais locais acontecendo – todas elas com talentos latinoamericanos.” A biografia “O Rei da TV”, que vai contar a história de Silvio Santos, e o filme de comédia “How To Be a Carioca”, escrito e supervisionado artisticamente pelo diretor brasileiro de animação Carlos Saldanha, são alguns dos destaques divulgados. Além, é claro, dos títulos já consagrados e conhecidos pelo público, que também terão espaço no streaming, como “The Walking Dead” e “This is Us”.
“O que está no Disney+ vai continuar lá. As pessoas podem ficar tranquilas quanto a isso. A Star+ é focada em conteúdo adulto, então nosso objetivo é dar oportunidade para que o consumidor tenha o poder de decidir tudo”, completa Estrada. Para aqueles que querem os dois serviços, haverá o plano Combo+, com uma economia de 25% sobre os valores individuais das plataformas (R$ 45,90).
Para o general manager da companhia, o caminho para conquistar novos clientes não passa pelo preço competitivo. Na média do mercado, ele espera ter sucesso a partir do conteúdo oferecido. “Em 2021, o valor não é mais o bastante para definir a escolha do consumidor. Por isso investimos tanto em uma proposta diferenciada.” Em uma sociedade ainda acostumada a assistir futebol na televisão, seja em canais abertos ou fechados, a proposta da Star+ é oferecer um conteúdo esportivo diário e completamente inovador no mercado de streamings.
“Essa indústria explodiu e se tornou o nosso futuro, nosso principal ponto de contato com a audiência”, destaca Estrada. “Então, é o consumidor que vai decidir o que ele gosta e qual serviço assinar. Por isso, para nós, o que é verdadeiramente importante é a qualidade das nossas histórias, tanto para o público infantil quanto para o adulto.”
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