Faltam apenas dois episódios para o fim da quarta e última temporada de “Succession”, e tanto os fãs quanto a equipe de criação e produção da série da HBO não estão exatamente prontos para se despedir da família Roy de uma vez por todas.
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Kieran Culkin, que interpreta Roman Roy, compartilhou com a Forbes algumas das primeiras conversas que teve com o criador da série, Jesse Armstrong, durante a pré-produção da última temporada.
“Ele basicamente me explicou como seria toda a temporada e eu pensei: ‘Isso parece o fim’. E ele disse: ‘Sim, ou… e então ele soltou três ideias diferentes do que a quinta temporada poderia ser’. Eu disse que parecia ótimo. Depois passamos por isso – fizemos a leitura dos 10 episódios [da quarta temporada] e então [Armstrong] disse que era o fim. Parece que poderia haver mais, mas também parece que poderia ser o fim. Ambos parecem certos”, afirmou Culkin.
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Ao longo das quatro temporadas, Culkin interpretou o filho um tanto franco e frequentemente sarcástico do super empresário Logan Roy, fundador, principal acionista e CEO do império de mídia – de direita – e entretenimento Waystar Royco. Desde a estreia da série, em 2018, me perguntei se Culkin havia baseado seu personagem em uma pessoa real, algum integrante dessas famílias cheias de poder e privilégios.
“Isso não funciona no que faço. Acho que o processo que tenho na minha profissão sempre muda, mas não gosto disso. Não gosto do externo. Nem mesmo gosto de figurino, queria poder fazer tudo de camiseta e jeans. Não quero pensar nessas coisas, porque isso não me ajuda. Se eu tentar usar alguém como material de origem, parece que estou trabalhando de fora para dentro”, afirma Culkin.
O ator de 40 anos ainda disse que fez questão de não pesquisar nem basear seu personagem em alguém da família Murdoch, proprietária da Fox Corporation. Culkin disse que havia algo no texto de Succession que inicialmente o tocou quando se juntou ao elenco, acrescentando que acha melhor que o desenvolvimento de Roman tenha vindo de “alguma verdade própria”.
Ator desde a infância, primeiro interpretando o primo de seu irmão de verdade, Macaulay Culkin, na comédia natalina “Esqueceram de Mim” (1990), seguido de um jovem adulto em filmes como “Igby Goes Down” (2002) e “Scott Pilgrim Contra o Mundo” (2010), Culkin respondeu como suas experiências na série da HBO têm sido diferentes de seus projetos anteriores.
“Tem sido muito único, em termos de como fazemos o trabalho – como o apresentamos é completamente diferente. Há muita liberdade. Você não está restrito a nada. Nunca funcionou assim em nenhum outro lugar. É uma mudança enorme – não sei se é assim que vou abordar o trabalho daqui para frente ou se é apenas essa maravilhosa e pequena bolha da forma como trabalhamos na série. Não tenho certeza”, afirmou.
Culkin ainda explica que criou um senso de família com seus colegas de elenco fora das telas, mas que, entre as filmagens, como todos moram tão longe uns dos outros, acabam voltando às suas próprias vidas, incluindo Culkin com seus filhos. Ao recordar os últimos dias de filmagem de “Succession”, ele teve um momento para refletir sobre o vínculo que construiu com seu colega de elenco e irmão nas telas Alan Ruck, o Connor da série.
“Houve um dia em que Brian [Cox], Alan, Justine [Lupe] – alguns atores fizeram todas as suas últimas cenas no mesmo dia e foi brutal. Em particular, Alan foi como um soco no estômago porque ele é uma das pessoas mais adoráveis – tão divertido para trabalhar, acho que é um parceiro de cena incrível e um talento subestimado. Ter aquele sentimento de ‘Meu Deus, ele finalizou’ me fez chorar como um bebê e o abraçar.”
Ao final da conversa com Culkin sobre seu tempo em “Succession”, ele reservou um momento para resumir o relacionamento – longe de ser perfeito – entre os irmãos Roy e o que acredita ser a única coisa que os manteve juntos ao longo dos anos.
“Eles precisam dos negócios. Precisam da Waystar para se reunirem, porque caso contrário, eles não vão se encontrar para almoçar. Eles não vão apenas sair juntos. Roman não vai ligar para Kendall e dizer ‘Quero sair com seus filhos. Como eles estão?’. Eles precisam dos negócios e do drama que os envolve para que possam sair e passar tempo juntos, porque não sabem como dizer ‘Ei, te amo. Vamos se ver!'”
Veja 10 locações de “Succession” que podem ser visitadas:
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HBO Peter McManus Café e Maru Karaoke Lounge, em Nova York
No segundo episódio da nova temporada, depois do fiasco de seu ensaio de casamento, Connor quer afogar as mágoas com apenas duas coisas: um bar “de verdade, com pessoas trabalhadoras” e um karaokê.
A primeira parada rende um dos momentos mais cômicos até agora na série, com os irmãos tentando fingir normalidade em um bar muito abaixo do padrão que estão acostumados – até temendo pela condição sanitária do local (só bebida enlatada, por favor). Realizando o pedido de Connor, a cena foi mesmo gravada em um bar de verdade, o Peter McManus Café, um dos mais antigos de Nova York, na 7ª Avenida.
Mas a pose de “gente como a gente” acaba logo que partem para o karaokê, nada singelo. O ambiente descolado, com clima de balada noturna e luzes neon, está repleto de jovens modernos, com suas taças de champanhe. Na sala privativa dos Roy, palco de uma das cenas mais fortes de Logan com os filhos, garrafas da bebida estão por toda parte.
