Com início marcado para este domingo (13), o 26º Festival de Cinema Judaico é uma boa dica para quem estiver por São Paulo até o dia 20 de agosto.
Já consagrada no calendário cultural da cidade, a mostra acontecerá no Teatro Arthur Rubinstein do clube Hebraica, com capacidade para 520 pessoas. Por lá, o público poderá conferir obras relacionadas ao judaísmo e Israel por diferentes ângulos, com 17 filmes de vários países – como Brasil, EUA, França, Alemanha, Holanda e até Ucrânia.
“Tivemos uma ótima safra de filmes neste ano para fazer as escolhas da programação. Chegamos a uma pluralidade de ideias, com diferentes interpretações de temas importantes, que despertam o espírito crítico das pessoas e nos levam a fazer questionamentos”, afirma o CEO da Hebraica e diretor-geral do festival, Gaby Milevsky.
A curadoria é de Daniela Wasserstein, que tentou trazer para esta edição uma maior variedade de gêneros e estilos. “Temos comédias românticas e reflexões da sociedade contemporânea em geral, como o antissemitismo crescente, racismo, tolerância, violência contra mulheres e empoderamento feminino”, diz ela.
Para a noite de estreia, no domingo, a escolha foi o francês “O Homem no Porão”, também exibido na abertura do Festival de Cinema Judaico de Toronto. Dirigido por Philippe Le Guay, o filme trata do revisionismo histórico e do Holocausto, quando um casal vende o porão de seu imóvel e passa a lidar com o novo morador, que se revela um antissemita negacionista.
Já o encerramento será por conta do aguardado longa “Golda – A Mulher de uma Nação”, que mostra os acontecimentos da Guerra do Yom Kippur, em 1973, sob o ponto de vista da ex-primeira-ministra israelense Golda Meir – interpretada pela atriz ganhadora do Oscar Helen Mirren.
Um dos representantes do Brasil na mostra será o filme “As Órfãs da Rainha”, ficção ambientada no período em que a Inquisição chega ao Brasil, da cineasta Elza Cataldo.
Outros destaques do 26º Festival de Cinema Judaico incluem o documentário “Nisman, a Vítima 86”, a comédia “iMordecai” (eleito o melhor filme pelo público do Miami Jewish Film Festival em 2022) e “Matchmaking”, uma adaptação do clássico “Romeu e Julieta” envolvendo israelenses ortodoxos, que tiveram o casamento arranjado.