Há mais de um século dedicada ao design, fabricação e comercialização de louças e metais, a Roca mistura tradição com conhecimento e sua paixão pela inovação com respeito ao meio ambiente. Não à toa, conquistou a proa no segmento. Com 76 fábricas e atuação em 170 países, é referência absoluta na Europa, América Latina e Índia – o que a posiciona como líder mundial do setor. Inaugurado no final de 2023 em São Paulo, a primeira galeria Roca das Américas é um espaço voltado ao relacionamento com o mercado, com as pessoas e com a cidade propriamente dita. “Muito mais do que um lugar para apresentar nossos produtos, o Roca São Paulo Gallery surgiu como uma forma de nos comunicarmos com o público especificador e a sociedade”, explica Marc Viardot, Diretor Global de Marketing & Design do Grupo Roca sobre o projeto que nasceu há 10 anos e que conta com prédios em Barcelona, Madri, Lisboa, Londres, Xangai e Pequim.
O case em São Paulo tem arquitetura projetada por Fernanda Marques, profissional que carrega na bagagem prêmios como o iF Design, The International Property, Red Dot Design e AD Awards. Com o feito, Fernanda consolida representatividade, diversidade e inclusão – ela passa a ser a segunda mulher no planeta a encabeçar o projeto já que, antes dela, havia apenas a vencedora do Pritzker Zaha Hadid assinando o Roca London Gallery.
O Roca São Paulo Gallery ocupa uma área de 1.300 m² e é composto por três blocos com arquiteturas distintas e complementares que representam cada uma das marcas do Grupo no Brasil – Roca, Celite e Incepa. O layout, sem divisórias fixas entre indoor/outdoor, promove a convivência em uma área que pode ser completamente moldada de acordo com o evento que recebe, com estrutura tecnológica. No perímetro, o projeto paisagístico é assinado por Alex Hanazaki, com jardim que imprime consonância com o espaço e seu entorno, a exemplo da praça que a empresa adotou e do painel de autoria de Roberto Burle Marx. De acordo com Hanazaki, sua concepção está centrada em três pilares: continuidade, amplitude e destaque à obra arquitetônica. Um novo polo multiúso (e multimídia), no compasso da tradição de mais de 100 anos e da evolução dos próximos 100 – e contando.
Design & Desígno: uma vocação cultural
Quem passa pela Avenida Brasil, endereço imprescindível de São Paulo desde a era dos Barões do Café, fica instigado pelo volume horizontal vítreo que compõe a fachada – portentoso, contemporâneo, sóbrio, sem as nuances comerciais caras aos showrooms. Se já há algo de etéreo no ar, com as “tatuagens” naturais no frontão, do lado de dentro, a surpresa é ainda maior com a fachada interna serigrafada a partir de uma imagem de floresta da fotógrafa Vivi Spaco, que faz as árvores desenharem suas silhuetas no chão, conforme a luz do sol incide, até emendar nas grandes manchas verdes que estabelecem poucos limites entre indoor e outdoor. À noite, com a iluminação, o cubo parece ainda mais mágico. Um oásis cravado num dos venues mais agitados da cidade.
Com cara, conteúdo e atitude de galeria de arte, o Roca São Paulo Gallery é muito mais do que um espaço expositivo dos produtos, propondo uma experiência panorâmica e sensorial com as peças da marca, assinadas pelos maiores criativos do planeta, dos brasileiros Ruy Ohtake, Fernanda Marques e João Armentano, a pontos cardeiais internacionais como David Chipperfield, Gabriele & Oscar Buratti, Toni Clariana, Carlos Ferrater e Antonio Bullo. Para quem curte o cross branding entre moda e arquitetura, há também produtos sob o selo Armani. Além de receptáculo para instalações-artsy, o espaço está pronto para receber ativações, simpósios, eventos e outras manifestações culturais de seu tempo. Tão atemporal quanto a marca centenária que o habita.
“A vegetação age como elemento definidor da fachada e molda o espaço interior do Roca São Paulo Gallery e a própria dinâmica de exposição dos produtos. Como em um santuário, com essa enorme caixa de vidro, pretendo sugerir estarmos diante de um bem precioso e delicado que justifica toda nossa atenção, criando o cenário ideal para ser um respiro para a cidade.” Fernanda Marques, autora do projeto.
“A promoção de um projeto comercial de grande impacto estético promove visibilidade aos setores do paisagismo, arquitetura e design. Enquanto arquiteto paisagista, foi a ocasião perfeita para desafiar-se e romper os limites do convencional.” Alex Hanazaki, autor do paisagismo.
Ona: a experiência que seduziu Milão, agora no Brasil
Atenta aos movimentos globais e liderando o segmento no mundo, a Roca surpreendeu no Fuorisalone 2023 – evento que acontece na órbita do Salone del Mobile de Milano durante a temporada de design mais expressiva do calendário internacional, com uma instalação imersiva da coleção Ona, que batiza exposição homônima, agora em cartaz no Roca São Paulo Gallery, com entrada franca.
Inspirada na arquitetura e no estilo de vida mediterrâneos (extremamente cosmopolita, fundamentado em bem-estar e relação intrínseca com a natureza), a instalação oferece uma experiência impactante ao espectador, onde dunas de areia sob aquedutos cenográficos discutem plasticidade e meio ambiente com grande efeito visual – e fonte de inspiração inesgotável para os profissionais. Não perca!
Por uma metrópole mais oxigenada
Brotando quase que organicamente dos jardins de ares babilônios, em atmosfera fresh e oxigenada que destaca os volumes arquitetônicos, o Roca São Paulo Gallery sopra uma brisa poética nos visitantes ao operar com poucos compartimentos entre dentro e fora, quase como as árvores superdimensionadas que compõem a segunda pele das vitrines. Bastante gráficas, as espécies vegetais selecionadas para a porção frontal do projeto utilizando diferentes texturas, cores e escalas, reforçam o shape purista das edificações, cada qual estabelecido com funções expositivas ora mais conceituais/ora mais objetivas. Nos interiores, a escolha de plantas tropicais densas e volumosas teve como intenção proporcionar a fluidez na transição dos espaços (amparados pelo melhor do design contemporâneo em móveis e acessórios essencialmente autorais) e promover as sensações de amplitude, conforto e acolhimento. De qualquer ponto de observação, seja da entrada ao atrium, passando pelo pátio interno, a sensação é a de estar em algum lugar idílico, bem longe das atribulações da metrópole.
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