Minha reação depois do desfile da Louis Vuitton? Fiquei sem palavras. Nicolas Ghesquière foi aplaudido de pé, e efusivamente, ao fim da apresentação montada no Cour Carrée do Louvre, lugar onde ele apresentou seu primeiro desfile como diretor criativo da maison, substituindo Marc Jacobs, em 2014.
A apresentação que fechou a Semana de Moda de Paris foi uma celebração dessa primeira década do estilista à frente da marca – ele tem um contrato para mais cinco anos. Sob a gestão Ghesquière, a Louis Vuitton ficou mais dinâmica, entregou peças-desejo coleção após coleção e fez bonito no red carpet.
Os looks do inverno 2024/25 ficam entre o esportivo e o minimalista, entre o futurista e o glamouroso. Tem volume, assimetria, brilho, tecidos tecnológicos, alfaiataria e babados. Seriam nômades urbanos, exploradores virtuais, conectados com um futuro pra lá de estiloso? Não recorrer ao passado, nem à autorreferência, foi uma ótima ideia de Ghesquière, que deixou a plateia eletrizada com as novas propostas de moda.
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Elegi 3 elementos que fizeram do show da Louis Vuitton vibrante:
A cenografia
A ideia era criar uma casa de vidro. No centro da passarela, uma grande instalação luminosa, interligada a outras menores por muitos cabos, faziam referência ao processamento de dados de ambientes virtuais, ao mesmo tempo em que evocavam a produção de energia autossuficiente.
A música
Um trabalho de sound design com instrumentos musicais e sintetizador antigos ajudaram a criar uma atmosfera espacial/futurista. Na trilha, a música eletrônica que flerta com o acid jazz colocou plateia e modelos em sintonia. A iluminação da cenografia era coordenada segundo a batida das músicas.
A modelo
Entre muitas celebridades e embaixadoras da marca – a skatista brasileira Rayssa Leal é uma delas e estava lá –, a modelo brasileira soteropolitana Samile Bermanelli, que tem uma longa história com a Louis Vuitton, marcou presença na passarela.
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Donata Meirelles é consultora de estilo e atua há 30 anos no mundo da moda e do lifestyle.
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