Foi com apenas 14 anos que o escocês John Walker resolveu empreender. Depois de ficar órfão de pai e receber um pouco de dinheiro da venda da fazenda da família, o jovem decidiu investir em uma pequena mercearia em Kilmarnock, a 40 quilômetros da cidade de Glasgow. O que ele não sabia na época era que o empreendimento, com experiências com o malte, seria um sucesso tão grande e duradouro. Dois séculos depois, seu nome virou o símbolo de um dos whiskies mais vendidos do mundo.
Para celebrar o legado de 200 anos, a destilaria escocesa Johnnie Walker fez uma coleção exclusiva de rótulos Blue Label, sua linha mais premium, junto ao artista digital Luke Halls – parceria que finalmente chega ao Brasil.
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Batizadade “Cities of the Future”, a edição limitada de garrafas traz ilustrações futuristas de como serão algumas das cidades mais simbólicas do mundo (como Londres, Cidade do México e Seul) daqui a dois séculos. A mais especial delas, no entanto, não é desse planeta: o destino escolhido é Marte, que é retratado como um local habitado em 2220.
A versão de “Mars” visualiza a humanidade como uma civilização multiplanetária, com colônias no planeta vermelho. Ela desembarca em terras brasileiras na próxima segunda-feira (23) a R$ 1.559 por garrafa – disponível no e-commerce oficial da Diageo, o The Bar.
A coleção completa da Johnnie Walker conta com 10 rótulos, e além da roupagem estilizada, traz uma iniciativa adicional focada em proporcionar experiências e interatividade: a tecnologia NFC (Near Field Communication).
“Para nós não se trata apenas da bebida e do consumo, mas sim integrar o lifestyle de nosso público-alvo. Queremos estar presentes em suas memórias e conversas cotidianas, proporcionando novas sensações e vivências. Cities of the Future nasceu desse desejo, proporcionar o gostinho de se viver daqui 200 anos, refletindo também nosso interesse e compromisso como marca em percorrer mais dois séculos”, conta Manoela Mendes, diretora do portfólio premium da Diageo.
Veja 8 dicas para aproveitar ao máximo a sua experiência com o whisky:
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Getty Images Faça a lição de casa
Pesquisar sobre o que está no copo é um dos passos básicos para entender a bebida e, aos poucos, conhecer mais sobre características que diferenciam os whiskies (e quais agradam mais seu paladar). “Leia o rótulo, procure saber a graduação alcoólica dele, se é escocês e de qual região , se é bourbon, se é rye”, diz o bartender Ale D’Agostino, que já deu cursos sobre o destilado. Claro, tudo depende da ocasião. Em uma festa, por exemplo, você provavelmente não vai parar para “estudar” a garrafa. Mas, em casa, pode fazer sentido começar dessa forma o ritual de beber.
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Getty Images Deixe gotas de água “abrirem” o whisky
“Em uma degustação analítica, o ideal é você tomar o whisky puro, em temperatura ambiente, e depois pingar um pouco de água”, conta Porto. “Assim as moléculas hidrossolúveis se agrupam trazendo um aroma mais frutado.”
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Unsplash Saiba que o gelo altera o paladar (mas o paladar é seu)
Segundo Porto, quando profissionais buscam extrair informações sensoriais sobre a bebida, evitam colocar gelo no copo. Isso porque fica difícil controlar a taxa de diluição, além de a baixa temperatura mudar a percepção do paladar, deixando, por exemplo, o amargo mais perceptível que o doce.
Mas, se você gosta de tomar seu whisky com gelo, fique à vontade. Nesse caso, o especialista recomenda utilizar, de preferência, uma pedra grande de gelo cristalino. “A ideia é que ele demore mais para diluir e que seja o mais neutro possível, para trazer menos água e não alterar o sabor com minerais.”
Já Alexandra Corvo, fundadora e professora no Ciclo das Vinhas Escola do Vinho, deixa uma lasquinha de gelo flutuando sobre a bebida justamente para diminuir um pouco a temperatura e tornar as moléculas de álcool menos voláteis. “Isso vai ajudar na percepção aromática”, diz ela. “Porque o whisky, diferentemente do vinho, tem muito álcool – é a primeira coisa que vai bater quando você o cheira durante uma degustação. E essa técnica ajuda a driblar isso.”
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Getty Images Prove em diferentes copos
O copo próprio para degustação profissional não é o tumbler grande e baixo mais comumente associado ao whisky. “O melhor para isso é a taça ISO, uma pequena taça de vinho fortificado ou o Glencairn, copo oficial de degustação de whisky desenvolvido pela Glencairn Company, na Inglaterra”, diz Maurício Porto. “O importante é que tenha a borda de cima mais estreita do que o bojo, pois assim reúne os aromas, e não os dispersa.”
Já Alexandra Corvo sugere utilizar uma taça de vinho média, como as de vinho branco. E Ale D’Agostino opta mesmo pelo tumbler: “Eu gosto de copo baixo. Salvo nos coquetéis, porque alguns vão em copo longo.” -
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Getty Images Deguste como um profissional
Maurício Porto indica os passos: “Sirva a bebida e sinta o primeiro aroma sem girar como um vinho, pois o whisky volatiliza demais (se quiser girar para observar a textura, faça isso devagar com o pulso); dê um gole, tente identificar o sabores, espere um pouco, faça novamente a análise olfativa e, depois, dê mais um gole”.
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Getty Images Deixe o tempo agir
Perceba como a bebida vai mudando no copo. “Muitas vezes, quando o whisky é servido, está muito fechado, defumado e apimentado. Ao longo do tempo, se desenvolvem aromas diferentes, como o cítrico”, diz o especialista.
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Getty Images Combine com comida
Uma harmonização clássica é queijo azul (como gorgonzola e stilton) com whisky defumado. Fica genial”, recomenda Porto. “Outra combinação legal são whiskies levemente defumados com frutos do mar, com ostras e mariscos. E os mais leves funcionam muito bem com comida japonesa.”
Algumas possibilidades envolvendo a bebida e comida japonesa poderão ser provadas no evento “The House of Suntory Experience – The Nature and Spirit of Japan”, de que Porto é consultor. Entre 25 e 28 de maio, o projeto oferece uma série de jantares unindo gastronomia, coquetelaria, arte e tecnologia multimídia na Japan House, em São Paulo. -
Unsplash Transforme em cocktail
“Prefiro usar whiskey americano, bourbon ou rye, para coquetéis, porque o escocês, quando é muito turfado, acaba se sobrepondo demais no cocktail”, diz Ale D’Agostino. “Mas existem cocktails em que você usa whisky escocês justamente pelo defumado, que é o caso do Penicillin (com limão siciliano, mel e gengibre). O Whisky Sour (com limão siciliano, açúcar, bitter e clara de ovo) funciona tanto com um bourbon como com um whisky mais simples com escocês. Às vezes misturar funciona bem também. No Old Fashioned (com açúcar e bitter) fica interessante colocar só um pouco de whisky escocês para dar um defumado leve e equilibrar com bourbon.”
Faça a lição de casa
Pesquisar sobre o que está no copo é um dos passos básicos para entender a bebida e, aos poucos, conhecer mais sobre características que diferenciam os whiskies (e quais agradam mais seu paladar). “Leia o rótulo, procure saber a graduação alcoólica dele, se é escocês e de qual região , se é bourbon, se é rye”, diz o bartender Ale D’Agostino, que já deu cursos sobre o destilado. Claro, tudo depende da ocasião. Em uma festa, por exemplo, você provavelmente não vai parar para “estudar” a garrafa. Mas, em casa, pode fazer sentido começar dessa forma o ritual de beber.