As férias estão chegando e a Disney World acaba de aumentar os preços dos seus ingressos pela primeira vez desde o início da pandemia.
O Walt Disney World anunciou essa semana que, além de maiores preços dos ingressos de um dia, agora eles serão específicos para cada parque pela primeira vez. Desde 2019, a entrada custava para adultos de US$ 109 a US$ 159 (R$ 580 a R$ 845, na cotação atual), independentemente do parque visitado.
A partir de 8 de dezembro, um ingresso para o superpopular Magic Kingdom, o chamado “Lugar Mais Feliz da Terra”, começará em US$ 124 (R$ 660) por dia fora dos horários de pico e subirá para US$ 189 (R$ 1.000) por dia durante o período de férias próximo ao Natal e Ano Novo.
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Um dia no Hollywood Studios, que abriga a terra Star Wars: Galaxy’s Edge, agora custará entre US$ 124 e US$ 179 (R$ 660 e R$ 950). Os ingressos para o Epcot custarão de US$ 114 a US$ 179 (R$ 605 a R$ 950). O único parque em que a faixa de preço de US$ 109 a US$ 159 não aumentará é o Animal Kingdom.
Dependendo das datas da viagem, uma família de quatro pessoas – digamos, dois pais e gêmeos de 10 anos – agora pode pagar até US$ 756 (R$ 4.000) por dia para férias na Disney World, sem incluir hospedagem, refeições, transporte ou compras.
Desde a introdução de preços dinâmicos em 2018, a Disney cobra menos durante os dias e horários fora do pico e mais nos fins de semana, férias escolares e feriados. Para conseguir os ingressos mais baratos, uma família precisaria agendar a visita para dias de semana, durante o ano letivo.
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Mas até agora, não importava qual parque era visitado em determinado dia. Isso está mudando. Para economizar alguns dólares, as famílias experientes terão que trabalhar o calendário, por exemplo visitando o Magic Kingdom durante a semana e deixando o Animal Kingdom para os fins de semana.
OTIMISMO FINANCEIRO DA DISNEY
O aumento dos preços é um sinal das perspectivas otimistas da Disney seguindo uma excelente recuperação, levando em consideração que no verão de 2021 a maioria dos seus parques temáticos estava funcionando com capacidade reduzida devido à pandemia.
A receita do terceiro trimestre deste ano para a divisão de parques, experiências e produtos da Disney aumentou mais de US$ 3 bilhões e a receita operacional aumentou US$ 1,8 bilhão em comparação com o mesmo período de 2021. O aumento foi impulsionado por saltos no número de visitantes dos parques temáticos e mais reservas feitas nos hotéis e cruzeiros da companhia.
A forte demanda e os preços premium continuaram a alimentar a significativa receita ano a ano da Disney e seu crescimento da receita operacional, disse a CFO da empresa, Christine McCarthy, na semana passada. “Os gastos per capita permaneceram fortes, aumentando 6% em relação ao quarto trimestre do ano fiscal de 2021 e quase 40% em relação ao ano fiscal de 2019, refletindo a popularidade contínua de ofertas premium”, disse ela.
Olhando para o ano fiscal de 2023, “ainda estamos vendo uma demanda robusta em nossos parques e antecipando uma forte temporada de festas no primeiro trimestre”, disse McCarthy.
Os especialistas costumam ver os parques temáticos da Disney como indicadores econômicos, como o “Financial Times” explicou há vários anos. A teoria é que, quando os orçamentos apertam, as famílias cancelam as viagens aos parques temáticos da Disney. Isso não parece estar acontecendo agora.
Mas, caso os EUA entrem em recessão, a Disney tem um plano. “Em comparação com a última vez que tivemos uma desaceleração na economia para gerenciar nossos parques, hoje temos mais ferramentas e alavancas comerciais disponíveis. Uma das mais óbvias é o desconto”, disse a CFO. “Isso é algo que usamos no passado e continuaremos a usar porque é uma alavanca eficaz para gerenciar rendimento.”
Em outras palavras, se os tempos ficarem mais difíceis, os fãs da Disney devem ficar de olho em uma boa promoção.