Por Dave Sherwood
HAVANA (Reuters) – O monopólio estatal de charutos de Cuba, Habanos S.A., disse nesta quarta-feira que registrou vendas recordes de seu famoso charuto enrolado à mão em 2021, recuperando-se muito bem após dois anos de desaceleração provocada pela pandemia.
Restrições a viagens em 2020 devido ao coronavírus haviam sido um golpe duro à demanda de países que dependem do turismo, e também às vendas em free shops de aeroportos ao redor do mundo, reduzindo as receitas.
Mas a Habanos declarou um crescimento de 15% nas suas receitas em comparação ao ano anterior, segundo um comunicado em seu site, no momento em que programas de vacinação começam a ter efeito e com parte das viagens globais sendo retomada.
Charutos cubanos enrolados à mão, que incluem marcas como Cohiba, Montecristo e Partagas, são considerados por muitos os melhores do mundo.
A boa notícia sobre a venda de charutos, um dos principais produtos de exportação do país comunista, é um raro ponto positivo para a economia cubana, atingida pela pandemia e sanções mais rígidas dos Estados Unidos.
A fabricante de charuto cubano disse que Espanha, China, Alemanha, França e Suíça são os principais mercados para o seu produto.
A ilha no Caribe não pode vendê-lo no maior mercado mundial de charutos, os Estados Unidos, por causa do embargo comercial norte-americano que já dura décadas.
(Reportagem de Dave Sherwood)