O local é o Maru Karaoke Lounge, em Nova York, que funciona como um bar, lounge e karaokê no bairro de Koreatown. Quem quiser ter a mesma experiência que Roman, Connor, Kendall e Shiv pode reservar uma sala para até 12 pessoas, com três champanhes, por US$ 790 (em torno de R$ 3.900).
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Divulgação Restaurante Jean-Georges, em Nova York
Cenário do ensaio de casamento de Connor antes dos irmãos partirem em um rolê pela cidade para consolá-lo. O restaurante do chef francês Jean-Georges Vongerichten, com duas estrelas Michelin e nota máxima do ‘The New York Times”, fica no lobby da Trump Tower, em Manhattan. Por lá, são servidos pratos de alta gastronomia com influências francesas, norte-americanas e asiáticas – com um menu degustação de seis passos no valor de US$ 268 (R$ 1.300) por pessoa.
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HBO The Shed, em Nova York
Entre as megalomanias dos Roy, uma das mais mais exageradas foi a festa de aniversário de 40 anos de Kendall na terceira temporada. A extravagância foi filmada no The Shed, espaço de artes e centro cultural construído no Hudson Yards, que foi transformado pela série para incluir todos os pedidos excêntricos do aniversariante (como uma casa na árvore). Na vida real, quando nenhum bilionário está ocupando o ambiente, ele fica aberto para o público com apresentações e exposições de artistas – a mostra da fotógrafa Cláudia Andujar sobre o povo Yanomami esteve em cartaz recentemente.
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Manuel Zublena Villas Cetinale, La Foce e La Cassinella, na Itália
Na terceira temporada, o clã vai à Toscana para o casamento da Caroline, ex-mulher de Logan Roy e mãe de três de seus filhos. Durante a estadia italiana, três propriedades aparecem – e elas podem ser alugadas na vida real.
O pano de fundo para a cerimônia é a Villa Cetinale, uma propriedade de estilo barroco do século 17. Originalmente construída para o papa Alexandre VII, tem 13 quartos e jardins extensos. Bilionários da vida real se hospedam por lá, a um custo a partir de US$ 54 mil (R$ 272 mil) por semana.
A Villa La Foce, propriedade histórica de 1.400 hectares e capacidade para 24 convidados, hospeda parte dos Roy. Construída no final do século 15, fica entre as colinas do vale d’Orcia e está disponível para casamentos, reuniões familiares e outros eventos.
Já a Villa La Cassinella, nas margens do Lago de Como, é a propriedade fictícia do empresário Lukas Matsson, que negocia com os Roy uma possível aquisição. A Villa tem nove quartos, dez banheiros e hóspedes que chegam exclusivamente de barco (como Roman fez para se encontrar com Matsson), já que a casa fica em uma península particular que não pode ser acessada por estradas. Na vida real, afortunados podem alugá-la por US$ 100 mil (R$ 500 mil) por semana.
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Divulgação Whiteface Lodge, Lake Placid, em Nova York
A conferência de negócios Argestes, que se passa na segunda temporada e conta com a presença de todos os Roy, tem como cenário esse hotel nas montanhas de Adirondack, no estado de Nova York.
O Whiteface Lodge é um resort de estilo palaciano, todo feito de madeira, que inclui vários chalés – entre eles, um presidencial de 290 m² –, três restaurantes, um spa, espaço de cinema e boliche, entre outras atrações. Diárias partem, em média, de R$ 1.500 e podem ultrapassar os R$ 6.000, dependendo da acomodação.
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HBO Korčula, na Croácia
A segunda temporada termina com os Roy tirando férias em família no litoral da Croácia. Antes de navegarem pelo Mar Adriático a bordo de um iate de luxo de 279 pés, o clã passa pela ilha de Korčula, considerada Patrimônio Mundial da Unesco, onde visitam o centro histórico, a Catedral de São Marcos e o restaurante à beira-mar Cupido.
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Divulgação Six Flags Great Escape, em Nova York
As sequências nas quais a série se passa em Brightstar, um dos parques de diversão da Waystar Royco – onde a família comemora o aniversário de uma criança e Greg trabalha antes de conseguir um cargo executivo na empresa, por exemplo –, são filmados no Six Flags Great Escape, em Queensbury, no interior do estado de Nova York.
Peter McManus Café e Maru Karaoke Lounge, em Nova York
No segundo episódio da nova temporada, depois do fiasco de seu ensaio de casamento, Connor quer afogar as mágoas com apenas duas coisas: um bar “de verdade, com pessoas trabalhadoras” e um karaokê.
A primeira parada rende um dos momentos mais cômicos até agora na série, com os irmãos tentando fingir normalidade em um bar muito abaixo do padrão que estão acostumados – até temendo pela condição sanitária do local (só bebida enlatada, por favor). Realizando o pedido de Connor, a cena foi mesmo gravada em um bar de verdade, o Peter McManus Café, um dos mais antigos de Nova York, na 7ª Avenida.
Mas a pose de “gente como a gente” acaba logo que partem para o karaokê, nada singelo. O ambiente descolado, com clima de balada noturna e luzes neon, está repleto de jovens modernos, com suas taças de champanhe. Na sala privativa dos Roy, palco de uma das cenas mais fortes de Logan com os filhos, garrafas da bebida estão por toda parte.
O local é o Maru Karaoke Lounge, em Nova York, que funciona como um bar, lounge e karaokê no bairro de Koreatown. Quem quiser ter a mesma experiência que Roman, Connor, Kendall e Shiv pode reservar uma sala para até 12 pessoas, com três champanhes, por US$ 790 (em torno de R$ 3.900).